União Europeia quer forçar países a banirem Huawei e ZTE
Por Vinícius Moschen |

A Comissão Europeia está avançando com planos para impor uma proibição de equipamentos de rede móvel das empresas chinesas Huawei e ZTE em todos os estados-membros da União Europeia (UE). A principal motivação para esta legislação são as preocupações com a segurança.
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Anteriormente, a UE já tinha designado a Huawei e a ZTE como "fornecedores de alto risco".
As novas diretrizes buscam converter uma recomendação para que os países descontinuem o uso de fornecedores de alto risco em regulamentações legalmente vinculativas.
A iniciativa está sendo liderada por Henna Virkkunen, vice-presidente executiva para soberania tecnológica, segurança e democracia da UE. Ela solicitou para que todos os estados-membros parem de usar "fornecedores de alto risco em redes móveis".
O não cumprimento poderia desencadear processos de infração e potenciais sanções financeiras.
Huawei e ZTE representa ameaça à segurança, diz UE
A medida segue a descoberta, anos atrás, de componentes e códigos suspeitos de serem "backdoors" (ou seja, mecanismos ocultos que poderiam permitir acesso remoto não autorizado a dados e sistemas) em equipamentos chineses fornecidos à infraestrutura de telecomunicações europeia.
Portanto, existe uma preocupação de que ter a infraestrutura nacional central sob a influência de empresas com laços estreitos com o governo chinês represente uma ameaça à segurança.
Thomas Regnier, porta-voz da Comissão da UE, declarou que a segurança das redes 5G é “crucial” para a economia da União Europeia.
"A falta de ação rápida expõe toda a UE a um risco claro", complementou ele.
Países podem divergir sobre a decisão
Alguns países, como Reino Unido, Suécia, Alemanha e Finlândia, já implementaram restrições ou removeram equipamentos chineses.
Já membros como Espanha e Grécia continuam a permitir e usar equipamentos da Huawei e ZTE em suas redes locais.
Por isso, a legislação pode enfrentar oposição de algumas nações relutantes em transferir autoridade sobre infraestrutura para a UE.
Operadoras de telecomunicações também podem se opor, citando a melhor relação custo-benefício dos equipamentos da Huawei.
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