Startup promete acabar com burocracia de câmbio em investimentos
Por Márcio Padrão | Editado por Claudio Yuge | 16 de Fevereiro de 2022 às 21h20
A Trace Finance, startup brasileira de rápida aprovação de câmbio para empresas, levantou no começo deste mês US$ 4,3 milhões (R$ 22 milhões) em uma rodada seed para iniciar o negócio. Na ocasião, foi avaliada em US$ 24 milhões (R$ 124 milhões) segundo o Brazil Journal.
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Metade da rodada foi feita pelo fundo HOF Capital (Uber, SpaceX e Stripe). Também participaram as empresas Circle Ventures, Mantis Ventures, 2TM e investidores-anjo como Paulo Silveira, da Alura, e Lincoln Ando, da Idwall.
O diferencial da empresa está em facilitar a jornada de uma startup para receber dinheiro de fundos internacionais. Normalmente este processo incluir criar uma holding e abrir uma conta bancária no exterior, o que leva alguns meses de burocracia. O sistema da Trace promete realizar essa operação em no máximo um dia, e a um custo bem menor.
Como exemplo, o Silicon Valley Bank, instituição americana com diversas startups como cliente, cobra uma taxa de 4% pelo câmbio. Nas corretoras e bancos brasileiros, este percentual fica entre 0,6% e 1%. Já a fintech brasileira cobrará apenas 0,15%. Um de seus clientes é a CondoConta, banco brasileiro que concede acesso a contas de condomínios em tempo real.
Fundada em janeiro do ano passado com capital próprio dos empreendedores Bernardo Brites (ex-Decred); seu colega Rafael Luz (ex-Transfero); e Leone Parise (ex-TrustWallet), a Trace vai usar o dinheiro do aporte para investir na ampliação da equipe de programadores e em marketing, além de tirar as licenças no Brasil e nos EUA necessárias para a sua operação bancária. Segundo Brites, a americana deve sair no segundo trimestre, e a brasileira, até o final do ano.
Fonte: Brazil Journal