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Microsoft tenta esclarecer polêmicas sobre privacidade no Windows 10

Por| 30 de Setembro de 2015 às 08h27

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As implicações de privacidade e a coleta de dados realizada pelo Windows 10 têm sido um ponto de constante polêmica desde o lançamento do sistema operacional. Além disso, a Microsoft disponibilizou parte dos mecanismos de coleta de dados a outras versões do Windows, aumentando ainda mais o número de máquinas e usuários monitorados pela empresa.

Sobre o assunto, a Microsoft publicou um comunicado explicando com mais detalhes a política de privacidade que adotou para os sistemas. Terry Myerson, chefe do Grupo de Dispositivos do Windows, descreve que a Microsoft trabalha com base em três diferentes classes de dados e que a empresa possui uma abordagem distinta para cada uma delas.

A primeira categoria está relacionada aos dados de segurança e confiabilidade de telemetria, o que inclui informações sobre sistema e falhas de aplicativos, por exemplo. Essas informações, segundo Myerson, são enviadas à Microsoft de forma anônima e a maior parte destes dados não possui nenhuma informação pessoal. As informações pessoais que podem estar incluídas no envio destes dados referem-se aos nomes dos arquivos e diretórios ou fragmentos de memória inclusos nos relatórios de falhas.

O relatório de telemetria é importante para que a Microsoft possa entender quais foram as circunstâncias que um determinado erro aconteceu. Falhas graves são verificadas para que a solução possa ser encontrada o mais rapidamente possível.

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Uma das principais queixas sobre os dados de telemetria é que, ao contrário das versões anteriores do sistema operacional da Microsoft, onde ele era opcional, os usuários do Windows 10 não podem optar por fornecer ou não essas informações à empresa. Apenas a versão Enterprise do Windows 10 é que permite que o usuário desative totalmente a telemetria de dados do sistema. "Nossas atualizações de recursos corporativos ainda este ano irão permitir aos clientes corporativos a opção de desativação desta telemetria, mas recomendamos fortemente contra isso", declarou Myerson.

A segunda categoria de dados coletados pela Microsoft está relacionada à personalização e aos recursos do Windows, como detalhes da Cortana. No caso da assistente virtual, a empresa coleta dados a respeito das equipes esportivas que o usuário segue, informações sobre previsão do tempo que o usuário acessou, como sua voz soa e vários outros dados. Sobre este assunto, a Microsoft afirma que os usuários estão no controle e que muitas destas opções podem ser desativadas. No entanto, mesmo quando definido para utilizar configurações mais privadas, o Windows 10 continua enviando uma quantidade significativa de dados à Redmond.

A última categoria de dados mencionada pela gigante dos softwares está relacionada às pesquisas, em especial as realizadas na Cortana e, consequentemente, no Bing. Não são ditas muitas informações sobre a coleta destes dados, mas sabe-se que as pesquisas realizadas pelos usuários auxiliam o Bing a segmentar anúncios de empresas. Este mecanismo é bastante similar ao que o Google realiza com o seu sistema de buscas, visando entregar um melhor serviço aos anunciantes.

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De acordo com a Microsoft, dados pessoais, como e-mail e mensagens no Skype, não são utilizados para melhorar a segmentação de anúncios, assim como também ficam de fora o conteúdo de arquivos. No entanto, a Cortana poderia utilizar a sua agenda de compromissos para trabalhar melhor os interesses de anunciantes e entregar propagandas que fazem mais sentido para o usuário.

A empresa afirmou também que não possui como objetivo espionar os seus usuários. No entanto, as muitas suspeitas sobre os termos de uso do Windows 10 jogam contra a companhia neste sentido. A Microsoft reafirmou que todas as informações são utilizadas para melhorar seus serviços e que, no caso da Cortana, o usuário possui controle absoluto sobre quais serão os dados que a assistente poderá enviar à empresa.

Apesar de toda essa explicação, o comunicado publicado no blog da companhia não responde sobre alguns questionamentos que surgiram sobre a Cortana e o OneDrive recentemente. A polêmica é que ambos os serviços continuam enviando informações para os servidores da Microsoft mesmo depois de serem desativados totalmente.

O monitoramento realizado pela Microsoft através do Windows 10 tem o seu lado benéfico também, como por exemplo o fato de impedir que crianças acessem certos tipos de sites ou determinados programas impróprios. Os pais podem ter acesso a relatórios semanais sobre a atividade de seus filhos na internet e a empresa garantiu que irá aprimorar esse tipo de monitoramento para evitar mais polêmicas. “Todos os clientes receberão um update para os recursos familiares, com configurações padrão que sejam mais apropriadas para adolescentes, em comparação com as crianças menores”, afirmou Myerson.

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Fonte: Microsoft