iPhone sem carregador tem venda suspensa no Brasil, mas Apple irá recorrer
Por Victor Carvalho | Editado por Wallace Moté | 06 de Setembro de 2022 às 09h05
O Ministério da Justiça determinou a suspensão imediata das vendas de iPhones sem carregador em todo o Brasil. Publicado no Diário Oficial da União desta terça-feira, 6 de setembro, a cassação das vendas inclui modelos a partir do iPhone 12 que não incluam o adaptador de energia na caixa. Em caso de descumprimento da ordem, a Apple será multada em R$ 12,2 milhões.
- iPhone 14, AirPods e Watch Extreme: o que esperar do evento da Apple em setembro
- Galaxy Z Fold 4 e Z Flip 4 terão carregador enviado na caixa no Brasil
Segundo o Ministério, a ausência do carregador não "demonstrou ação efetiva de proteção ambiental", sendo esta a principal alegação da Apple para remover o acessório com o lançamento do iPhone 12 em outubro de 2020. Nos meses seguintes, empresas como Xiaomi e Samsung adotaram a mesma estratégia.
A Secretaria Nacional do Consumidor acusa a Apple de prática abusiva e venda casada, uma vez que o carregador é uma peça vital para o funcionamento do dispositivo.
"(A Apple), que continua a fabricar os carregadores de bateria, propaga, declaradamente, o discurso de que a escolha da compra foi passada ao consumidor, mas, na verdade, é ela quem decidiu o modo de fornecimento de seu produto", destaca a nota técnica publicada no Diário Oficial da União.
Ainda ontem a Samsung comunicou que seus mais recentes celulares dobráveis da linha Galaxy Z serão enviados com carregador na caixa. A medida da Samsung pode impactar o lançamento de seus próximos celulares no Brasil.
A decisão do Ministério da Justiça acontece na véspera do anúncio dos novos iPhone 14, modelos de última geração que também são esperados sem adaptador de energia incluso na caixa.
Em comunicado à imprensa, a Apple afirmou que já teve resposta positiva em vários recursos sobre o assunto no Brasil e está confiante que agora não será diferente, dizendo ainda que existem várias opções de carregadores que podem ser comprados por seus clientes.
Fonte: O Globo