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NAM Atlântico | Conheça o navio de guerra gigantesco enviado ao RS

Por  • Editado por Jones Oliveira | 

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Divulgação/Marinha do Brasil
Divulgação/Marinha do Brasil

As fortes chuvas que seguem castigando o Rio Grande do Sul, e se transformaram em uma das maiores catástrofes naturais que o país já viu, tornaram as missões de salvamento das vítimas das enchentes em verdadeiras operações de guerra.

Em situações como essa, nada melhor do que contar com equipamentos projetados especificamente para tais cenários. É o caso do Navio Aeródromo Multipropósito Atlântico (NAM Atlântico), maior embarcação de guerra da América do Sul, separado pela Marinha do Brasil para ajudar a resolver o caos em que se transformou o estado gaúcho.

O NAM Atlântico já foi utilizado em 2024 para ajudar as vítimas das enchentes causadas pelas fortes chuvas no litoral norte de São Paulo, principalmente em São Sebastião. Na ocasião, a Marinha preparou a embarcação com um hospital de campanha de 200 leitos montado dentro dela para ajudar os necessitados.

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A nova missão do NAM Atlântico teve início na quarta-feira (8), data em que a Marinha informou que o gigantesco navio deixou sua base no Rio de Janeiro com destino à cidade de Rio Grande, que fica no litoral do Rio Grande do Sul e também está em estado de alerta máximo por conta das chuvas.

Quando o NAM Atlântico foi construído?

O NAM Atlântico foi construído pela Kvaerner Govan e completado pela VSEL a pedido da Marinha Real Britânica. Ele teve seu batimento de quilha (cerimônia que marca o início da construção de um navio) no dia 30 de maio de 1994, foi lançado em 11 de outubro de 1995 e seu comissionamento ocorreu em setembro de 1998.

Anteriormente chamado de HMS Ocean, o gigantesco navio de guerra foi comprado pelo governo brasileiro em 2018 por US$ 117 milhões e, desde então, tornou-se o maior da América do Sul.

O que é um “Navio-Aeródromo Multipropósito”?

A classificação “Navio-Aeródromo Multipropósito”, ou NAM, foi dada ao Atlântico dois anos após sua aquisição pelo governo brasileiro, mais precisamente no dia 12 de novembro de 2020.

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Antes chamado de Porta-Helicópteros Multipropósito, ele passou a ser reconhecido como Navio-Aeródromo Multipropósito em 2020, e isso foi possível pela capacidade de operar com aeronaves remotamente pilotadas.

Principais características do NAM Atlântico

O NAM Atlântico é, na acepção perfeita da palavra, um “colosso”. O Navio-Aeródromo Multipropósito tem 203 metros de comprimento, espaço mais do que suficiente para abrigar um convés de voo de 170 metros de extensão por 32 metros de largura. Além disso, o peso de deslocamento é de 21.578 toneladas.

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Além das dimensões portentosas, o gigantesco navio que terá sua próxima missão humanitária no Rio Grande do Sul tem outros números que merecem destaque. Confira os principais:

  • Tripulação: até 300 militares
  • Acomodação para tropa: até 806 fuzileiros navais
  • Total de aeronaves embarcadas: 18 aeronaves de asa rotativa — 7 simultâneas no convés de voo
  • Porão: capacidade para até 40 veículos
  • Mais veículos: 4 lanchas de desembarque anfíbio.

Por que a Marinha enviou o NAM Atlântico para o Sul?

A escolha da Marinha Brasileira em enviar o NAM Atlântico para ajudar no resgate às vítimas das enchentes no Sul do país não se deu apenas pelo tamanho e pela capacidade de abrigar um hospital próprio e dezenas de veículos.

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O navio já participou de operações humanitárias no Kosovo, no Oriente Médio, na Líbia e na América Central. Ele conta com o segundo maior complexo médico entre todas as embarcações brasileiras, oferecendo UTI, sala de trauma, centro cirúrgico e muito mais.

Além disso, o Navio-Aeródromo Multipropósito também conta com um sistema chamado GOR (Grupo de Osmose Reserva). Por meio dele, é possível transformar água do mar em bebida potável.

Cada GOR pode produzir 75 mil litros diários de água, e o NAM Atlântico conta com quatro unidades, o que possibilita a geração de 300 mil litros por dia. Perfeito para ajudar em um dos pontos que a população do Sul mais precisa nesse momento.

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