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Samsung quer popularizar 5G no Brasil ainda em 2022

Por| 24 de Março de 2022 às 18h40

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Divulgação/Samsung
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A Samsung anunciou recentemente no Brasil seus novos intermediários Galaxy A33 5G e Galaxy A53 5G, reforçando a política vista desde a chegada do Galaxy S21 FE de sincronizar seus principais lançamentos no país com o mercado internacional. Em entrevista ao Canaltech, o Diretor de Marketing de Produtos da Samsung Brasil Renato Citrini comentou os lançamentos, dando ainda uma prévia do que poderemos ver da marca para os próximos meses.

Dentre os aparelhos apresentados — onde ainda temos o pouco falado Galaxy A73 —, o Galaxy A53 é o único já disponível para venda, enquanto mais detalhes do Galaxy A33 devem ser revelados pela marca apenas no dia 19 de abril, quando as vendas devem começar. Todos os modelos serão vendidos nas mesmas quatro cores: preto, branco, azul e rosé.

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Mudanças da linha Galaxy A agradam

De acordo com Renato Citrini, os lançamentos tiveram ótimo feedback por parte do público alvo, mostrando que a escolha de focar em uma "comunicação mais leve, solta e com mais cores" foi acertada. Além disso, ele destaca que alguns diferenciais entregues especialmente no Galaxy A33 chamaram a atenção, como a certificação IP67 e a estabilização óptica na câmera principal, bem como a performance notavelmente superior à geração passada, subindo o patamar do produto e trazendo funções até então vistas apenas em modelos mais caros.

Ainda sobre este ponto, Citrini comenta que as mudanças feitas no Galaxy A33 para deixá-lo mais similar a Galaxy A53 e Galaxy A73 foram pensadas justamente como uma forma de deixar claro para o público e para o mercado que são produtos de uma mesma família. Isso difere bastante do que foi visto na geração de 2021, quando o Galaxy A32 apresentava um visual distinto e especificações bem diferentes dos irmãos maiores.

A gente traz uma unificação de design. Mesmo se você pegar as fotos que já divulgamos do Galaxy A73, é a mesma linha de design. Você pode ver que são produtos irmãos, que têm o mesmo conceito de design, deixando a cargo do consumidor definir qual quer comprar com base no que está buscando e em quanto está querendo pagar. É exatamente para mostrar que é uma linha, que são produtos irmãos com algumas diferenças pontuais.— Renato Citrini, Diretor de Marketing de Produtos da Samsung Brasil
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Galaxy A73 tem lançamento discreto

Com relação ao Galaxy A73, que teve espaço bastante discreto dentre os lançamentos ao ser apenas comentado brevemente ao final do comunicado de imprensa, Renato Citrini afirma que mais detalhes podem ser divulgados no futuro. O aparelho não teria sido apresentado junto aos irmãos devido à proximidade do anúncio do Galaxy S21 FE, que provavelmente canibalizaria as vendas do novo intermediário premium devido ao seu preço já mais atrativo em relação ao anúncio em janeiro.

Além disso, Citrini reforça o esforço da Samsung em anunciar os Galaxy A33 e Galaxy A53 no Brasil simultaneamente com o mercado internacional, com as vendas do modelo mais robusto dos dois sendo iniciada junto aos principais países do mundo. Mais detalhes do Galaxy A33 serão revelados no dia 19 de abril, quando suas vendas devem começar no Brasil, mas não se sabe ainda se o Galaxy A73 também terá sua disponibilidade comentada na data.

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Usuários cada vez mais exigentes

Um dos pontos mais comentados, não apenas por Renato Citrini durante a entrevista como também no próprio material de marketing da marca ou mesmo na cobertura da mídia especializada, foi a quantidade de upgrades feitos no Galaxy A33 em relação ao seu antecessor. Como comentado acima, o modelo trouxe novo design para se adequar aos irmãos mais caros, certificação IP67 contra danos por água e poeira e câmera principal com estabilização óptica de imagens.

Quando comparado ao Galaxy A32 5G os upgrades são ainda mais notáveis, já que o modelo 5G de geração passada trazia conjunto geral inferior ao Galaxy A32 compatível apenas com redes 4G, incluindo tela de menor resolução com painel IPS LCD de 60 Hz, leitor de digitais lateral e câmeras piores.

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De acordo com Citrini, essa mudança vem sendo feita para agradar quem já possui modelos de geração passada — sejam eles da Samsung ou não — e deseja fazer o upgrade, mas não quer ou pode gastar mais eu um modelo como o Galaxy A53 ou da linha Galaxy S.

Quando a gente pega esses produtos ali na faixa dos R$ 2 mil, a gente vê uma migração muito grande de um público que está em um produto com um pouco menos de performance. Hoje quem tem um produto de 1 ano e meio provavelmente vai ter um modelo com 64 GB de memória, 4 GB de RAM ou até menos, e começa a olhar mais para esses produtos que trazem mais performance, RAM e armazenamento. Então a gente traz um olhar mais forte para este público que seria o "miolo" da família Galaxy A. Você tem ali um conjunto de especificações que vai atrair quem está nesse intermediário mais básico e quer um intermediário um pouco melhor.— Renato Citrini, Diretor de Marketing de Produtos da Samsung Brasil

Galaxy A33 vs A53

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Os upgrades feitos no Galaxy A33 acabaram deixando o aparelho extremamente similar ao Galaxy A53, não apenas em termos de design como também de suas especificações. Ainda assim, a Samsung buscou deixar alguns pontos de destaque para o celular mais caro, onde Renato Citrini destaca em especial a tela com maior taxa de atualização e a maior quantidade de RAM.

Além destes, temos também câmeras melhores, tela ligeiramente maior (o que pode ser um ponto positivo ou negativo, a depender do usuário) e mudança no design do painel frontal, com furo centralizado no Galaxy A53 e notch de gota no Galaxy A33.

Saem Qualcomm e MediaTek, entra Exynos

Outro ponto bastante comentado foi a troca de fornecedor dos chipsets em ambos os modelos. Enquanto Galaxy A32 e Galaxy A32 5G traziam componentes da MediaTek, os Galaxy A52, Galaxy A52 5G e Galaxy A contavam com soluções da Qualcomm, e em 2022 temos apenas o Exynos 1280 usado tanto no Galaxy A33 quanto no Galaxy A53.

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Segundo Renato Citrini, a escolha foi feita como acontece com todas as outras linhas, sendo analisados os componentes disponíveis no mercado e então decidido por aquele que se encaixava melhor na performance esperada pela Samsung e também na capacidade de produção para atender a grande demanda esperada por ambos.

O Exynos 1280 é um processador novo, feito em 5 nm, o que traz uma performance realmente muito boa para os dois produtos. Essa escolha de fabricante de processador é muito mais uma escolha global, por decisão da matriz. A gente olha para Exynos, Snapdragon, MediaTek ou qualquer outro fabricante. Mesmo tendo o Exynos como um braço irmão dentro da Samsung, buscamos sempre equilibrar e diferenciar os processadores entre os fabricantes para conseguir cumprir com a demanda global. Você imagina a demanda de um produto como o A53, onde o A52 foi líder de vendas, então precisamos sempre entrar em contato com os produtores (mesmo do Exynos) para saber quem consegue suprir não apenas em termos de performance esperada mas também de demanda.— Renato Citrini, Diretor de Marketing de Produtos da Samsung Brasil

Samsung quer popularizar o 5G em 2022

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Por fim, perguntamos a Renato Citrini sobre a motivação para lançar ambos os modelos já em versão única com 5G, enquanto seus antecessores ganharam opções tanto limitadas a redes 4G quanto com 5G. Segundo ele, com o leilão das faixas de frequências finalmente feito pela Anatel devemos ter uma busca ainda maior por modelos com 5G no Brasil, e a Samsung definiu que isso seria uma prioridade para seus lançamentos em 2022, com muitas novidades esperadas para os próximos meses.

A gente vai ver cada vez mais a cobertura crescendo, e, consequentemente, os consumidores buscando mais. Do lado do nosso portfólio o que a gente tem feito é que produtos intermediários serão 5G, não existe mais espaço para modelos nessa faixa de preço como a do Galaxy A33 sem 5G. E a tendência é que, ao longo dos próximos lançamentos, a "linha do 5G" vá descendo para faixas mais baixas no portfólio. Sempre temos novidades por vir, e muito em breve teremos mais para compartilhar em relação a isso. Estamos sempre olhando para essas demandas no Brasil para definir quais produtos podem ser vendidos aqui para trazer o 5G.— Renato Citrini, Diretor de Marketing de Produtos da Samsung Brasil