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Por que fintechs costumam liberar créditos para quem tem "nome sujo"?

Por| Editado por Claudio Yuge | 14 de Junho de 2022 às 22h00

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(Imagem: Pickawood via Unsplash/Reprodução)
(Imagem: Pickawood via Unsplash/Reprodução)

Uma das maiores vantagens das startups financeiras (fintechs) em relação aos bancos tradicionais é que o primeiro grupo costuma ser bem mais benevolente para liberar crédito do que o segundo grupo. Até clientes inadimplentes costumam ser beneficiados por essas empresas. Por que isso ocorre?

No geral, as fintechs usam bastante inteligência de dados para orientar suas decisões para concessão de crédito, algo que as instituições tradicionais ainda estão atrás, apesar de também estarem avançando nesse sentido. Os algoritmos das startups conseguem, por exemplo, identificar perfis de clientes acima do grau de risco que os bancos estão dispostos a aceitar, mas também acha outras informações suficientes para conceder crédito a esse cliente.

“A inadimplência é sempre uma realidade para quem trabalha com crédito. E, neste momento, essa realidade está crescendo de forma sistêmica. Mas vemos as fintechs mais preparadas e equipadas para lidar com clientes que enfrentam desafios em seu ciclo de pagamento, já que têm uma série de mecanismos para acomodar uma inadimplência temporária ou a necessidade de extensão de um prazo, por exemplo”, afirma Sandro Reiss, presidente da Associação Brasileira de Crédito Digital (ABCD), entidade representante do setor.

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De acordo com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), 28,7% das famílias ouvidas relataram ter contas ou dívidas em atraso em maio. Outro levantamento recente da Serasa apontou que mais de 65 milhões de brasileiros estavam inadimplentes em março.

Outro possível motivo para essa distinção é que as regras do Banco Central para fintechs costumam ser menos rígidas que as aplicadas aos bancos, o que tem sido motivo de discussão entre os dois setores.

Dito isso, veja os três motivos elencados por Reiss para explicar por que as fintechs conseguem emprestar dinheiro a clientes com nome sujo na praça com mais facilidade que os bancos tradicionais.

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Acostumadas à inadimplência

As fintechs de crédito cresceram bastantes nos últimos anos. No período, a economia brasileira perdeu fôlego e levou ao endividamento de muita gente. Por isso a maioria das fintechs teve de criar sua carteira de crédito em ambiente de inadimplência alta e com flexibilização de condições para acomodar segmentos mal atendidos pelos grandes bancos.

Técnicas diferentes para análise de crédito

Com o uso de tecnologia, as fintechs de crédito são capazes de conhecer o cliente e oferecer certas flexibilidades, como extensão de prazo de pagamento ou redução de carência, por exemplo. As grandes instituições financeiras só conseguem proporcionar essas condições para grandes empresas ou clientes com quem mantêm um longo relacionamento.

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Atendimento a perfis mal atendidos no mercado

A maior parte das fintechs trabalha com parcelas de clientes que não contam com um bom atendimento no mercado, oferecendo uma linha de produtos, serviços e apetite de risco bem coordenado com a realidade de seus clientes. Por isso, tendem a continuar crescendo mesmo em um cenário de alta volatilidade.