iPhone nos EUA pode ficar tão caro quanto no Brasil; entenda
Por Bruno Bertonzin • Editado por Léo Müller | •

Quem comprar iPhone nos EUA a partir do próximo ano pode acabar pagando praticamente o mesmo preço praticado no Brasil. Isso porque o recém-eleito presidente Donald Trump pode aplicar impostos para produtos importados da China que, de certa forma, deve afetar bastante os preços cobrados pela Apple nos Estados Unidos.
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Há anos o Brasil é “conhecido” por ser um dos países a cobrar mais caro pelo iPhone. A atual geração, por exemplo, é 68% mais cara do que lá nos Estados Unidos. Mas isso pode mudar a partir do próximo ano, e os preços podem ficar mais “equivalentes”.
Isso porque, em sua constante disputa com a China, Donald Trump já ventilou a possibilidade de cobrar uma taxa de 60% sobre produtos importados do país asiático. Indiretamente, isso afeta bastante a Maçã, que produz boa parte dos componentes para os iPhones em território chinês.
Levando em consideração que, além disso, há impostos estaduais não calculados diretamente no preço, os celulares comercializados nos Estados Unidos podem ficar ainda mais caros do que se imagina. Isso porque os norte-americanos pagam taxas diferentes em cada estado, calculadas apenas ao finalizar a compra.
Apesar de essa possibilidade “assustar” a Apple, o CEO da marca, Tim Cook, pode usar seu bom relacionamento com Trump para suavizar o impacto. O executivo manteve uma boa relação com o presidente durante seu primeiro mandato e não manteve uma boa comunicação com Biden na atual administração.
Dessa forma, ele pode apelar ao presidente reeleito para reduzir ou cortar as taxas para a Apple. Cook pode ter algumas cartas na manga para isso, uma vez que já começou a mover um pouco da produção da China para outros países asiáticos, como a Índia, governada pelo aliado de Trump, Narendra Modi.
Outro argumento é que o Mac Pro, que deve ser lançado no próximo ano, é totalmente montado em uma fábrica local, em Austin, nos EUA. Além disso, a empresa está para iniciar uma nova fábrica no estado norte-americano do Arizona para a fabricação de chips para alguns de seus produtos.
O principal trunfo com Trump, contudo, pode ser apelar para o patriotismo. No passado, Cook já conseguiu se livrar de alguns impostos ao frisar que taxar a Apple pode beneficiar a sul-coreana Samsung nos EUA, prejudicando mais uma marca local do que uma estrangeira.
Fonte: Bloomberg