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Review Fitbit Versa 3 | Um ótimo companheiro de treino

Por  • Editado por Léo Müller | 

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Review Fitbit Versa 3 | Um ótimo companheiro de treino
Review Fitbit Versa 3 | Um ótimo companheiro de treino
Fitbit Versa 3

O Fitbit Versa 3 é smartwatch mais recente da principal linha de vestíveis inteligentes da Fitbit. Ele é quase idêntico ao Sense, principalmente nos recursos de monitoramento de exercícios, mas difere na quantidade de funções relacionadas à saúde — até por isso é mais barato que o irmão.

Será que vale a pena economizar um pouco no Fitbit Versa 3? Eu testei o smartwatch da Fitbit e conto todas as minhas impressões neste review.

Antes de começarmos, adianto que essa análise foi possível graças à nossa parceira de importação USCloser, que facilita o envio de produtos da gringa para o Brasil.

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Para importar produtos dos Estados Unidos que você não encontra por aqui, basta criar uma conta na USCloser. Você faz suas compras nos sites gringos normalmente, e a USCloser recebe por você lá nos EUA mesmo, em uma espécie de “caixa postal americana” criada exclusivamente para você. Depois, a USCloser encaminha os produtos para sua casa aqui no Brasil. É seguro, prático e rápido. Siga nosso tutorial para se cadastrar e comprar nos EUA economizando muito.

Construção e design

A terceira geração da família Versa não trouxe muitas inovações no design. O Versa 3 tem a mesma caixa quadrada com cantos arredondados do Versa 2 — que, inclusive, foi uma clara inspiração ao Sense. Visualmente, a única diferença na nova versão é o chassi de alumínio mais invasivo na parte frontal, deixando-o mais elegante.

O modelo que recebemos para testes veio com chassi e pulseira na cor preta. Mas também é possível encontrá-lo nas cores azul, rosa, lilás e oliva, todas com moldura em alumínio dourado.

Já que eu mencionei a pulseira, vale ressaltar que o Versa 3 abandonou o formato mais tradicional de outros relógios, incluindo o Versa 2, com fivela e travas de metal. Aqui, foi implementada a chamada “Infinity Band”, a mesma do Sense, que pode parecer estranha no começo, porém é muito confortável.

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O botão lateral do Versa 3 é sensível à pressão, assim como no Sense. Ele pode ser acessado para acender a tela do relógio e realizar uma tarefa rápida, definida anteriormente. Eu não gostei muito da peça porque, apesar de deixá-lo mais minimalista, pode ser ativado facilmente durante atividades físicas, emitindo uma vibração inconveniente.

Ainda na lateral do relógio, há um microfone e um alto-falante, que habilita algumas funções inteligentes que comentarei mais abaixo.

Bom, já que estamos falando de um rastreador de exercícios, o Versa 3 também é resistente a mergulhos de até 50 metros de profundidade (5ATM). Com isso, o relógio ganha suporte a monitoramento de esportes como natação.

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Tela

Na tela, também houve uma evolução, mas, desta vez, mais significativa. O Versa 3 vem com um painel colorido de 1,58 polegada com tecnologia AMOLED e resolução de 336 por 336 pixels. A exibição é excelente, com ótimo brilho, definição e fluidez.

O Versa 3 também é equipado com o mesmo sensor de iluminação ambiente do Sense. Na prática, a tela consegue se adaptar ao ambiente, deixando a exibição mais brilhosa em ambientes externos — e a identificação é bastante rápida.

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Infelizmente, o Versa 3 repete as bordas espessas do Versa 2, do Sense e de outros vestíveis inteligentes da Fitbit. E considerando a dimensão da caixa, certamente daria para incluir display maior, favorecendo, assim a navegação.

Todas as funções inteligentes do Sense estão disponíveis no Versa 3, como o de levantar o pulso para acender a tela e o Always On Display. O primeiro economiza energia, mas não foi tão preciso quanto eu gostaria — é necessário fazer um movimento longo para funcionar —, enquanto o segundo consome mais bateria.

Configurações e desempenho

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O Versa 3 tem alguns dos recursos inteligentes que esperamos de um smartwatch. O sistema embarcado neste modelo é o Fitbit OS, proprietário da marca, que também equipa o Sense. A interface é bastante simplificada e, sinceramente, parece a de uma smartband por não trazer nada muito original.

Mas, após pouco mais de um mês utilizando a Fitbit OS, aprendi a gostar do sistema. É possível acessar o menu de aplicativos facilmente apenas deslizando o dedo da direita para esquerda, enquanto de cima para baixo você encontra a central de notificações. Da esquerda para direita, há algumas configurações rápidas, como os modos dormir e não perturbe.

Os ícones são simplificados, porém bem amigáveis. As fontes também se adaptam bem à tela do Sense, ou seja, não há problema na visualização de notificações.

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Vale mencionar que o Sense também suporta inúmeras watchfaces, ou mostradores. Há algumas opções no próprio relógio, mas você consegue acessar dezenas de watchfaces no aplicativo Fitbit.

A Fitbit OS tem suporte a centenas de aplicativos que estão na sua loja oficial. Há uma versão do Uber para smartwatch que infelizmente não recebe mais suporte da Uber, ou seja, não é mais possível pedir carro por aqui. O Spotify também está disponível, mas você só consegue usá-lo como controlador, isto é, escolhendo canções e artistas limitados à sua playlist.

Se quiser armazenar músicas diretamente no relógio, somente o Deezer é suportado — eu não tenho assinatura na plataforma, então não consegui testar. Também tem um app de mapa que, surpreendente, mostrou minha rua e seus arredores com bastante precisão.

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Além desses softwares mais populares, há dezenas de apps voltados para meditação e exercícios, mas muitos deles são de qualidade duvidosas e/ou não adaptados para a nossa região. Um exemplo é o Fitbit Pay, que permitiria realizar pagamentos por aproximação, porém não há suporte para nenhum banco/bandeira por aqui.

Além dos aplicativos, o Sense consegue realizar chamadas via Bluetooth, que não são tão populares — eu mesmo não usei uma vez. Obviamente, também é possível receber notificações de diversos mensageiros, inclusive podendo respondê-las rapidamente por texto ou voz, mas somente em aparelhos Android.

Outra função que utiliza o alto-falante e o microfone embutidos é a assistente de voz. Por aqui, somente a Alexa funciona, já que o Google Assistente não está disponível no Brasil para este aparelho.

Acompanhamento físico

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Basicamente, é no número de sensores de saúde que o Versa 3 difere do Sense. Por ser mais acessível, ele perde o sensor de atividade eletrodérmica (EDA), que serve para medir o nível de estresse do usuário. Também não há suporte para realizar eletrocardiograma nem monitorar o ritmo cardíaco.

De resto, ele é muito parecido, pois consegue monitorar a frequência cardíaca continuamente, os níveis de oxigenação no sangue (Sp02), sono, temperatura da pele, detecção de ronco ou ruído ambiente durante o sono, além rastrear o ciclo menstrual.

Não tive problema nenhum durante o período em que usei o Versa 3. Destaco positivamente o monitoramento de sono, que não deixou de identificar até a soneca da tarde de algumas horas depois do almoço. O sensor de batimentos cardíacos também não decepcionou tanto em momentos de repouso como em atividades físicas.

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Por falar em exercícios, o Versa 3 também faz o reconhecimento automático de atividades por meio do giroscópio, altímetro e acelerômetro de três eixos. A identificação geralmente funcionou com elíptico e corrida.

O número máximo de exercícios suportados pelo Versa 3 são 20, incluindo os mais comuns, como natação, corrida ao ar livre e aeróbico, até os mais “diferentões”, como artes marciais. O GPS dedicado também ajuda no rastreamento mais preciso dos passos e de esportes como corrida e ciclismo.

O contador de passos do Versa 3 foi o que menos gostei, no entanto. Por algum motivo, ele não foi tão preciso quanto no Sense, fazendo com que eu atingisse uma quantidade meio inalcançável no dia.

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Todos os dados ficam armazenados no aplicativo Fitbit, um dos trunfos da empresa. Ele é bastante completo e oferece inúmeras estatísticas sobre os resultados das medições, sem contar uma plataforma cheia de treinos, níveis de dificuldade, programas guiados, dentre outros.

É possível desbloquear ainda informações e análises mais detalhadas se você for assinante premium do app. O Sense vem com seis meses de Fitbit Premium grátis, mas, depois desse período, custa R$ 51,99/mês ou R$ 414,99/ano. Não é barata, mas é quase obrigatório para aproveitar tudo o que ele oferece.

Bateria e carregamento

O Fitbit Versa 3 promete até seis dias de bateria, assim como o Sense. É claro que tudo depende de como você utiliza o relógio, como funções ligadas, frequência de treino e monitoramento de saúde e exercícios.

Mas eu devo dizer que o Versa 3 me surpreendeu positivamente. Nos meus testes, com o relógio monitorando o sono toda noite, batimentos cardíacos continuamente durante o dia, modo Always on Display desligado e rastreamento de exercícios uma vez a cada dia, conseguiu chegar ao sexto dia.

Com o modo de tela sempre ligada habilitado, a autonomia de bateria do Versa 3 caiu drasticamente, cerca de dois dias e meio, para ser mais preciso. Ainda assim, é mais do que Apple Watch Series 7 e Galaxy Watch 4 oferecem, concorrentes que mal chegam a dois dias em uma carga.

O Sense também manda muito bem no carregamento. Apenas 12 minutos na tomada garante ao relógio um dia de uso, e aproximadamente 40 minutos enche totalmente o seu tanque.

Concorrentes diretos

O preço comum do Fitbit Versa 3 no site oficial da marca é US$ 229,95 (R$ 1.099,90 em conversão direta para a nossa moeda). Mas, em algumas ofertas, é possível encontrá-lo por US$ 169,95 (R$ 812,90), o que é bem mais interessante.

Se você estiver viajando para a gringa e encontrar o Fitbit Versa 3 nessa faixa de preço, é uma ótima opção para trazê-lo no pulso, pois um bom smartwatch custa a partir de R$ 1.000.

O Galaxy Watch 4, da Samsung, é o modelo que mais se aproxima do Fitbit Versa 3 em preço. O relógio da Fitbit é mais preciso no geral, além de ter mais bateria, porém o aparelho da sul-coreana tem como principal diferencial o sistema Wear OS do Google, com acesso a centenas de apps realmente úteis.

Vale a pena comprar o Fitbit Versa 3?

O Versa 3 não é o melhor Fitbit do mercado, mas ele é o que mais faz sentido aos brasileiros que procuram um smartwatch da marca. Ele é basicamente idêntico ao Sense em configurações, mas perde o sensor de atividade eletrodérmica (EDA) e o suporte para realizar eletrocardiograma.

Mas, na minha opinião, a medição de nível de estresse do usuário não é tão importante. Já o eletrocardiograma não funcionou nos meus testes com o Sense, de qualquer maneira. Ou seja, não faz muito sentido pagar mais caro por um produto "capado".

E aí que o Versa 3 pode agradar. Ele é bonito, tem tela de qualidade, bateria de longa duração e um acompanhamento físico surpreendente com o auxílio da plataforma Fitbit. É um dos melhores companheiros para o seu treino. Uma pena que não é vendido no Brasil.