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Análise | Sonic Mania Plus é um bis completo e saboroso

Por| 25 de Julho de 2018 às 11h26

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Sonic Mania original foi lançado em 15 de agosto de 2017 e, por onde passou, arrancou elogios tanto do público quanto da crítica, sendo considerado o jogo definitivo em 2D do ouriço azul mais veloz dos videogames. E agora, quase um ano depois, a SEGA relançou o game com o subtítulo Plus.

Esse Plus significa que esta é uma versão expandida do conteúdo original, trazendo algumas novidades que não estavam presentes no jogo base. Se o jogador já tiver o game, por exemplo, ele poderá adquirir o pacote de expansão para liberar o modo extra que foi adicionado, bem como os personagens que fazem parte desta revisitação.

Caso não possua o jogo base, ao adquirir Sonic Mania Plus o jogador desfruta da experiência completa. E o que diferencia exatamente uma versão de outra, para começar, são os novos personagens, Ray the Flying Squirrell e Might the Armadillo. Eles são figuras conhecidas dos fãs mais antigos da série e retornam aqui como parte do time principal, dividindo as atenções ao lado de Sonic, Tails e Knuckles.

Rebobinando a fita e assistindo de novo

A principal adição à versão Plus é o Encore Mode. Aqui, o jogador revive, literalmente, o modo história, só que com algumas breves alterações; a começar pelo plot em si. A trama desse modo extra começa exatamente onde o modo normal (Mania Mode) terminou, dando a entender que Sonic está preso em uma espécie de loop temporal – apesar de, na verdade, isso significar que o game está conectado a outro jogo da série, Sonic Forces, ampliando ainda mais esse universo e suas possibilidades.

Então, o jogador presencia Sonic retornar à Angel Island juntamente da Phantom Ruby que tanto lhe causou problemas anteriormente. Ao prosseguir até o final da fase, que, inclusive, está encurtada se comparada com a sua versão original, eis que presenciamos os dois amigos esquecidos do ouriço presos em uma redoma. O ato 1 acaba aí, ao libertá-los.

Em seguida, é preciso escolher entre um deles, pois logo em seguida será revelado que o outro é um impostor: um Hard Boiled Heavy (HBH) criado pelo Dr. Eggman do tipo mago e que Sonic e seus amigos já tinham enfrentado anteriormente. Ele acaba sendo o responsável por reviver seus outros colegas autômatos.

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O Encore Mode se passa após o final do Mania Mode (modo história normal) e traz algumas alterações na maneira como é contada. (Imagem: Sega)

Logo que o time de robôs de elite do cientista maligno é revivido, eles novamente se apossam da Phantom Ruby e o caos espaço-temporal se alastra mais uma vez. Daqui pra frente, inclusive, o curso da história segue praticamente idêntico ao Mania Mode, apesar de o Encore Mode possuir pequenas diferenças em questão de gameplay e o restante ser bastante diferente.

Tudo de novo, só que novo

Como já comentado, o gameplay não sofreu muitas alterações. Na verdade, ele está mais refinado, com respostas mais rápidas aos comandos. A maior diferença desta versão extra do game é apenas a possibilidade de trocar para o segundo personagem quando e onde o jogador quiser, apertando apenas um botão do joystick. No jogo base normal, isso não era possível.

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Além disso, a pontuação e o “cool bonus” (pontos extras por não ser atingido nenhuma vez pelos inimigos) permanecem, bem como os argolões que levam aos estágios bônus e também os check-points com um minigame. Por fim, os monitores espalhados pelas fases, que concedem escudos, vidas, aceleradores ou mais argolas, continuam presentes, só que com algumas adições. E é a partir daqui que tudo se diferencia um pouco.

Análise | Sonic Mania Plus é um bis completo e saboroso
A ameaça da joia fantasma retorna, mas desta vez Sonic conta com dois novos amigos em sua jornada. (Imagem: Sega)

Esses monitores novos, um com o ícone de um ponto de interrogação e outro com um símbolo de troca (assemelhando-se a uma carta Uno), compõem toda uma nova dinâmica a Sonic Mania Plus, porque, basicamente, o jogador não pode mais acumular vidas, como acontece no jogo normal. Aqui, tudo o que ele pode juntar são Continues.

As vidas agora são literalmente únicas. Isso significa que, se o Sonic for prensado ou perder todas as argolas e tomar dano, ou ainda cair de um precipício, então realmente já era. Em compensação, o jogador ganha cinco tentativas ao longo de sua jogatina: uma para cada personagem, contando com os recém-chegados Ray e Mighty. Contudo, se todos eles forem perdidos, será necessário gastar um Continue.

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Além disso, o jogo está verdadeiramente mais desafiador. As fases são as mesmas vistas no Mania Mode (e elas seguem a mesma ordem, por sinal), só que com uma paleta de cores diferente e localidades variadas. Isso significa que haverá ainda mais inimigos, e muitos monitores e argolões de bonus stage não estão exatamente no mesmo lugar no Encore Mode, além dos caminhos serem todos alternativos agora.

Análise | Sonic Mania Plus é um bis completo e saboroso
Mighty é um tatu bola imune a espinhos e projéteis inimigos quando está agachado ou em formato de bolinha; e Ray é um esquilo voador, um pouco difícil de dominar, capz de planar por um bom tempo nos cenários. (Imagem: Sega)

Tudo isso traz uma sensação de que o jogador está, de fato, experimentando algo quase que completamente novo, mas ainda assim tudo parece familiar. As batalhas contra os chefes estão bastante parecidas, mas isso prossegue apenas até o final do jogo. Caso o jogador consiga reunir todas as Sete Esmeraldas do Caos mais uma vez, o game irá se encerrar de uma maneira diferente.

Todavia, que fique avisado: a proeza de reunir novamente essas esmeraldas é algo realmente desafiador. Afinal, as fases bonus também foram reformuladas e agora conseguem tirar qualquer um dos eixos com sua dificuldade. Ao terminar o game, o jogador desbloqueia Ray e Mighty no Mania Mode normal.

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Aquele velho amigo de infância

Sonic Mania passava muito a sensação de estarmos reencontrando um velho amigo de infância. Depois de revê-lo, agora mais velho, ele pareceu mais maduro por conta de vários tropeços do destino, mas ainda mantinha aquela descontração e animação de sempre, além de estar muito mais charmoso por conta da confiança em si mesmo. E, claro, trazia novidades sobre o andamento da sua vida.

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O Competition Mode agora pode ser jogado por até quatro jogadores simultâneos. (Imagem: Sega)

Esse reencontro foi ótimo e o game realmente abraçava a nostalgia, além de estar repleto de referências para fãs novos e antigos, sem contar algumas novidades. Agora, após algum tempo, eis que esse velho amigo aparece novamente. Mais uma vez, ele parece estar indo muito bem e, apesar de parecer o mesmo, muita coisa mudou.

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Ainda assim, as nuances que o tornaram único naquele primeiro reencontro continuam lá. Os gráficos e as animações continuam belos e divertidos, tudo permanece colorido, apesar de as novas paletas de cores às vezes apelarem para algo mais opaco, há muito desafio presente e as músicas foram remixadas, contando com faixas novas na trilha sonora.

A boa notícia é que parece muita coisa para se consumir, mas ao mesmo tempo não é, porque, basicamente, tudo ganhou uma roupagem nova, mas não há fases 100% novas (a Angel Island não conta, pois, o jogador desfruta apenas de um ato dela). A principal reclamação fica por conta disto: a ausência de níveis totalmente novos – algo que já estava presente em pouca quantidade no jogo base normal, inclusive, se comparado com os levels reformulados de outros jogos.

Análise | Sonic Mania Plus é um bis completo e saboroso
Os bonus stages também estão de volta, só que muito, mas muito mais difíceis. (Imagem: Sega)

Os personagens novos, Ray e Mighty, são realmente divertidos, apesar dos pesares. Enquanto o primeiro é um esquilo voador capaz de planar à vontade nos cenários, o segundo é um tatu bola imune a espinhos e projéteis de inimigos quando está em formato de bolinha. Eles trazem um novo respiro para o rol de figurinhas jogáveis, mas não há muito mais para eles.

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Há ainda uma batalha reformulada contra o Metal Sonic, os minigames dentro dos checkpoints agora são em formato de pinball, o menu do game foi mudado, novos cheat codes foram adicionados no modo Sound Test e o modo de competição foi expandido para até 4 jogadores desta vez, mas... Basicamente é isso. Não há muito mais além daqui.

Ainda assim, Sonic Manic Plus parece uma ótima pedida de aquisição caso você ainda não tenha o jogo base. E mesmo se esse não for o caso, vale gastar mais algumas horinhas tentando chegar até o final do Encore Mode adquirindo o pacote de expansão do título. Por mais que o ar de novidade pareça acabar rápido, o jogo está mais gostoso do que nunca de se jogar. Um verdadeiro bis.

Conteúdo multimídia expandido

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Ah, ainda vale ressaltar que, enquanto Sonic Mania Plus estava sendo desenvolvido, a SEGA tratou de agraciar sua extensa comunidade com animações curtas do game intituladas de Sonic Mania Adventures. A série de cinco episódios está disponível no canal do YouTube da companhia e complementa de maneira muito divertida a expansão, tratando inclusive de apresentar devidamente Ray e Mighty.

Além disso, para os saudosistas de plantão, há uma edição de colecionador do título que conta com uma capa elusiva e reversível: de um lado a arte de capa normal com um holograma; do outro, uma impressão que faz parecer que o game é na verdade de Mega Drive. Essa versão especial também conta com um artbook exclusivo repleto de imagens conceituais. Um verdadeiro deleite para os fãs.

*Sonic Mania Plus está disponível para PlayStation 4, Xbox One, Nintendo Switch e PC. No Canaltech, o jogo foi analisado em cópia digital para PS4 cedida gentilmente pela SEGA.