Intensa tempestade solar aconteceu neste fim de semana de Páscoa
Por Wyllian Torres | Editado por Rafael Rigues | 18 de Abril de 2022 às 13h00
Uma grande explosão solar aconteceu neste último sábado (16). Durante a atividade, quantidades significativas de energia foram lançadas em forma de radiação, produzindo uma ejeção de massa coronal (CME) poucos minutos depois.
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A erupção solar atingiu sua máxima atividade por volta das 00h34 (horário de Brasília) deste domingo (17), segundo Centro de Previsão do Clima Espacial (SWPC, na sigla em inglês) dos EUA. A explosão foi classificada como uma tempestade solar da classe X1, a mais poderosa.
A tempestade surgiu das manchas solares AR2994 e AR2993, um aglomerado ativo que têm apresentado explosões significativas desde que apareceram na extremidade leste do Sol, conforme explicou o SWPC em nota. A atividade durou cerca de 34 minutos.
A SWPC também informou que a atividade solar continuará na próxima semana, à medida que as manchas solares migram pela superfície de nossa estrela. A explosão produziu um curto apagão em sinais de rádio, sendo classificada como uma explosão solar de rádio de Tipo II.
Como a erupção ocorreu no extremo leste do Sol, é bem provável que a CME não tenha sido direcionada para a Terra, conforme explicou o astrônomo Tony Phillip.
Explosões solares recentes
As tempestades solares de classe X são as mais fortes, e podem ameaçar o funcionamento de satélites em órbita quando direcionadas ao nosso planeta. Em seguida temos as de classe A, mais fracas. Já as tempestades de cases B e C, são classificadas como moderadas. Por fim, as de classe M ou acima são fracas, mas produzem os shows de luzes nos céus dos polos norte ou sul conhecidos como Auroras.
Vale lembrar que a explosão solar nesta Páscoa ocorreu logo após algumas outras terem atingido a Terra nas últimas semanas, além de várias erupções de classe C terem sido observadas. Em 11 de abril, uma mancha solar “morta” explodiu e lançou uma CME em direção ao planeta.
Essa explosão produziu um espetáculo de auroras boreais observadas acima da Islândia no dia 14 de abril. O fenômeno de luzes foi registrado pelo fotógrafo Todd Salat, do Aurora Hunter. A Lua quase completamente cheia também iluminava a paisagem, mas as auroras se destacaram com facilidade.
Quando as partículas solares atingem o campo magnético da Terra, as moléculas de ar no topo da atmosfera são agitadas e, assim, produzem as belas cores brilhantes no céu. O Sol encontra-se em sua fase mais ativa, o Ciclo Solar 25, que ocorre a cada 11 anos — este começou 2019.
A NASA, o SWPC e outras agências monitoram constantemente o chamado clima espacial do Sol, com importantes sondas totalmente dedicadas a esse propósito, como as missões Solar Dynamics Orbiter e Solar and Heliospheric Observatory (SOHO).
Fonte: Via Space.com, Live Science