Preço dos celulares deve subir menos que o esperado em 2026
Por Vinícius Moschen • Editado por Léo Müller | •

Os preços de smartphones topo de linha em 2026 podem subir menos do que o esperado. Como reportado pelo portal TrendForce, os custos de semicondutores devem ser mais baixos que o projetado previamente.
Para referência, um rumor de agosto indicava um aumento de 50% no preço dos wafers, que são os discos de silício que servem de base para a fabricação de chips.
Essa variação seria referente à produção dos componentes de 2 nanômetros, com avanços de performance e eficiência energética.
Esse aumento os levaria o preço do wafer a US$ 30.000, contra US$ 20.000 nos wafers de geração atual de 3 nm.
A nova previsão, no entanto, aponta para um aumento menor. Os preços devem ficar entre US$ 22.000 e US$ 24.000, um acréscimo de 10% a 20%.
Os aumentos em chips menos avançados, de 3 nm a 7 nm, podem ser ainda mais baixos, na casa de apenas um dígito percentual.
Já um relatório do portal taiwanês Investors.com, indica uma situação um pouco diferente, em que os wafers de 3nm atuais custam entre US$ 25.000 e US$ 27.000.
Portanto, o aumento para US$ 30.000 representaria, uma alta de 10 a 20%, e não de 50%. A conclusão é de que o impacto no preço dos celulares também pode ser menor que o esperado anteriormente.
Produzir chips nos EUA custa mais caro
Também foi identificado um custo extra para wafers fabricados nos EUA, que custarão 5 a 20% a mais, segundo Lisa Su, CEO da AMD.
Unidades produtivas no estado americano do Arizona, que produzem em 4 nm, já cobram 30% a mais. O motivo é compensar uma redução de 2 a 3% nas margens brutas devido à produção fora de Taiwan, e manter a meta de 53% de margem da TSMC.
Para o futuro, é esperado que a tecnologia A16, de 1,6 nm, terá produção em massa em 2026. Ela promete ganhos de 8 a 10% em velocidade, e redução de 15 a 20% no consumo de energia dos chips.
Já o A14, de 1,4 nm, tem sua produção em alto volume prevista apenas para 2028.