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Testamos: 5G da Claro supera 4G, mas ainda deixa a desejar

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Felipe Junqueira
Felipe Junqueira

No dia em que a Motorola oficializou o Edge no Brasil, a Claro anunciou que ofereceria uma rede 5G DSS para entregar mais velocidade nas redes móveis aproveitando as frequências já disponíveis no país. Alguns pontos de São Paulo já possuem acesso a essa tecnologia e o Canaltech foi o primeiro veículo brasileiro de tecnologia a experimentar a rede.

Fomos convidados pela operadora para conhecer o Motorola Edge, único celular do país compatível com a rede por enquanto, e ver com nossos próprios olhos a diferença para o 4G. Aqui já vale o alerta: não é apenas um teste, usamos o 5G DSS que qualquer pessoa com o dispositivo da Motorola equipado com um chip da Claro pode experimentar nos pontos já disponíveis. É a rede comercial, mesmo.

5G DSS na rua

Canaltech
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O ponto de encontro foi na Praça Nossa Sra. do Brasil, na altura da Avenida Brasil com a Rua Colômbia. Ali, segundo a Claro, é um dos pontos em que a rede já pega. Há mais pontos nos Jardins, outro na Alameda Santos e dois no Rio de Janeiro, e a previsão é que até o fim de setembro um total de 12 bairros de São Paulo tenham o 5G DSS. A rede não é experimental e há regiões da Alemanha e EUA que utilizam o mesmo sistema que, no entanto, não entrega todas as vantagens da quinta geração de redes móveis ao Brasil pois usa frequência compartilhada com o 4G.

A reportagem realizou vários testes, tanto no Motorola Edge com o 5G DSS da Claro, quanto em um Galaxy S20 com 4G de uma concorrente. Apenas em uma ocasião a diferença de velocidade entre ambos foi realmente significativa, mas provavelmente por um problema pontual no 4G, que ficou muito abaixo do comum. Em um momento específico em que ambas as redes estavam boas, conseguimos 110 Mbps de download no 4G e 120 Mbps no 5G DSS. Já o upload ficou em 51,5 MBps contra 77,7 Mbps, respectivamente.

Bom lembrar que é rede comercial, compartilhada por outros usuários. Em testes disponíveis antes da disponibilidade geral do 5G, a gente viu velocidades bem maiores, é verdade, mas o mundo real é um pouco diferente, mesmo.

A maior diferença ficou para o tempo de download de um jogo grande. Baixamos Asphalt 9 nas duas redes ao mesmo tempo, e no 5G DSS foram necessários menos de 3 minutos para o jogo baixar e ser instalado, momento em que o 4G atingiu 31% do download. Porém, é bom notar que esse teste foi realizado no local onde a rede de quarta geração teve seu pior resultado.

Em um novo teste em local onde o 4G fica pouco abaixo dos 70 Mbps, velocidade mais próxima da média da rede, conseguimos baixar cerca de 70% do mesmo jogo em 3 minutos. E aí conclusão foi de que a diferença de velocidade não chega a ser tão absurda quanto esperávamos. Ambas as redes oscilam bastante, e mesmo nos piores resultados do 5G DSS, a velocidade ainda fica próxima da média do 4G, o que é um pouco frustrante.

Não é suficiente para você largar o seu telefone e ir correndo comprar um compatível com a nova rede, até porque ainda há poucos pontos em que ela está disponível. Mas para quem já está pensando em trocar de celular por agora e até o final do ano, pode ser uma boa pensar com carinho em já investir nisso, afinal a tendência é que a rede chegue cada vez a mais lugares e, de quebra, você já tem um aparelho pronto para o 5G quando a tecnologia desembarcar de vez por aqui.