ISS é manobrada para evitar colisão com lixo espacial de teste russo
Por Wyllian Torres | Editado por Rafael Rigues | 20 de Junho de 2022 às 18h45
No dia 16 de junho a Estação Espacial Internacional (ISS) precisou ser manobrada pela nave de carga russa Progress MS-20, atualmente ancorada a ela, para evitar a colisão com lixo espacial produzido por um teste antissatélite feito pela Rússia em novembro do ano passado. Em nota, a NASA informou que o laboratório orbital segue em segurança.
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A informação sobre a manobra foi primeiramente informada pelo diretor da agência espacial russa (Roscosmos), Dmitry Rogozin, pelo Telegram. Posteriormente a NASA forneceu mais detalhes da operação para remover a ISS do caminho de uma “nuvem” de detritos do antigo satélite russo Kosmos-1408.
Durante 4 minutos e 34 segundos, os motores da nave Progress foram ativados para realizar a manobra, elevando ligeiramente a altitude da ISS. Na mesma nota, a agência espacial estadunidense acrescentou que a tripulação a bordo do laboratório não esteve em risco e que atividade não atrapalhou os trabalhos na estação.
O satélite Kosmos-1408 foi lançado em 1982 pela então União Soviética, mas há muitos anos ele estava desativado. Em 15 de novembro do ano passado, a Rússia realizou um teste de míssil para destruir o satélite, mas a operação gerou uma nuvem de mais de 1.500 detritos na órbita da Terra.
A seguir, o vídeo da nave russa Progress durante a manobra:
Na época, os astronautas que estavam na ISS precisaram se abrigar em naves por conta do risco de uma possível colisão com estes destroços. Sem a recente manobra, informou a NASA, os fragmentos do satélite teriam passado a uma distância de 800 metros da estação.
A manobra, chamada prevenção de detritos pré-determinada (PDAM), aumentou o apogeu — ponto mais distante da Terra — da ISS para cerca de 420 km de altitude e o perigeu — ponto mais próximo — para cerca de 257 km de altitude.