6G deve ser regulado no Brasil a partir de 2025, afirma Anatel
Por Felipe Gugelmin | Editado por Claudio Yuge | 21 de Junho de 2021 às 23h20
Enquanto a tecnologia 5G ainda está recebendo os primeiros testes no Brasil, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) já está pensando no futuro e nas formas de implementar o ainda distante 6G. Na última sexta-feira (18), o conselho diretor da entidade aprovou o novo Plano de Uso do Espectro de Radiofrequências do país, que prevê para 2025 o início dos preparativos para a chegada da nova tecnologia.
- 5G ainda depende de leilão, mas Brasil já trabalha em projeto de tecnologia 6G
- Quais são as diferenças entre redes 1G, 2G, 3G, 4G, 5G e 6G?
- Mas já? China envia primeiro satélite 6G à órbita do planeta
O plano coloca a implementação do 6G como uma das metas de médio prazo da agência, que vai aguardar pelas decisões da próxima Conferência de Radiocomunicação da UIT, planejada para 2023, para iniciar seus preparativos. A decisão já destina as frequências ultra altas — acima de 90 GHz — para a nova tecnologia móvel, que deve trazer diversos benefícios.
Entre as aplicações destacadas pela Anatel para a nova tecnologia estão a telemedicina, realidades virtual e aumentada, a mobilidade autônoma e a indústria 4.0; e robótica. Os estudos da agência esperam que os sistemas massivos de múltiplas entradas e saídas (Massive MIMO) continuarão sendo chave para o 6G, tendo como foco a oferta de altas taxas de transmissão de dados e a eficiência espectral.
No entanto, o documento da agência reguladora não específica questões técnicas mais profundadas, apontando que ainda é preciso discutir requisitos de implementação e quais tecnologias vão ser necessárias para atingir esse objetivo. No entanto, ele já indica que características como virtualização, desagregação e arquiteturas de rede centradas no usuário deve fazer parte da nova geração da tecnologia móvel.
Fonte: Telesíntese