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Google não vai permitir anúncios eleitorais em 2024

Por| Editado por Douglas Ciriaco | 24 de Abril de 2024 às 15h16

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Sarah Blocksidge/Pexels
Sarah Blocksidge/Pexels
Tudo sobre Google

Diante das novas exigências do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o Google optou por restringir o impulsionamento de conteúdos eleitorais no Brasil. A medida, que vai impactar tanto o buscador quanto o YouTube, foi revelada pelo portal Poder360 e confirmada pelo Canaltech.

Google vai cortar impulsionamento de conteúdos eleitorais

A alteração nas regras atende o universo do Google Ads, a ferramenta de anúncios da gigante das buscas. Com a decisão prevista para entrar em vigor em 1º de maio de 2024, não será permitido promover conteúdos que falem sobre candidatos e o processo eleitoral. Assim, o impulsionamento desses temas permanecerá vetado no Google, YouTube e mais.

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Segundo a reportagem, a decisão foi tomada devido às novas regras da corte eleitoral para o processo de 2024, que passaram a exigir um monitoramento ativo. Isto significa que a companhia teria que oferecer um repositório de anúncios e uma ferramenta que ajude a acompanhá-los com facilidade e em tempo real.

A grande questão é que, além do custo elevado, essa tecnologia poderia trazer outros atritos com o TSE em caso de problemas. Por isso, o Google optou por não autorizar o impulsionamento de conteúdos eleitorais em 2024.

TSE veta deepfakes nas eleições

O monitoramento de anúncios faz parte de uma série de regras do Tribunal Superior Eleitoral para manter a lisura do pleito em 2024. Mas essa não é a única mudança: em fevereiro, a corte também vetou deepfake e restringiu o uso de inteligência artificial nas campanhas.

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Com o veto de manipulações de fotos, vídeos e áudios, o TSE espera coibir o alcance de materiais com objetivo de favorecer ou prejudicar candidaturas. Além disso, os materiais criados por IA generativa são permitidos, mas precisam de uma identificação para apontar a origem.

“Vivemos com o perigo das fake news 'anabolizadas' pela inteligência artificial. Nós já vimos o que aconteceu na Argentina, um vídeo transformando uma fala com perfeição, e isso pode acarretar num problema gigantesco, o que pode até afetar o resultado de uma eleição”, disse o ministro Alexandre de Moraes durante o anúncio da resolução.

O que diz o Google?

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Procurado pelo Canaltech, o Google confirmou a nova regra que entrará em vigor em 1º de maio. Confira o posicionamento na íntegra:

As eleições são importantes para o Google e, ao longo dos últimos anos, temos trabalhado incansavelmente para lançar novos produtos e serviços para apoiar candidatos e eleitores. Para as eleições brasileiras deste ano, vamos atualizar nossa política de conteúdo político do Google Ads para não mais permitir a veiculação de anúncios políticos no país. Essa atualização acontecerá em maio tendo em vista a entrada em vigor das resoluções eleitorais para 2024. Temos o compromisso global de apoiar a integridade das eleições e continuaremos a dialogar com autoridades em relação a este assunto.