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Análise | Redmi 7, o smartphone freemium da Xiaomi

Por| 05 de Agosto de 2019 às 19h30

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Análise | Redmi 7, o smartphone freemium da Xiaomi
Análise | Redmi 7, o smartphone freemium da Xiaomi

Os smartphones da Xiaomi ganham cada vez mais popularidade no Brasil, o que não é difícil de entender o motivo. Afinal, oferecem uma boa relação-custo benefício em um mercado acostumado a aumentar preços ano a ano.

Os modelos básicos e intermediários são ainda mais interessantes, oferecendo conjuntos bastante completos com preços honestos. Este é o caso do Redmi 7, que tivemos a chance de testar só agora e que tem alguns bons destaques, mas ainda não é perfeito.

Xiaomi Redmi 7: construção

A estrutura do Redmi 7 é certamente um dos pontos de destaque. Trazendo um gradiente de cores que vai do azul claro até o azul escuro na parte traseira, o aparelho oferece um visual Premium ao modelo, que dá a impressão de ser de um segmento superior. Além disso, o material utilizado é o vidro, combinando para um visual mais premium que chama a atenção.

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  • Dimensões: 158.7 x 75.6 x 8.5 mm;
  • Peso: 180 gramas.

Temos a câmera dupla saltada, seguindo as linhas do aparelho com flash simples separado. Abaixo, temos as especificações de câmera gravadas (“AI CAMERA 1.25 μm f/2.2 PDAF”), o que facilita o nosso trabalho de achar essas informações, mas não sabemos se é algo exatamente útil para o usuário final. De qualquer forma, a Xiaomi inclui uma capa de proteção com o Redmi 7 que esconde parcialmente essa informação.

Na parte de cima temos o conector de fones de ouvido (não incluso no modelo que testamos), um microfone e o sensor infravermelho. Na parte de baixo temos o conector micro USB e uma saída de som mono, com controles de volume e botão de energia localizados na lateral direita.

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Na parte da frente, temos um pequeno notch para abrigar a câmera frontal, além de um excelente aproveitamento frontal da tela. Aliás, vamos a ela.

Xiaomi Redmi 7: tela

A proposta do Redmi 7 é ser um modelo competitivo no segmento de entrada, então é natural esperar que a tela não tenha uma tela de alta resolução. De fato, são 6,26 polegadas preenchidas por uma resolução de 1520 x 720 pixels, resultando em uma densidade de pixels de quase 270 pixels por polegada quadrada.

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Sim, está abaixo dos 300 ppi “ideais”, mas isso não compromete nem um pouco a qualidade de imagens. A precisão de cores é maior do que esperávamos para o segmento, assim como os ângulos de visão. Este é o quesito que mais nos chamou a atenção, sendo mais do que o suficiente para assistir filmes com qualidade. Ou seja, se há um quesito que não temos críticas significativas, ele é a qualidade de tela.

Xiaomi Redmi 7: desempenho

Aqui temos um dos principais quesitos que fazem o Redmi 7 transitar entre os segmentos básico e intermediário. O Snapdragon 632 aqui é perfeitamente capaz de oferecer uma experiência de uso robusta dentro do seu patamar de preços. O aparelho raramente trava ou executa alguma aplicação de forma lenta, ainda que seja um pouco penalizado pela interface gráfica da Xiaomi.

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No caso, trata-se da MIUI 9, baseada no Android Pie. Há uma certa “inércia” em algumas tarefas, ainda que o usuário ganhe algumas aplicações embutidas até úteis, como limpadores de memória e armazenamento. O problema que encontramos, e que é realmente irritante, é que alguns deles mostram propagandas quando terminam a sua tarefa. Ou seja, você compra o smartphone e continua gerando receita para a empresa.

Sim, é possível desativar, mas não deveria estar lá em primeiro lugar, ou serem devidamente informados antes da compra (mais sobre isso na conclusão).

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A versão que testamos conta com 32 GB de memória interna e 3 GB de memória RAM, mais ou menos padrão para o segmento básico. Há uma versão com 64/4 GB restrita à China e que seria muito bem-vinda por aqui, mesmo que custasse mais caro. Os 3 GB de memória RAM passam a ser um problema com diversos apps abertos, e os 32 GB são rapidamente preenchidos por dados.

A boa notícia é que há suporte para cartão microSD em uma gaveta dedicada, não comprometendo o uso de um chip secundário.

Xiaomi Redmi 7: qualidade de câmera

Considerando o segmento de mercado, a qualidade das fotos e vídeos é até bastante competente. São duas câmeras traseiras, uma com 12 megapixels com abertura f/2.2 e outra de 2 megapixels para sensor de profundidade com um flash simples. Há suporte a HDR e os vídeos são restritos a 1080p a 60 frames por segundo, um bom conjunto para o segmento.

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O “AI Camera”, ou “câmera com Inteligência Artificial (IA)” em inglês, é algo bastante simples e incrivelmente competente. Basicamente, detecta as condições de luz do ambiente e escolhe entre mais de 30 opções de cena qual se adapta melhor. O resultado é um ajuste mais fino de exposição, ISO e assim por diante. Funciona com eficiência, velocidade e produz resultados muito bons.

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Em condições de baixa luz a qualidade cai perceptivelmente, o que era esperado. O software faz até um bom trabalho corrigindo coisas aqui e ali, mas não faz mágica. O resultado são imagens mais definidas, mas sem textura e mais “pasteladas”.

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A câmera frontal é capaz de tirar selfies com boa qualidade e trazem recursos de embelezamento e desfoque de fundo.

Não podemos deixar de mencionar que a Xiaomi fez questão de colocar a marca d’água “SHOT ON REDMI 7 AI DUAL CAMERA” em todas as fotos. Se você tem alguma dúvida se o seu Redmi 7 é de fato um Redmi 7, assim como se há inteligência artificial da câmera, a Xiaomi o lembrará frequentemente disso. Assim como acontece com os anúncios, é possível desativar. Mas não deveria vir de fábrica assim em primeiro lugar.

Xiaomi Redmi 7: bateria, som e extras

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A combinação do Snapdragon 632 com uma bateria de 4000 mAh resultam em uma autonomia de bateria bastante confortável. É uma combinação mais do que suficiente para terminar o dia sem problemas mesmo com uma boa dose de jogos um pouco mais sofisticados e diversos vídeos em alta resolução. E claro, com tudo ativo, do Bluetooth ao GPS.

A qualidade de som das caixas é aceitável até uns 80%, mas começa a estourar um pouco a partir daí, lembrando que ela é mono apesar de haver duas grelhas. Nos fones de ouvido a situação muda, oferecendo uma qualidade perceptivelmente superior - o que depende do fone de ouvido utilizado, naturalmente - mas com volume baixo mesmo com o controle a 100%.

O sensor de impressões digitais está localizado na parte traseira, semelhante ao posicionamento dos Zenfones. Funciona de forma bastante rápida, em especial para quem vem de um Zenfone Max Pro (M1). E, claro, temos a função de controle remoto, algo digno de nota especialmente para quem vive perdendo o controle. Funcionou sem problemas com um modelo da Samsung, e há suporte para uma quantidade enorme de marcas.

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Xiaomi Redmi 7: é bom?

Encontramos o Xiaomi Redmi 7 por aproximadamente R$ 760 nas lojas brasileiras com a configuração que testamos (32/3 GB), lembrando que há uma versão mais acessível com 16/2 GB. Considerando suas especificações, temos aqui um smartphone com uma excelente relação custo-benefício, cobrando o preço de um modelo básico e entregando uma ficha técnica digna do segmento intermediário.

Não podemos deixar de registrar, porém, o incômodo das propagandas fora de hora. Por vezes o Redmi 7 se comporta como um jogo freemium, continuando a gerar receita para a Xiaomi mesmo depois de comprado. Sim, é possível desativar, mas o problema é a transparência.

No caso dos Kindles vendidos nos Estados Unidos, por exemplo, você pode escolher uma versão do leitor de e-books com propagandas para economizar. Mas é claro, transparente e honesto, que não acontece com o Redmi 7.

Outro ponto é a marca d’água nas fotos ativadas por padrão. Não faz sentido, tentando jogar o foco para o aparelho e não para a foto. Junto com as propagandas, temos uma versão sofisticada do excesso de bloatwares de alguns anos atrás.

No fim das contas, basta alguns minutos para resolver esses problemas, tornando o Redmi 7 uma boa opção novamente. Mas apesar de ser um modelo competitivo, seria ainda mais interessante se não tivesse esses problemas em primeiro lugar.


Vantagens

  • Preço honesto pelo conjunto oferecido;
  • Tela de qualidade;
  • Autonomia de bateria acima da média.

Desvantagens

  • Anúncios em toda parte;
  • Marca d’água ativa por padrão no software de câmera;
  • Não vem com um fone de ouvido.

E aí, o que você achou do Xiaomi Redmi 7?