Fabricante do iPhone investe R$ 8,5 bilhões na Índia e "foge" dos EUA
Por Wendel Martins |
A guerra tarifária entre Estados Unidos e China não para de gerar impactos na dona do iPhone. Após executivos da Apple estimarem que a empresa vai perder US$ 900 milhões por causa de tarifas de Trump, agora, a Foxconn, fabricante do iPhone, investiu US$ 1,5 bilhão na Índia para impulsionar a produção do celular da maçã na região.
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A informação é da Bloomberg, que aponta que a ideia da Apple é levar a fabricação do iPhone para regiões diferentes da China, alvo de taxas massivas de até 125%, e dos Estados Unidos. Vale lembrar, que o governo americano quer que a Apple produza o iPhone no país, mas essa mudança geraria novos custos para a empresa de Cupertino.
Apple quer levar produção do iPhone para a Índia
Segundo a Bloomberg, o investimento da Foxconn, responsável pela fabricação do iPhone 16e no Brasil, foi registrado em um documento na bolsa de valores.
É importante frisar que, embora a Índia também enfrente taxas do governo de Trump, os valores são bem menores que os impostos para a China.
Também vale mencionar que a Apple vem intensificando a fabricação de iPhones na Índia nos últimos 12 meses, ou seja, desde antes do anúncio das tarifas. De acordo com a Bloomberg, até 2026, a Apple pretende fabricar na Índia a maioria dos iPhones vendidos nos Estados.
Além disso, como mais uma forma para se distanciar da China e as taxas, a fornecedora também estaria ampliando sua presença nos Estados Unidos.
iPhone deve continuar a ser fabricado na China por um tempo
Embora exista um movimento para ampliar a fabricação do iPhone na Índia, a tendência é de que as fábricas na China sigam ativas por um bom tempo. Sobretudo, em modelos com produção mais complexa, como o iPhone 17 Air — celular ultrafino previsto para este ano.
Isso se dá porque, no momento, a China tem larga vantagem em termos de tecnologia de fabricação. Ou seja, a Apple deve abrir mão de fabricar iPhones na China somente após estabelecer fábricas avançadas, como as do território chinês, em regiões como a Índia.
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Fonte: Bloomberg