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TV 3.0: os canais abertos vão "sumir" se você não tiver internet? Entenda

Por  • Editado por Léo Müller | 

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Erick Teixeira/Canaltech
Erick Teixeira/Canaltech

Com a iminente chegada da TV 3.0 ao público brasileiro, pode surgir a preocupação em relação ao funcionamento da tecnologia caso a conexão de internet esteja fraca ou indisponível. No entanto, esse não será um problema, já que os conteúdos permanecerão transmitidos por sinal de antena.

A continuidade do sinal está garantida no decreto Nº 12.595, de 27 de agosto de 2025. O documento, que dispõe sobre as regras da TV 3.0 e sua implantação no território nacional, prevê a utilização de faixas de radiofrequência para transmissão, assim como já ocorre atualmente.

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Além disso, o Art. 12 do decreto ainda aponta que a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) disponibilizará "novas faixas de frequências para a implantação da TV 3.0, observada, preferencialmente, a subfaixa de 216 a 372 MHz, ou partes dela".

O que pode causar confusão é a função da internet nessa nova era da TV. Na verdade, a conexão será utilizada como uma ferramenta de complementação.

Afinal, TVs conectadas à rede terão acesso a funções extras como a possibilidade de participar de enquetes, escolher ângulos de câmera em eventos, acessar conteúdos sob demanda e usar serviços públicos digitais.

TV 3.0 exigirá adaptações

Mesmo sem o acesso à internet, será preciso realizar algumas adaptações para aproveitar a TV 3.0. Afinal, os aparelhos de televisão atuais não são nativamente compatíveis com o novo padrão.

Por isso, TVs atuais exigirão um conversor externo para funcionar com a TV 3.0 — mesmo aquelas modernas, com alta resolução e funções “smart”.

A necessidade de adaptação ocorre por causa de uma interface totalmente renovada, em que a ação de escolher canais por números será substituída por uma experiência baseada em aplicativos individuais para cada emissora. Portanto, se escolherá a emissora em uma grade semelhante à vista em serviços de streaming.

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No futuro, fabricantes deverão lançar modelos de televisores já adaptados de fábrica ao padrão TV 3.0.

Além disso, o governo estuda um programa público para distribuir conversores. A iniciativa seria similar ao que foi feito pela "Seja Digital" durante o processo de desligamento do sinal analógico.

De qualquer forma, está prevista a implementação gradual da TV 3.0 em território brasileiro, em um processo semelhante à adoção da TV Digital a partir de 2007.

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Padrão vai trazer imagem melhor 

Além do suporte para a interatividade com internet e uma nova organização de canais, a TV 3.0 ainda trará outros tipos de revolução para o consumo de conteúdos no Brasil.

As novidades incluem a qualidade de imagem superior, com a transmissão de conteúdo em resolução 4K, enquanto atualmente o sinal aberto é limitado a Full HD.

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Haverá suporte para 8K em casos específicos, condicionado à conexão com a internet e a uma TV compatível. O sistema também trará suporte a HDR (High Dynamic Range), que melhora o contraste e as cores.

Além disso, a frequência de imagem subirá de 30 para 60 quadros por segundo, o que resultará em movimentos mais fluidos. O áudio será mais imersivo, com suporte para até 10 canais, permitindo uma experiência de som surround.

Mudança será gradual

A implementação da TV 3.0 será feita aos poucos, como já confirmado por autoridades brasileiras. A migração está prevista para começar oficialmente em 2026, iniciando pelas grandes capitais, a tempo da Copa do Mundo de futebol.

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O sinal digital atual não será desligado imediatamente. Haverá um período de convivência de até 15 anos, no qual o padrão antigo e o novo (TV 3.0) devem funcionar ao mesmo tempo.

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