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Análise: ASUS Zenfone Max Pro (M2), o atraso e o "mal de ASUS"

Por| 30 de Setembro de 2019 às 21h00

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Análise: ASUS Zenfone Max Pro (M2), o atraso e o "mal de ASUS"
Análise: ASUS Zenfone Max Pro (M2), o atraso e o "mal de ASUS"

Modelos avançados são anunciados com bastante frequência, recebendo uma generosa atenção pelos recursos de ponta. Porém, o segmento intermediário acaba se destacando por ser mais, digamos, racional, mais voltado para quem quer maximizar o custo-benefício. E “racional” é uma definição bastante precisa para o Zenfone Max Pro (M2) que vamos conhecer agora. Modelo este que vem com algumas boas qualidades, assim como alguns problemas pontuais, caso do que chamamos de “mal de Asus”. Vamos lá.

Design e construção

Esta análise contará com uma série de “OKs”, e a construção é um dos itens que inicia esse padrão. O Max Pro (M2) não passa aquela sensação de ser um modelo premium, mas também não decepciona. Vem com uma traseira em plástico liso (um ímã de digitais) em um azul bastante escuro, quase preto, com bordas de plástico em um tom mais claro.

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Na parte de cima temos apenas um microfone, e apenas a gaveta para os chips na borda esquerda(2 SIMs + suporte para cartões microSD). Temos os controle de volume e botão de energia na borda direita, com a entrada para fones de ouvido, caixa de som e entrada microUSB (o QUÊ?? Respira...falaremos sobre isso na conclusão).

  • Dimensões: 157.9 x 75.5 x 8.5 mm;
  • Peso: 175 gramas (parece mais pesado que realmente é)

A parte traseira, mais ergonômica do que o Max Pro (M1) pela bordas mais arredondadas, conta com a cämera dupla, flash e um sensor de impressões digitais. Aliás, o notch frontal nada sutil inclui a câmera frontal que também conta com flash, algo herdado da primeira geração que realmente ajuda em selfies em ambientes mais escuros.

Tela

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A adição do notch frontal significou um aumento de resolução, passando de 1080 x 2160 para 1080 x 2280. Esses 120 pixels extras na vertical basicamente compensam o notch, que fez a tela aumentar de 6 polegadas para 6.26 polegadas, mantendo a mesma densidade de pixels. Ou seja, trata-se da mesma tela, agora com notch, o que não é algo ruim de forma alguma.

A resolução “está” de acordo com o segmento intermediário, e mesmo os modelos tops de linha da ASUS não usam uma resolução maior*. A tecnologia aqui é a IPS, com boas cores e uma taxa de contraste dentro do esperado. Uma tela “OK”, sendo a tela que esperamos de um modelo intermediário de 2018 (não, não erramos o ano).

*O Zenfone 6 utiliza 1080 x 2340, mas mantém a mesma densidade de pixels por contar com uma tela de 6.4 polegadas

Desempenho

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Aqui temos um ganho perceptível em relação à geração anterior. O Max Pro (M2) chegou ao Brasil em 2019, anunciado internacionalmente em 2018 com um chip de 2017. Um bom chip, diga-se, já que estamos falando do Snapdragon 660, com oito núcleos baseados no mesmo Kryo 260 do Snapdragon 636 do Max Pro (M1), só que trabalhando com clocks maiores.

Os gráficos ficam por conta da Adreno 512, superior à Adreno 509, apesar da idade mais avançada. No geral, não sentimos falta de desempenho em nenhum momento, ainda mais combinando essas características com uma versão praticamente pura do Android. Android 8.1 Oreo de fábrica, vale mencionar (afinal, é um modelo de 2018), mas que já atualizou para o 9.0 Pie.

O que temos aqui é um típico modelo intermediário. O chip Snapdragon 660 é “OK” (de novo? de novo), não posicionando o max Pro (M2) no segmento informal de “Intermediário avançado”, onde esperaríamos o Snapdragon 675 (ou Snapdragon 670, utilizado em 2018). Em termos de desempenho bruto ele é “inferior” à linha Motorola One deste ano, especialmente se comparado ao Motorola One Zoom.

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Como armazenamento temos os 128 GB típicos do segmento, o que é...já sabem, né? Uma boa atualização em relação ao Max Pro (M1), é claro, anunciado poucos meses antes com 64 GB de capacidade. Isso oferece ao usuário uma capacidade mais do que suficiente, e que pode ser expandida com um cartão micro SD sem que se abra mão do segundo chip SIM.

Câmera 

Um ponto que certamente não é “OK” é a câmera, e não de uma forma boa. Não nos entendam mal: ela é capaz de produzir fotos com boa qualidade (ainda que sem pontos de destaque) em uma variedade de situações, ainda que diminua (despenque?) bastante em condição de baixa luz. Os vídeos ficam abaixo da média, sendo praticamente descartáveis à noite. Esse parágrafo resume o que chamamos de “mal de ASUS”.

Com exceção da linha Z (Zenfone 5, 5Z, 6, etc), smartphones da ASUS não costumam performar bem em vídeos. Fotos são até acima do esperado mesmo nos modelos mais mainstream, caso do Max Pro (M2) aqui, com um pós-processamento competente. Mas vídeos com boa qualidade, seja em 4K, 1080p ou mesmo 720p...parece algo reservado aos tops de linha.

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A câmera principal conta com 12 megapixels (f/1.8)e vem com melhorias óbvios em relação à de 13 megapixels do Max Pro (M1). Ambas são auxiliadas por um sensor de profundidade de 5 megapixels, suportando HDR e trazendo flash simples. Aliás, a frontal também vem com um flash dedicada, oferecendo um sensor de 13 megapixels que se comporta melhor, considerando sua função, na hora de tirar selfies e gravar vídeos curtos.

A conclusão aqui é que o Max Pro (M2) vem com câmeras melhores do que as presentes no Max Pro (M1), mas não muito. Algo esperado, considerando o pequeno intervalo de tempo entre eles. Não há uma geração de diferença, por assim dizer, o que explica a permanência desse desempenho a abaixo do esperado, mas não justifica.

Bateria e extras

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Outro ponto “não OK” do Max Pro (M2) é a sua bateria, e dessa vez de uma forma positiva. Fichas técnicas não necessariamente expressam números com uma equivalência em experiência real, mas 5000 mAh de capacidade é algo que fala por si só. Com alguma moderação, é possível extrair 2 dias de uso aqui, sendo um desafio conseguir esvaziar a bateria em apenas um dia.

O lado negativo é que o carregador possui 10 watts de potência, sendo o mesmo presente no Max Pro (M1). Isso significa que uma carga completa demora mais tempo do que deveria, passando facilmente da marca das 2 horas mesmo com uns 30-40%. Também significa que o padrão utilizado é o micro USB, o que realmente não entendemos. Mais do que um padrão que está rapidamente sendo substituído pelo USB tipo C, o

Como kit de conectividade temos suporte a dois chips SIM + um cartão micro SD, Wifi n (nada de Wifi ac), Bluetooth 5.0, GPS com GLONASS e BeiDou, NFC e rádio FM. O sensor de impressões digitais na parte traseira faz um bom trabalho, e há a opção de desbloqueio com reconhecimento facial (mesmo que a câmera não seja TOF).

Conclusão

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Basicamente, temos um smartphone intermediário “OK” em uma variedade de aspectos, mantendo as qualidade e problemas da versão M1. É um modelo...racional, por assim dizer. Um modelo voltado para quem quer um modelo que atende bem na maioria das situações, desde que você não se importe muito com a qualidade de câmera (especialmente à noite) e saiba que o micro USB pode obrigá-lo a levar vários cabos na mochila.

O Zenfone Max Pro (M2) chegou no Brasil com o preço sugerido de R$ 1699 na versão de 64 GB e R$ 1799 na versão de 128 GB. Um valor módico para o dobro da memória interna, vale dizer. E o torna, claro, um competidor um pouco mais à altura a linha Motorola One, ainda que ele seja, tecnicamente, um modelo desatualizado.

Mas vale a pena? Sim se você está confortável com os problemas que mostramos, caso do “Mal de ASUS” e da conexão microUSB. Além de, claro, considerar que ele foi anunciado recentemente, mas já trazia um ano de idade nas costas.

Vantagens

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  • Bateria de respeito;
  • Tela de qualidade;
  • Aparelho equilibrado, no geral;

Desvantagens

  • Vem com o “mal de ASUS”;
  • Chegou atrasado no Brasil;
  • Conector microUSB (já deu, né?);