O que falta para o Galaxy Z Flip 7 ser o dobrável perfeito?
Por Renato Moura Jr. • Editado por Léo Müller |

O Galaxy Z Flip 7 chegou ao mercado como o “ápice” da engenharia da Samsung em design compacto e inovação, ainda que o salto da sexta geração para a sétima tenha sido tímido. A sul-coreana preferiu dar mais atenção ao tamanho da tela externa, que recebeu um upgrade legal – mas segue sendo subutilizada pela marca.
- Qual é o melhor celular dobrável de 2025? Veja nossa lista
- Quem criou o primeiro celular dobrável? Dica: não foi a Samsung
O modelo mostra o quanto a fabricante domina o segmento de telas flexíveis, entregando desempenho, câmeras e acabamento de alto nível. No entanto, ainda há um ponto que impede o Flip 7 de alcançar a perfeição: as limitações impostas pela própria Samsung à tela externa. Entenda:
O potencial desperdiçado da tela externa
A tela externa é, sem dúvida, um dos maiores diferenciais do Galaxy Z Flip 7. Com tamanho suficiente para exibir notificações, controlar músicas, tirar fotos e até digitar respostas rápidas, ela poderia transformar completamente a experiência de uso — mas a Samsung ainda se mostra inexplicavelmente resistente quanto a isso.
Atualmente, a interface da tela externa aceita apenas widgets nativos do sistema, como relógio, calendário, tempo, gravador de voz e player de mídia.
Você também não consegue navegar por nenhum app da segunda tela, ou seja: fora dessas funções básicas, o usuário precisa abrir o celular para executar praticamente qualquer outra tarefa.
A limitação é especialmente frustrante pelo fato dessa tela ter exatamente a mesma capacidade do display principal. Essa impossibilidade só acontece por causa de um bloqueio de software.
A pior parte disso tudo é que a própria Samsung oferece uma “gambiarra” para solucionar essa questão, desbloqueando quase todo o potencial da tela externa. Se o celular já é capaz de fazer isso, por que não implementar logo de forma nativa?
Good Lock: solução ou paliativo?
Para contornar essas limitações, a Samsung oferece a alternativa do Good Lock, aplicativo oficial de personalização que permite expandir as funções da interface.
Por meio dele, é possível habilitar o uso de apps diretamente na tela externa, adicionar atalhos e até criar novas formas de interação com o sistema.
Embora seja uma solução prática e estável, o Good Lock ainda está longe de ser a resposta definitiva. Para começar, ele não vem pré-instalado no sistema e não está disponível em todos os idiomas.
Além disso, nem todos os widgets e funções do Android são compatíveis. O app amplia o acesso, mas não libera o sistema por completo, ou seja: a experiência ainda depende de uma camada adicional de personalização que não deveria ser necessária em um smartphone premium.
O que falta para a perfeição?
Para o Galaxy Z Flip 7 se tornar o dobrável perfeito, a Samsung precisa dar um passo simples, mas essencial: remover as restrições da tela externa.
Permitir o uso de qualquer aplicativo, widget ou função diretamente, sem depender de soluções alternativas, é o que transformaria o Flip em um aparelho realmente completo.
Com essa liberdade, a tela externa poderia funcionar como um verdadeiro display, permitindo fazer praticamente qualquer coisa sem sequer desdobrar o celular.
Isso até aumentaria a vida útil do aparelho, já que os dobráveis possuem um limite de vezes que podem ser desdobrados sem danificar seus componentes internos.
A tela externa expandida do Z Flip 7 apenas reforçou a falta que faz todos esses recursos. Resta aguardar pela oitava geração para ver como a Samsung pretende aprimorar a linha.