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Titã, lua de Saturno, pode ter fortes ondas de metano líquido

Por| Editado por Luciana Zaramela | 21 de Junho de 2024 às 10h21

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NASA
NASA

Titã, lua de Saturno, é coberta por oceanos de metano líquido, que talvez tenham ondas fortes o suficiente para alterar o formato dos litorais por lá. A descoberta foi feita por cientistas do Instituto Massachusetts de Tecnologia (MIT), nos Estados Unidos, que se debruçaram sobre as imagens desta lua capturadas pela missão Cassini há quase 20 anos.

A sonda Cassini e o lander Huygens foram responsáveis por tirar as primeiras fotos da estranha superfície de Titã, revelando a presença de metano e etano líquidos por lá. Agora, os pesquisadores descobriram que estes lagos e oceanos de composição diferente daqueles da Terra podem ter ondas como aquelas nos mares em nosso planeta. 

Para chegar a este resultado, eles simularam como diferentes condições poderiam mudar os litorais de Titã. Por exemplo, a linha costeira desta lua seria uma se não houvesse nenhum agente erosivo; por outro lado, ela ficaria bem diferente com a erosão causada pela ação das ondas. 

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Depois, eles compararam as simulações com as observações da Cassini, capturadas com a ajuda do seu radar. Eles encontraram sinais de quatro grandes lagos por lá — o maior deles é Kraken Mare, com tamanho comparável ao Mar Cáspio

Em seguida, a equipe fez uma nova rodada de simulações e comparou os formatos dos quatro lagos para determinar quais processos poderiam formar litorais mais parecidos com aqueles vistos pela Cassini. E, segundo a equipe, a melhor explicação é a erosão causada pelas ondas. 

Os resultados dão novo fôlego ao longo debate sobre a ocorrência (ou não) das ondas em Titã. “Alguns que tentaram ver evidências das ondas não encontraram nenhuma, e outros disseram que viram algumas rugas na superfície líquida, mas não sabiam ao certo se foram causadas por ondas”, observou Rose Palermo, uma das coautoras do estudo. 

Se as ondas realmente existirem, elas devem ser causadas por ventos soprando nesta lua intrigante. Por isso, Palermo e seus colegas planejam estudar as ondas para tentar descobrir a força destes ventos e a direção deles.

O artigo com os resultados do estudo foi publicado na revista Science Advances.

Fonte: Science Advances, MIT