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HealthTechs movimentam investimentos no Brasil e fornecem serviços inovadores

Por| 10 de Outubro de 2018 às 16h05

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HealthTechs movimentam investimentos no Brasil e fornecem serviços inovadores
HealthTechs movimentam investimentos no Brasil e fornecem serviços inovadores

O Brasil está empolgado com o cenário de investimentos em inovações tecnológicas e modelos de negócios sob demanda, segundo o Tech Crunch. Um artigo publicado no site, mostra a grande explosão de startups, sobretudo na área da saúde, o que é relacionado à baixa qualidade do Sistema Único de Saúde (SUS) que atua como um catalisador da demanda por soluções em saúde, animando empresários e investidores de todo o território nacional. Segundo a análise, 75% dos brasileiros — o que equivale a aproximadamente 150 milhões de cidadãos — depende do SUS para receber cuidados médicos.

Startups 

Mais de 250 startups voltadas à inovação no campo da saúde existem no Brasil, sendo que o país figura como 7º lugar na lista mundial de maiores mercados na área. Aqui, cerca de US$ 42 bilhões são gastos todos os anos com consultas e procedimentos clínicos particulares, incluindo os planos de saúde privados.

Em 2017, de acordo com o relatório Breakout Year in Tech, da Inside Latin America, o setor de healthtech foi o segundo campo da tecnologia que mais cresceu na América Latina, com crescimento de 250% em relação ao ano anterior, 2016. O investimento de US$ 50 milhões na Dr. Consulta, que oferece consultas e procedimentos clínicos a preço acessível, figurava como um dos principais negócios de capital de risco para 2017. Em três anos, a empresa expandiu de uma para 51 filiais, tendo o maior conjunto de dados clínicos do Brasil, totalizando informações colhidas de mais de um milhão de pacientes de variadas regiões. O sucesso se deu, segundo a análise do Tech Crunch, pelo diferencial que a Dr. Consulta possui sobre outros modelos de negócios em saúde: foco no preço acessível. Agora, estão surgindo outras startups que seguem a mesma receita rumo ao crescimento: Clínica Sim, Dr. Sem Filas, Docway e GlobalMed.

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Há, também, outras startups que exploram novas formas de fazer negócios, como a Telelaudo, que fornece análises de imagens de radiologia 24 horas por dia, incluindo finais de semana e feriados. A Ventrix, por sua vez, fornece dispositivos especiais de monitoramento cardíaco e respiratório. Já a NEO MED se dedicou a diminuir a burocracia e espera na confecção de relatórios médicos para exames de eletroencefalograma e eletrocardiograma, além de contribuir para colaboração entre clínicas e equipes de saúde.

Aplicativos de saúde móvel também têm entusiasmado o setor, atendendo às demandas de pacientes com diabetes e hipertensão onde quer que eles estejam. Também chamam a atenção do mercado — e consequentemente dos investidores — a startups voltadas para a saúde mental, como é o caso da Youper, fundada no Brasil e atualmente sediada em San Francisco, na Califórnia, que atua como um assistente virtual que ajuda os usuários a superar sintomas de ansiedade social e crises de pânico por meio de técnicas de reformulação de padrões comportamentais.

A Inteligência Artificial é uma aliada durante todo o processo: seja na hora de diagnosticar enfermidades, gerenciar custos ou mesmo analisar os dados de saúde para pesquisas científicas ou demográficas. A Gesto é uma das startups emergentes brasileiras que utiliza do Aprendizado de Máquina para analisar informações de mais de 4,5 milhões de pacientes para ajudar a selecionar os melhores planos de saúde para empresas, fornecendo acesso à saúde aos funcionários enquanto garante o melhor custo-benefício para as corporações. Também há a Epitrack, sediada em Pernambuco, que utiliza dados crowdsourced, Inteligência Artifical e análise preditiva para combater surtos e epidemias por meio de epidemiologia computacional.

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Virtualização da saúde

O Governo brasiliero tem agido no sentido de informatizar e centralizar as informações de saúde por meio de prontuários digitais acessíveis a toda a rede do Sistema Único de Saúde (SUS). Até o final de 2018, mais de 42 mil clínicas públicas em todo o território nacional contarão com a digitalização dos dados, economizando cerca de US$ 6,8 bilhões dos cofres públicos, segundo o Banco Mundial. No final de 2017, apenas 30 milhões de cidadãos brasileiros possuíam registros médicos eletrônicos e quase dois terços das clínicas de atenção primária não tinham acesso ao prontuário eletrônico de seus pacientes.

No âmbito da digitalização dos prontuários, a startup iClinic ajuda os profissionais de saúde a reunirem em um só lugar os registros de seus pacientes, armazenados na nuvem e acessíveis em qualquer dispositivo. Utilizado em muitas clínicas do Brasil, agora o serviço está em expansão e já atende a mais de 20 diferentes países.

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Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o Brasil também sofre com a falta de digitalização das prescrições médicas, sendo que 70% dos tratamentos têm potencial para erros por falta da virtualização das receitas, o que faz com que o país tenha altas taxas de mortalidade devido a erros de medicação. Nos EUA, cerca de 77% das prescrições são feitas digitalmente. Para fornecer soluções para esse problema, a Memed, plataforma utilizada por mais de 55 mil profissionais de saúde em todas as especialidades, fornece auxílio na prescrição medicamentosa, alertando para interações entre drogas e possibilidade de alergias, aumentando a adesão dos pacientes ao tratamento. A Memed também é responsável pelo desenvolvimento do mais completo e confiável banco de dados de medicamentos do país.

Fonte: Tech Crunch