Daki se torna unicórnio com modelo rápido e sustentável de delivery
Por Márcio Padrão • Editado por Claudio Yuge |
A Daki, startup de delivery de mercado que promete a encomenda em até 15 minutos, tornou-se o mais novo unicórnio brasileiro — isto é, com valor de mercado acima de US$ 1 bilhão (R$ 5,6 bilhões). A empresa recebeu um aporte de US$ 260 milhões nesta quinta-feira (2). O que impressiona é ter obtido esse status apenas 11 meses de criação, pois a startup surgiu em janeiro em São Paulo. Agora ela vale US$ 1,2 bilhão (R$ 6,8 bilhões).
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De acordo com o Estadão, o montante veio em uma rodada do tipo série B (para acelerar a empresa) e será pago pelos fundos Tiger Global, Kaszek, Monashees, Activant Capital, Balderton, Greycroft, G-Squared, HV Capital, Mirae Asset, Moving Capital e outros. Em julho, a empresa já havia recebido um aporte de US$ 170 milhões.
Ao contrário de iFood e Rappi, o modelo da Daki funciona apoiado apenas em mercados do tipo dark stores, lojas sem "vitrine" que servem apenas para operação de delivery e que ficam espalhadas por grandes cidades. A localização é um fator importante para manter a rapidez da entrega, um de seus lemas, pois a ideia é sempre ter uma loja perto do cliente. Além disso, a empresa aposta na sustentabilidade ao trabalhar com entregadores apenas com bicicletas tradicionais ou elétricas.
Rafael Vasto, cofundador e CEO da Daki, explicou ao Estadão que o dinheiro novo será usado para a expansão física da rede de lojas, melhorar a experiência do aplicativo e contratar mais profissionais. “Essa rodada é a celebração de um modelo de negócio que traz indicações positivas de rentabilidade e crescimento, mas também comemora o potencial da América Latina, onde temos muito a crescer”, disse.
A Daki mantém 60 dark stores nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, ABC paulista (Santo André, São Bernardo e São Caetano), Campinas (SP), Guarulhos (SP) e Niterói (RJ). Espera chegar a Belo Horizonte até o final de janeiro de 2022. Mas mira ainda no exterior. Ela fundiu-se em julho deste ano com a startup Jokr, de Nova York, para realizar entregas ultrarrápidas na América Latina, Europa e Estados Unidos.
Fonte: Estadão