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Review Fitbit Versa 3 | Um ótimo companheiro de treino

Por| Editado por Léo Müller | 07 de Junho de 2022 às 09h09

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Review Fitbit Versa 3 | Um ótimo companheiro de treino
Review Fitbit Versa 3 | Um ótimo companheiro de treino
Fitbit Versa 3

O Fitbit Versa 3 é smartwatch mais recente da principal linha de vestíveis inteligentes da Fitbit. Ele é quase idêntico ao Sense, principalmente nos recursos de monitoramento de exercícios, mas difere na quantidade de funções relacionadas à saúde — até por isso é mais barato que o irmão.

Será que vale a pena economizar um pouco no Fitbit Versa 3? Eu testei o smartwatch da Fitbit e conto todas as minhas impressões neste review.

Antes de começarmos, adianto que essa análise foi possível graças à nossa parceira de importação USCloser, que facilita o envio de produtos da gringa para o Brasil.

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Para importar produtos dos Estados Unidos que você não encontra por aqui, basta criar uma conta na USCloser. Você faz suas compras nos sites gringos normalmente, e a USCloser recebe por você lá nos EUA mesmo, em uma espécie de “caixa postal americana” criada exclusivamente para você. Depois, a USCloser encaminha os produtos para sua casa aqui no Brasil. É seguro, prático e rápido. Siga nosso tutorial para se cadastrar e comprar nos EUA economizando muito.

Construção e design

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A terceira geração da família Versa não trouxe muitas inovações no design. O Versa 3 tem a mesma caixa quadrada com cantos arredondados do Versa 2 — que, inclusive, foi uma clara inspiração ao Sense. Visualmente, a única diferença na nova versão é o chassi de alumínio mais invasivo na parte frontal, deixando-o mais elegante.

O modelo que recebemos para testes veio com chassi e pulseira na cor preta. Mas também é possível encontrá-lo nas cores azul, rosa, lilás e oliva, todas com moldura em alumínio dourado.

Já que eu mencionei a pulseira, vale ressaltar que o Versa 3 abandonou o formato mais tradicional de outros relógios, incluindo o Versa 2, com fivela e travas de metal. Aqui, foi implementada a chamada “Infinity Band”, a mesma do Sense, que pode parecer estranha no começo, porém é muito confortável.

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O botão lateral do Versa 3 é sensível à pressão, assim como no Sense. Ele pode ser acessado para acender a tela do relógio e realizar uma tarefa rápida, definida anteriormente. Eu não gostei muito da peça porque, apesar de deixá-lo mais minimalista, pode ser ativado facilmente durante atividades físicas, emitindo uma vibração inconveniente.

Ainda na lateral do relógio, há um microfone e um alto-falante, que habilita algumas funções inteligentes que comentarei mais abaixo.

Bom, já que estamos falando de um rastreador de exercícios, o Versa 3 também é resistente a mergulhos de até 50 metros de profundidade (5ATM). Com isso, o relógio ganha suporte a monitoramento de esportes como natação.

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Tela

Na tela, também houve uma evolução, mas, desta vez, mais significativa. O Versa 3 vem com um painel colorido de 1,58 polegada com tecnologia AMOLED e resolução de 336 por 336 pixels. A exibição é excelente, com ótimo brilho, definição e fluidez.

O Versa 3 também é equipado com o mesmo sensor de iluminação ambiente do Sense. Na prática, a tela consegue se adaptar ao ambiente, deixando a exibição mais brilhosa em ambientes externos — e a identificação é bastante rápida.

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Infelizmente, o Versa 3 repete as bordas espessas do Versa 2, do Sense e de outros vestíveis inteligentes da Fitbit. E considerando a dimensão da caixa, certamente daria para incluir display maior, favorecendo, assim a navegação.

Todas as funções inteligentes do Sense estão disponíveis no Versa 3, como o de levantar o pulso para acender a tela e o Always On Display. O primeiro economiza energia, mas não foi tão preciso quanto eu gostaria — é necessário fazer um movimento longo para funcionar —, enquanto o segundo consome mais bateria.

Configurações e desempenho

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O Versa 3 tem alguns dos recursos inteligentes que esperamos de um smartwatch. O sistema embarcado neste modelo é o Fitbit OS, proprietário da marca, que também equipa o Sense. A interface é bastante simplificada e, sinceramente, parece a de uma smartband por não trazer nada muito original.

Mas, após pouco mais de um mês utilizando a Fitbit OS, aprendi a gostar do sistema. É possível acessar o menu de aplicativos facilmente apenas deslizando o dedo da direita para esquerda, enquanto de cima para baixo você encontra a central de notificações. Da esquerda para direita, há algumas configurações rápidas, como os modos dormir e não perturbe.

Os ícones são simplificados, porém bem amigáveis. As fontes também se adaptam bem à tela do Sense, ou seja, não há problema na visualização de notificações.

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Vale mencionar que o Sense também suporta inúmeras watchfaces, ou mostradores. Há algumas opções no próprio relógio, mas você consegue acessar dezenas de watchfaces no aplicativo Fitbit.

A Fitbit OS tem suporte a centenas de aplicativos que estão na sua loja oficial. Há uma versão do Uber para smartwatch que infelizmente não recebe mais suporte da Uber, ou seja, não é mais possível pedir carro por aqui. O Spotify também está disponível, mas você só consegue usá-lo como controlador, isto é, escolhendo canções e artistas limitados à sua playlist.

Se quiser armazenar músicas diretamente no relógio, somente o Deezer é suportado — eu não tenho assinatura na plataforma, então não consegui testar. Também tem um app de mapa que, surpreendente, mostrou minha rua e seus arredores com bastante precisão.

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Além desses softwares mais populares, há dezenas de apps voltados para meditação e exercícios, mas muitos deles são de qualidade duvidosas e/ou não adaptados para a nossa região. Um exemplo é o Fitbit Pay, que permitiria realizar pagamentos por aproximação, porém não há suporte para nenhum banco/bandeira por aqui.

Além dos aplicativos, o Sense consegue realizar chamadas via Bluetooth, que não são tão populares — eu mesmo não usei uma vez. Obviamente, também é possível receber notificações de diversos mensageiros, inclusive podendo respondê-las rapidamente por texto ou voz, mas somente em aparelhos Android.

Outra função que utiliza o alto-falante e o microfone embutidos é a assistente de voz. Por aqui, somente a Alexa funciona, já que o Google Assistente não está disponível no Brasil para este aparelho.

Acompanhamento físico

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Basicamente, é no número de sensores de saúde que o Versa 3 difere do Sense. Por ser mais acessível, ele perde o sensor de atividade eletrodérmica (EDA), que serve para medir o nível de estresse do usuário. Também não há suporte para realizar eletrocardiograma nem monitorar o ritmo cardíaco.

De resto, ele é muito parecido, pois consegue monitorar a frequência cardíaca continuamente, os níveis de oxigenação no sangue (Sp02), sono, temperatura da pele, detecção de ronco ou ruído ambiente durante o sono, além rastrear o ciclo menstrual.

Não tive problema nenhum durante o período em que usei o Versa 3. Destaco positivamente o monitoramento de sono, que não deixou de identificar até a soneca da tarde de algumas horas depois do almoço. O sensor de batimentos cardíacos também não decepcionou tanto em momentos de repouso como em atividades físicas.

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Por falar em exercícios, o Versa 3 também faz o reconhecimento automático de atividades por meio do giroscópio, altímetro e acelerômetro de três eixos. A identificação geralmente funcionou com elíptico e corrida.

O número máximo de exercícios suportados pelo Versa 3 são 20, incluindo os mais comuns, como natação, corrida ao ar livre e aeróbico, até os mais “diferentões”, como artes marciais. O GPS dedicado também ajuda no rastreamento mais preciso dos passos e de esportes como corrida e ciclismo.

O contador de passos do Versa 3 foi o que menos gostei, no entanto. Por algum motivo, ele não foi tão preciso quanto no Sense, fazendo com que eu atingisse uma quantidade meio inalcançável no dia.

Todos os dados ficam armazenados no aplicativo Fitbit, um dos trunfos da empresa. Ele é bastante completo e oferece inúmeras estatísticas sobre os resultados das medições, sem contar uma plataforma cheia de treinos, níveis de dificuldade, programas guiados, dentre outros.

É possível desbloquear ainda informações e análises mais detalhadas se você for assinante premium do app. O Sense vem com seis meses de Fitbit Premium grátis, mas, depois desse período, custa R$ 51,99/mês ou R$ 414,99/ano. Não é barata, mas é quase obrigatório para aproveitar tudo o que ele oferece.

Bateria e carregamento

O Fitbit Versa 3 promete até seis dias de bateria, assim como o Sense. É claro que tudo depende de como você utiliza o relógio, como funções ligadas, frequência de treino e monitoramento de saúde e exercícios.

Mas eu devo dizer que o Versa 3 me surpreendeu positivamente. Nos meus testes, com o relógio monitorando o sono toda noite, batimentos cardíacos continuamente durante o dia, modo Always on Display desligado e rastreamento de exercícios uma vez a cada dia, conseguiu chegar ao sexto dia.

Com o modo de tela sempre ligada habilitado, a autonomia de bateria do Versa 3 caiu drasticamente, cerca de dois dias e meio, para ser mais preciso. Ainda assim, é mais do que Apple Watch Series 7 e Galaxy Watch 4 oferecem, concorrentes que mal chegam a dois dias em uma carga.

O Sense também manda muito bem no carregamento. Apenas 12 minutos na tomada garante ao relógio um dia de uso, e aproximadamente 40 minutos enche totalmente o seu tanque.

Concorrentes diretos

O preço comum do Fitbit Versa 3 no site oficial da marca é US$ 229,95 (R$ 1.099,90 em conversão direta para a nossa moeda). Mas, em algumas ofertas, é possível encontrá-lo por US$ 169,95 (R$ 812,90), o que é bem mais interessante.

Se você estiver viajando para a gringa e encontrar o Fitbit Versa 3 nessa faixa de preço, é uma ótima opção para trazê-lo no pulso, pois um bom smartwatch custa a partir de R$ 1.000.

O Galaxy Watch 4, da Samsung, é o modelo que mais se aproxima do Fitbit Versa 3 em preço. O relógio da Fitbit é mais preciso no geral, além de ter mais bateria, porém o aparelho da sul-coreana tem como principal diferencial o sistema Wear OS do Google, com acesso a centenas de apps realmente úteis.

Vale a pena comprar o Fitbit Versa 3?

O Versa 3 não é o melhor Fitbit do mercado, mas ele é o que mais faz sentido aos brasileiros que procuram um smartwatch da marca. Ele é basicamente idêntico ao Sense em configurações, mas perde o sensor de atividade eletrodérmica (EDA) e o suporte para realizar eletrocardiograma.

Mas, na minha opinião, a medição de nível de estresse do usuário não é tão importante. Já o eletrocardiograma não funcionou nos meus testes com o Sense, de qualquer maneira. Ou seja, não faz muito sentido pagar mais caro por um produto "capado".

E aí que o Versa 3 pode agradar. Ele é bonito, tem tela de qualidade, bateria de longa duração e um acompanhamento físico surpreendente com o auxílio da plataforma Fitbit. É um dos melhores companheiros para o seu treino. Uma pena que não é vendido no Brasil.