10 linguagens de programação que estão se tornando obsoletas em 2022
Por Claudio Yuge |
Toda linguagem de programação, não importa o quão popular seja ou o nível de sua densidade de uso, é útil para alguém — claro, algumas mais, outras menos. E, enquanto muitas são abraçadas por milhares de desenvolvedores, várias acabam caindo no esquecimento; ou no desuso mesmo.
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Mesmo as que tiveram pico de popularidade em dado período podem ter se tornado obsoletas, seja pela evolução natural de outras alternativas mais modernas ou pelo próprio descaso dos criadores.
Abaixo estão dez opções desatualizadas e que vêm caindo no esquecimento. Se você é fã de alguma (ou de várias) delas, apenas continue usando; a lista é guida pela evolução e praticidade — e não por preferências pessoais.
VB.NET
O Visual Basic.NET, criado pela Microsoft, tem uma sintaxe semelhante ao Basic, o que pode ser ótimo para nostálgicos da época do MSX e interessados pela história da programação. Mas a incompatibilidade com suas outras versões gera divergências e críticas que até hoje irritam a comunidade de programadores.
E com opções que corrigiram essa opção inicial, não há vantagens para continuar insistindo nesta linguagem.
Elm
Concebida como uma linguagem específica de domínio para a criação declarativa de interfaces gráficas de usuário baseadas em navegadores web. Sua inatividade nos dois últimos anos, sem qualquer atualização significativa, coloca-a em iminente extinção.
Coffee Script
A linguagem é conhecida por ser uma versão mais “bonitinha” e fácil de compreender que o JavaScript. Mas ela é bem inferior em relação a desempenho e opções de funcionalidades, o que, embora seduza iniciantes, incomoda bastante quem precisa de ferramentas mais amplas e poderosas. Daí o desuso desde 2020 no mercado.
Haskell
Esta linguagem ainda reúne muitos fãs de pequenos projetos no Facebook e no GitHub, em códigos usados para infraestrutura interna de big data e machine learning — a rede social, por exemplo, usa em iniciativas para lidar com spam. Bancos também têm usado com blockchain, devido à sua imutabilidade, o que favorece aspectos de segurança.
Embora tenha tentado trazer atualizações nos últimos anos, as mudanças não parecem mantê-la relevante frente a outras alternativas mais eficientes no momento disruptivo que o mercado de trabalho vive em 2022.
Erlang
Muito usada por grande parte dos sistemas de telecomunicações, não conseguiu se adaptar muito bem às mudanças recentes no mercado de trabalho dos últimos anos. Embora tenha sido bastante utilizada no passado e seja elogiada pela facilidade de aprendizado, sua popularidade caiu na comunidade de desenvolvedores.
Pascal
Aqui está mais um “dinossauro” que abriu caminho, vindo do Algol 60 para se tornar referência de linguagem de programação imperativa e procedural. Assim como as opções que se popularizaram nos anos 1970 e 1980, agrada os saudosistas e veteranos nostálgicos, mas ficou obsoleta com a chegada do Delphi, que, embora não seja assim tão “jovem”, envelheceu bem e continua presente em muitos sistemas da Microsoft, Apple e Google.
Cobol
Outra linguagem antiga, foi criada basicamente para atender bancos, organizações governamentais, entre outros negócios que passaram a digitalizar suas operações na ascensão da computação entre 1960 e 1990.
Mas sua rigidez de regras na composição dos caracteres e a limitação de análise dos códigos, somada a outras linguagens mais evoluídas e dinâmicas, como Java e Python, tornam o Cobol presente apenas em sistemas ou máquinas jurássicas.
ColdFusion Markup Language
Lançada pela Adobe com recursos inovadores para a época, tornou-se popular devido à facilidade de uso, por conta de sua codificação com tags que lembra o HTML. Contudo, as diferentes versões, customizadas por desenvolvedores e empresas que adequaram suas funcionalidades de acordo com suas necessidades, tornaram suas aplicações tão úteis quanto incompatíveis para uso geral.
Sua baixa qualidade de depuração, somada à ausência de um gerenciador de pacotes e a queda do Adobe Flash, criticado por sua vulnerabilidade; e o uso a plataforma ColdFusion, tornam seu uso cade vez menos frequente.
Objective-C
A linguagem se popularizou graças à adesão de Steve Jobs em seus projetos para a NeXT, que era uma resposta de sistema operacional ao Windows no final dos anos 1980. O Objetive-C, que herdou parte de sua sintaxe do C, foi importante para o desenvolvimento de aplicativos da Apple, especialmente quando Jobs retornou para a empresa e progrediu a plataforma para o Mac OS X.
Embora ainda seja bastante usado, devido ao legado de anos de uso nas primeiras máquinas Mac da virada dos anos 1990 para o início de 2000, o Objective-C atualmente vem sendo amplamente substituído pelo Swift C, que é muito mais rico em recursos.
Perl
A linguagem é um coletivo de versões multiplataforma de programação de alto nível, que, embora tenha várias versões, ganhou adesão porque é ótima para manipulação de textos e arquivos em códigos curtos e poderosos — e o conceito de software livre mantém uma grande comunidade colaborativa.
Mas a falta de opções de privacidade sobre os códigos, a lentidão de seus scripts, e a alta drenagem da capacidade da CPU tornam a complexidade de leitura e escrita em funcionalidades redundantes perto de opções mais modernas.
Fonte: Analytics Insight