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Operadora britânica diz que 5G fará clientes cancelarem banda larga doméstica

Por| 08 de Novembro de 2018 às 10h20

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Operadora britânica diz que 5G fará clientes cancelarem banda larga doméstica
Operadora britânica diz que 5G fará clientes cancelarem banda larga doméstica

O diretor da operadora de telefonia britânica Three, David Dyxon, afirmou que a chegada das conexões 5G fará com que os clientes abandonem a banda larga doméstica. Para ele, é esse o nível de qualidade da tecnologia que está prestes a chegar aos dispositivos móveis, entregando confiabilidade e velocidade suficientes para se tornar a única disponível na casa das pessoas e permitindo que elas economizem dinheiro.

Isso vai causar, também, um aumento considerável na utilização de dados móveis ao longo dos próximos sete anos, em uma aposta que serve tanto como indicativo de expectativa no 5G como também de alerta para as operadoras. A previsão de Dyxon é que a utilização das redes aumente mais de 1.300% até 2025, novamente, por causa da confiabilidade e qualidade das conexões 5G.

No caso da Three, uma das maiores operadoras do Reino Unido, a expectativa é de lançamento da nova modalidade de conexão em meados do ano que vem. O executivo diz ficar cada vez mais surpreso com as possibilidades levantadas pelo 5G, principalmente porque ela permite fazer o que não era possível nas duas gerações anteriores, principalmente em termos de dados transferidos e velocidade. Daí a ideia de que a modalidade poderia se tornar a única conexão paga pela maioria das pessoas.

A fala também tem a ver com a estratégia de mercado da telecom, que já tenta se diferenciar da concorrência com a oferta de planos de dados ilimitados na capital, Londres, e algumas outras cidades do Reino Unido. De acordo com Dyxon, a ideia é fazer o mesmo com o 5G, mas, novamente, a empresa está plenamente ciente dos desafios em termos de volume e tráfego, principalmente se colar a ideia de que a rede móvel substituirá a banda larga tradicional.

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A ideia, entretanto, vai contra características inerentes do serviço de internet, como a necessidade de estabilidade para uso de serviços de streaming ou games, por exemplo, além de variações na qualidade do sinal por conta de diferentes elementos presentes nas cidades. Além disso, a declaração vai contra uma iniciativa, até mesmo, do próprio governo do Reino Unido, que promete cobrir todo o país com fibra óptica até 2033.

Para Dyxon, o 5G pode sim ser um substituto, mas não para todos os tipos de usuários, apenas para a maioria deles. É claro, limitações regionais e de cobertura entram em jogo aqui, assim como questões relacionadas à latência, mas essa não é uma necessidade de todos os clientes da Three e, para aqueles que não precisam de nada disso, a rede móvel pode se tornar uma alternativa bastante interessante.

De acordo com ele, o projeto do governo é louvável, mas também caro, por exigir interferências físicas no ambiente, trabalho braçal e uma grande força-tarefa de funcionários. No caso do 5G, entretanto, basta uma antena para que todos recebam internet, algo que, para o CEO, é uma alternativa mais barata e simples, que deve atender aos interesses da maioria da população.

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Os primeiros aparelhos com suporte à conexão 5G devem chegar ao mercado no começo do ano que vem pelas mãos de empresas como Xiaomi, Huawei e, quem sabe, Samsung. Enquanto isso, em alguns países do mundo, a implementação da tecnologia está marcada para acontecer entre meados do primeiro e o começo do segundo semestre. No Brasil, entretanto, a previsão é que as primeiras redes do tipo comecem a operar apenas em 2020.

Fonte: BBC