Xiaomi 12 Pro passa no teste de câmeras do DXOMARK e perde para iPhone 13 Pro

Lançado em dezembro do ano passado, o Xiaomi 12 Pro ganhou destaque por oferecer três sensores de 50 MP para cada uma de suas lentes traseiras: principal, ultrawide e telefoto. O conhecido portal especializado em câmeras DXOMARK publicou seu extenso teste com o aparelho, que obteve resultados positivos mas ainda ficou atrás de diversos concorrentes.

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Entre os aspectos elogiados pelo portal está a grande quantidade de detalhes na maioria das cenas, inclusive com boa exposição em ambientes mais escuros. O foco automático também foi considerado rápido e consistente, enquanto o ângulo de visão é bastante alto na lente ultrawide.

Por outro lado, o processamento das imagens foi uma área bastante criticada pelos analistas, com efeitos que podem fugir da naturalidade em diversos momentos. Além disso, os níveis de exposição costumaram apresentar algum nível de instabilidade.

Com isso, o aparelho recebeu 141 pontos no recorte de fotos, 65 em zoom e 111 em vídeos — a pontuação final de 131 colocou o Xiaomi 12 Pro na 14ª posição do ranking geral do DXOMARK, ao lado do Galaxy S22 Ultra, e atrás de modelos como iPhone 13 Pro Max e Google Pixel 6 Pro. Mesmo assim, foi um avanço de três pontos em comparação com o seu antecessor, o Mi 11 Pro.

Fotos com o Xiaomi 12 Pro

As imagens capturadas com o Xiaomi 12 Pro apresentam exposição e balanço de cores muito positivos em boas condições de luz, assim como é esperado para celulares desta faixa de preço. Porém, o processamento de imagens com maior contraste precisa de alguns ajustes finos, já que algumas fotos podem ficar com um aspecto artificial.

Em condições mais desafiadoras de luz, o HDR se sai bem mesmo com uma contraluz consideravelmente forte. O Xiaomi 12 Pro é capaz de manter um nível satistfatório de detalhes em diversas partes da cena, sem estourar as seções mais claras nem reforçar sombras.

Porém, mesmo que os melhores resultados nestas condições sejam bastante agradáveis, o aparelho ainda apresenta alguma instabilidade de HDR, não reconhecendo a necessidade do modo em determinadas situações. Por isso, poderá ser necessário tirar algumas fotos em sequência para obter uma imagem correta.

Mesmo em situações com cores bastante vibrantes, o Xiaomi 12 Pro consegue apresentar todos os tons com um bom balanço de saturação, em especial nos ambientes com melhores condições de luz. Locais fechados e/ou mais escuros mostram uma tendência para tons mais amarelados e quentes, mas mesmo assim possuem qualidade agradável.

O Xiaomi 12 Pro tem tecnologia de zero shutter lag, o que auxilia no funcionamento do foco automático, considerado rápido e preciso na maioria das vezes — porém, os resultados poderão ser um pouco inconsistentes por vezes. O autofoco também vai bem em ambientes com condições ruins de luz, mesmo que fique um pouco mais lento.

O aparelho da marca chinesa tem um sensor considerado grande, o que pode reduzir a profundidade de campo e deixar rostos desfocados nas fotos em grupo, por exemplo. Além disso, ele não apresenta um algoritmo que recupera a nitidez nestes casos, assim como o Mi 11 Ultra.

Um dos maiores destaques apontados pela equipe do DXOMARK está nas texturas das fotos, já que os detalhes finos das imagens são extremamente satisfatórios. Neste aspecto, o Xiaomi 12 Pro vence até os mais badalados do mercado, como o iPhone 13 Pro ou Galaxy S22 Ultra.

O controle de ruído também se mostrou eficiente, mesmo nos ambientes com pouca luz. Entretanto, o uso do HDR pode fazer com que as zonas mais escuras da imagem possam perder a qualidade de forma muito perceptível, especialmente em cenas com alto nível de contraste.

O modo retrato é outro aspecto que entregou resultados bastante bonitos, mesmo que a variação de desfoque possa ser um pouco abrupta em diversos cenários. Os recortes são bem feitos e a abertura simulada é ampla, o que gera resultados muito naturais.

Outra vantagem que o Xiaomi 12 Pro apresentou perante a seus concorrentes está no modo noturno, em que o aparelho consegue oferecer um amplo alcance dinâmico, com exposição correta e baixos níveis de ruído.

Entretanto, as principais críticas do DXOMARK estão relacionadas ao processamento das fotos, que pode causar alguns efeitos artificiais e até erros pontuais — como o aparecimento de "fantasmas" ou linhas que não existem no ambiente real.

Outro ponto que reduziu a nota final do Xiaomi 12 Pro é o preview das fotos, já que o resultado final costuma ser bastante diferente do visto no aplicativo de câmera. Este problema é identificado principalmente no modo retrato, em que os recortes não são feitos de forma satisfatória quando se vê a imagem em tempo real.

Fotos com câmeras auxiliares

As imagens capturadas com a lente ultrawide possuem um ângulo de visão bastante alto, o que chamou a atenção dos analistas do DXOMARK. O balanço de cores também é muito positivo, mas o celular ficou para trás nos quesitos de ruído e superexposição das zonas claras da imagem.

Já as imagens capturadas com a câmera de zoom tem melhores detalhes que a concorrência em aproximações mais sutis. Porém, a limitação de apenas 2x de zoom óptico faz com que o celular da Xiaomi fique bem atrás dos rivais quando se procuram os objetos mais distantes, que aparecem borrados.

Vídeos

O alcance dinâmico apresentado pelo Xiaomi 12 Pro em vídeos é limitado, o que pode causar alguns efeitos de superexposição nas seções iluminadas do conteúdo. Por outro lado, o aparelho parece ajustar as imagens para um modo mais escuro que o desejável, provocando a perda de detalhes em ambientes internos.

O balanço de cores foi considerado bom sob a luz do Sol ou outras fontes abundantes de iluminação, mas os vídeos podem ficar com efeitos alaranjados instáveis em locais escuros. O foco automático também é rápido e preciso nos conteúdos em movimento, enquanto os detalhes de texturas aparecem em níveis satisfatórios.

Mais uma vez, as principais críticas foram voltadas para o processamento das imagens, já que o Xiaomi 12 Pro apresenta diversos efeitos artificiais como o moiré e ringing, além de uma quantidade considerável de ruído no escuro. Por outro lado, a estabilização foi satisfatória em alguns cenários, inclusive enquanto o usuário estava correndo ou fazendo outros movimentos mais intensos.

Fonte: DXOMARK