Publicidade
Conteúdo apoiado por
Ir para o site do Surfshark!

Como evitar cair em golpes do Pix para o Rio Grande do Sul

Por  • Editado por  Douglas Ciriaco  | 

Compartilhe:
Eduardo Amorim/Flickr/CC-2.0
Eduardo Amorim/Flickr/CC-2.0

As enchentes no Rio Grande do Sul após fortes chuvas comoveram um país inteiro. De norte a sul, os brasileiros se mobilizaram para fazer doações para apoiar as vítimas da tragédia. Contudo, pessoas mal intencionadas se aproveitam da situação para aplicar golpes com o Pix — por isso, o Canaltech vai te ajudar a evitá-los.

“Muitos criminosos estão aproveitando o momento de comoção pública para criar chaves Pix e pedir dinheiro para sua própria conta", alertou o diretor do Comitê de Prevenção a Fraudes da Febraban, José Gomes, em nota ao Canaltech. "Quando for doar, confira o nome do beneficiário, empresa ou ONG e esteja certo se eles estão realmente fazendo campanhas de ajuda às vítimas."

Como não cair em golpes do Pix

Canaltech
O Canaltech está no WhatsApp!Entre no canal e acompanhe notícias e dicas de tecnologia
Continua após a publicidade

Os golpes envolvendo Pix exploram a boa vontade e o momento de calamidade pública. Essas tentativas são reveladas através de anúncios em redes sociais, sites e mais, que solicitam transferências bancárias para apoiar a população gaúcha no momento de dificuldade. Essas quantias, no entanto, não são destinadas às doações ao RS.

Confira algumas dicas para evitar problemas:

  • Antes de digitar a chave do Pix no app do banco, verifique a procedência do pedido;
  • Se o pedido vem de uma rede social, confirme se o perfil é oficial;
  • Se a solicitação vem de um site, certifique-se de que você está na página correta;
  • Em conversas do WhatsApp, confira se a mensagem que você recebeu indica uma instituição credenciada e confiável
  • Confira sempre se a chave digitada no Pix é oficial;
  • Use o Google para pesquisar dados oficiais de empresas e organizações envolvidas na ajuda ao RS.

Na hora de realizar a transferência, confirme se a chave Pix realmente pertence à empresa ou instituição que vai receber o pagamento. Por exemplo, se você colocou a credencial da “Companhia A” e na transferência aparece o nome “José da Silva”, não complete a transação antes de confirmar que está tudo certo. 

Vale lembrar, entretanto, que ONGs, grupos de apoio, igrejas, centros espíritas e afins por vezes utilizam contas de pessoas físicas para receber doações — ou seja, não é porque a chave é de um CPF que será, necessariamente, um golpe. Porém, a dica é sempre a mesma: antes de enviar o dinheiro, entre em contato com a instituição e confirme a chave.

“É importante desconfiar de solicitações de Pix que não estejam relacionadas a organizações reconhecidas de ajuda humanitária, como ONGs ou entidades governamentais”, explica ao Canaltech a advogada e sócia do escritório Poli Advogados, Daniela Poli. “Sempre verifique a veracidade das informações e evite compartilhar dados pessoais ou bancários por meio de mensagens suspeitas.”

"Também é muito importante que o cliente não clique em links recebidos por aplicativos de mensagens, de redes sociais e em links patrocinados em sites de busca”, orientou o diretor da Febraban.

Continua após a publicidade

Caí em um golpe do Pix e agora?

Em entreivsta ao Canaltech, o advogado e fundador da Carvalho de Machado Advocacia, Mozar Carvalho, orientou a entrar em contato com o banco imediatamente para relatar o incidente e pedir o cancelamento da transação. Também é importante procurar uma delegacia e registrar um boletim de ocorrência.

A mesma orientação é dada pelo Banco Central do Brasil (BCB). O órgão explica que, com o registro do golpe, o banco deve registrar uma notificação de infração no sistema do BCB para bloquear os valores da conta de destino da transferência. Nesse momento, as instituições envolvidas começam a analisar o caso para aplicar as tratativas.

“Após sete dias, se for comprovado o golpe ou a fraude, o seu dinheiro será devolvido em até 96 horas”, informa o BCB em seu site. “Caso não haja saldo suficiente para efetuar a devolução total dos valores, até o prazo máximo de 90 dias da transação original, a instituição de relacionamento do recebedor deve monitorar a conta e, surgindo recursos na conta, deve efetuar devoluções parciais.”

Continua após a publicidade

Caso não tenha solução dessa forma, o BCB orienta a procurar o Procon ou o Poder Judiciário. Outra medida seria registrar uma reclamação no sistema do Banco Central para buscar uma conciliação com intermediação do órgão.

Como doar via Pix e com segurança ao Rio Grande do Sul

O primeiro passo para doar com segurança é buscar instituições reconhecidas ou confirmar as informações antes da transferência. Alguns braços governamentais também disponibilizaram meios para receber doações, como a chave Pix do governo do Rio Grande do Sul:

Continua após a publicidade
  • Chave Pix CNPJ: 92.958.800/0001-38
  • Titular da conta: Associação dos Bancos no Estado do Rio Grande do Sul ou Banco do Estado do Rio Grande do Sul (podem aparecer as duas opções, informa o governo do RS)
  • Banco: Banrisul

Conheça outras formas de doar para vítimas no Rio Grande do Sul.

Atualizado em 8 de maio às 08h20 com a resposta da Febraban ao Canaltech.