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O que é tetra-binning e nona-binning?

Por| Editado por Wallace Moté | 21 de Fevereiro de 2022 às 09h00

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Wallace Moté/Canaltech
Wallace Moté/Canaltech

Com o passar dos últimos anos, as câmeras dos smartphones começaram a apresentar sensores com cada vez mais megapixels — é comum encontrar modelos com 48 MP, 50 MP, 64 MP e até 108 MP. Porém, nem sempre a imagem capturada terá essa enorme quantidade de pixels, pois em alguns casos os aparelhos trazem a tecnologia de pixel-binning: os recém lançados Galaxy S22 e S22 Plus trazem suporte para tetra-binning, enquanto o S22 Ultra tem nona-binning, por exemplo.

A explicação da tecnologia é mais simples do que a nomenclatura pode sugerir. Basicamente, o pixel-binning consiste na união de uma certa quantidade de pixels, para fornecer uma imagem mais satisfatória em determinados casos, especialmente em ambientes mais escuros ou com forte contraste entre áreas claras e escuras.

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Pixels sobrando

Para entender com mais profundidade o que é o pixel-binning, é preciso compreender o que é um pixel. Ele é a unidade básica da recepção de luz em um sensor de câmera, e por meio da união de vários pixels a imagem é montada: um componente de 108 MP tem cerca de 108 milhões de pixels, por exemplo.

Porém, o tamanho físico de cada pixel também é um fator determinante para a qualidade final das imagens. É neste aspecto que os smartphones podem ficar atrás das câmeras profissionais, já que a construção dos dispositivos móveis possui um espaço bastante limitado para a implementação de muitas peças — afinal, um celular não é composto apenas por suas lentes e sensores.

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Portanto, a implementação de milhões de pixels em um pequeno sensor pode fazer com que cada ponto seja muito pequeno — até por conta disso, algumas marcas estão deixando de lado os componentes de 108 MP, para dar lugar a sensores de 50 MP com pixels maiores.

Pelo mesmo motivo, as câmeras DSLR geralmente não possuem sensores com tantos megapixels em comparação com os celulares, e mesmo assim são capazes de capturar imagens mais bonitas em vários casos — especialmente aquelas que possuem sensores full-frame, com maiores dimensões físicas.

O agrupamento dos pontos

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A matemática básica ajuda a entender como a tecnologia funciona. O Galaxy S22 Ultra, por exemplo, possui um sensor principal de 108 MP, mas pode utilizar a tecnologia de nona-binning para que nove pixels atuem como um só, em um arranjo de 3x3. Portanto, as imagens capturadas são de 12 MP, o que pode não parecer muito em comparação com os concorrentes, mas é preciso lembrar que cada um desses 12 milhões de pixels tem dimensões maiores em comparação com o que se tinha anteriormente — em valores exatos, os pixels de 0,8µm formam conjuntos de 2,4 µm.

A mesma lógica se aplica para o Galaxy S22 e S22 Plus: com sensor principal de 50 MP, o aparelho aplica o tetra-binning, com arranjos de 2x2 para alcançar uma imagem de 12,5 MP. Porém, como nesse caso os pixels saltam de 1,0µm para 2,0µm, a qualidade final poderá ser bastante comparável com o modelo Ultra em várias ocasiões. Diversos aparelhos com 48 MP e 64 MP também usam o pixel binning de 4 em 1 para fotos de 12 MP e 16 MP, respectivamente.

Tetra-binning e nona-binning são sempre vantajosos?

Não é possível afirmar que o uso do pixel-binning é objetivamente melhor em todos os casos. No fim das contas, depende muito das condições do ambiente em que a foto será capturada: a tecnologia serve principalmente para permitir uma entrada maior de luz no sensor, mas ela também causa uma certa redução no nível de detalhes — afinal, a imagem final terá uma resolução menor.

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Portanto, uma foto sem agrupamento de pixels pode ser mais interessante em ambientes abertos e com iluminação abundante, quando os detalhes em fios de cabelo ou folhas da vegetação podem ficar mais nítidos.

A melhor alternativa é testar os dois modos em uma mesma cena, e é exatamente isso que o Galaxy S22 Ultra oferece com um novo recurso denominado Adaptive Pixel. Nesse modo, ele é capaz de capturar fotos em 108 MP e 12 MP simultaneamente e por meio do mesmo sensor — na sequência, um algoritmo de processamento une a informação de luz da imagem do pixel-binning, com o nível de nitidez fornecido pelo resultado em resolução máxima.

Se isso realmente entrega os resultados prometidos ou não, descobriremos em breve na análise completa aqui no Canaltech.

Fonte: XDA Developers