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Brave é o primeiro browser a ter suporte ao protocolo descentralizado IPFS

Por| 20 de Janeiro de 2021 às 23h20

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Divulgação/Brave
Divulgação/Brave

O Brave, famoso navegador focado em privacidade e proteção de dados, chamou atenção ao anunciar nesta última terça-feira (19) suporte ao InterPlanetary File System (IPFS ou Sistema de Arquivos Interplanetário), um protocolo de rede descentralizado ponto-a-ponto (P2P) que visa criar uma web mais aberta, colaborativa e difícil de ser censurada. Com o anúncio, o Brave se torna o primeiro browser a ser compatível com a tecnologia.

Em suma, o IPFS basicamente aplica o mesmo princípio dos bons e velhos torrents à navegação web; em vez de existir um único servidor armazenando os arquivos, cada máquina pode se tornar um nó para garantir a resiliência daquele conteúdo e hospedar os seus próprios da forma mais simples possível. Endereços da IPFS se iniciam com ipfs://, da mesma forma que páginas HTTP levam http:// no início.

Embora seja uma tecnologia bem interessante, o IPFS ainda está dando seus primeiros passos e não há muito conteúdo a ser acessado — o Brave ressalta que algumas páginas da Wikipédia podem ser usadas como teste. A compilação compatível com o protocolo é a 1.19; se ela já estiver instalada na sua máquina, você pode acessar ipfs://bafybeiemxf5abjwjbikoz4mc3a3dla6ual3jsgpdr4cjr3oz3evfyavhwq/wiki/Vincent_van_Gogh.html para ter uma ideia de como o sistema funciona.

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“Estamos entusiasmados por sermos o primeiro navegador a oferecer uma integração IPFS nativa com o lançamento de hoje para a versão desktop do browser. Integrar a rede de código aberto IPFS é um marco importante para tornar a web mais transparente, descentralizada e resiliente”, afirmou Brian Bondy, cofundador da Brave. À VICE, Juan Benet, fundador do protocolo, descreveu a situação atual da web como “preocupante”.

“Estamos pressionando por uma web totalmente distribuída, em que os aplicativos não residam em servidores centralizados, mas operem em toda a rede a partir dos computadores dos usuários. Uma internet onde o conteúdo pode se mover por meio de intermediários não confiáveis, sem desistir do controle dos dados ou colocá-los em risco”, explica Benet.

Fonte: Brave, VICE