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Chegada do 5G obriga 10 milhões de famílias a comprar novo kit de parabólica

Por| Editado por Claudio Yuge | 13 de Julho de 2022 às 20h20

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Marlon Trottmann/EyeEm/Getty Images
Marlon Trottmann/EyeEm/Getty Images

A quinta geração de internet móvel o 5G já está funcionando no Brasil desde o dia 6, por enquanto apenas no Distrito Federal. Essa nova rede de banda larga móvel é 20 vezes mais rápida que a 4G e chega entregando alta velocidade nas conexões de internet em aparelhos compatíveis com a tecnologia. Contudo, a rede 5G pode causar falhas no sinal da TV aberta transmitido para as antenas parabólicas e afetar cerca de 20 milhões de domicílios — dos quais 10 milhões de famílias devem pagar do próprio bolso para realizar a troca de estrutura para evitar interferência.

Tanto o 5G quanto as antenas parabólicas funcionam na banda C. Para um dos diretores da Anatel, Moisés Queiroz Moreira, esse não é um problema para a nova tecnologia de internet, mas o mesmo uso de faixa de frequência causa interferência no sinal de TV. Isso vai obrigar os usuários a substituírem os equipamentos o utilizarem o "kit banda KU".

O sinal de TV capitado pelas antenas parabólicas aqui no país operam na banda C, utilizando a frequência 3,7 GHz a 6,45 GHz. A rede 5G também utiliza a banda C, mas na frequência 3,5 GHz. Essa proximidade causa interferências na imagem e som dos televisores.

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Nesse sentido, será necessário uma “faxina” na frequência 3,5 GHz. A Anatel divulgou que somente em Brasília, primeira capital a ter o 5G “puro”, há cerca de 3.341 famílias. Elas precisarão ter seus aparelhos trocados, para não sofrerem interferência da nova rede de internet móvel.

Uma determinação do governo federal estipulou o prazo de 18 meses para o fim da transmissão de sinal de TV através da banda C. Especialistas explicam que acontecerá uma migração de receptores e antenas para a banda KU, de modo a deixar livre a banda C para o 5G.

A EAF, Empresa Administradora da Faixa, formada por Claro, Tim e Vivo, estima que cerca de 20 milhões de domicílios assistem TV por antenas parabólicas no Brasil. O EAF, explica que as famílias cadastradas no CadÚnico, um cadastro de pessoas de baixa renda do governo federal, receberão gratuitamente kits compostos de antena, receptor e fiação. Mas apenas 10 milhões serão atendidas pelo benefício. As outras 10 milhões de famílias terão que tirar do próprio bolso o valor de R$ 400 para adquirir o “kit banda Ku”.

As famílias registradas no CadÚnico, devem procurar o serviço Siga Antenado. O projeto foi desenvolvido pela EAF com o propósito de distribuir os “kits banda KU” às famílias de baixa renda. Tanto os cadastrados quanto os não cadastrados podem agendar a troca ou adquirir os kits pelo site, ou no telefone 0800 729 2404.

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Fonte: Tilt