25 anos de Google: relembre produtos icônicos da Gigante das Buscas
Por Victor Carvalho • Editado por Wallace Moté |
O Google comemorou neste dia 27 de setembro seu aniversário de 25 anos desde a criação da ferramenta de buscas que mudou a internet. E durante tanto tempo de existência testemunhamos os esforços da empresa em investir cada vez mais no segmento de produtos com a estreia de smartphones, tablets, notebooks e até óculos inteligentes.
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Na matéria abaixo, passamos por alguns dos principais e mais marcantes dispositivos lançados pelo Google desde sua fundação, incluindo a estreia do primeiro smartphone equipado com Android, a atual linha Pixel, além de dispositivos como o Chromecast e o eternamente ambicioso Google Glass.
O primeiro smartphone Android
Com a aquisição do Android em 2005 e após a chegada do iPhone em 2007, o Google tinha como objetivo apresentar um competidor à altura para o novo segmento de smartphones no fim dos anos 2000.
Em parceria com uma das maiores marcas de telefones do início do século, foi apresentado em 2008 o HTC Dream como uma mistura entre os celulares tradicionais com apelo corporativo e a visão futurista das telas sensíveis ao toque.
O HTC Dream pavimentou o caminho para o futuro do Android e serviu de inspiração para várias outras fabricantes trilharem o caminho de onde investir nos seus dispositivos, seja corpos finos com foco em tela ou modelos versáteis com teclado físico integrado.
A era de celulares Nexus
Anos após o lançamento do primeiro smartphone Android e com várias fabricantes alterando a interface e usabilidade do sistema operacional sem levar em consideração otimizações, o Google teve a ideia de produzir seus próprios celulares com o mínimo de customizações do Android em todos eles.
Sem o conhecimento necessário para investir milhões de dólares na fabricação de seus próprios aparelhos, o Google fechou parcerias anuais com diferentes empresas do ramo para ficarem a cargo do hardware, enquanto a dona do Android lidava com o gerenciamento do sistema operacional e atualizações.
Dessa forma o Nexus One estreou em julho de 2010 com fabricação da HTC. No mesmo ano, uma parceria com a Samsung resultou no lançamento do Nexus S
A colaboração deu tão certo que foi renovada em novembro de 2011 com o lançamento do Galaxy Nexus (Galaxy X no Brasil), unindo o melhor hardware da Samsung com o melhor software do Google.
Nos dois anos seguintes, em 2012 e 2013, o Google mudou de fabricante e decidiu confiar na LG o trabalho de produzir seus próprios smartphones. Assim chegaram ao mercado dois dos modelos mais icônicos da telefonia móvel: o Nexus 4 com tampa traseira de vidro e o Nexus 5 com grande tela de 4,95 polegadas.
Para 2014, o Google percebeu o sucesso da Motorola com a cada vez mais consolidada linha Moto e em novembro as empresas anunciaram o Nexus 6.
Um ano depois, o Google muda de estratégia e aposta agora em uma dupla de smartphones por ano: o Nexus 5X, fabricado novamente pela LG, e o Nexus 6P, desenhado e produzido pela Huawei em parceria inédita na época — ironicamente, poucos anos depois os celulares da Huawei sequer teriam acesso aos serviços do Google devido às sanções dos EUA.
A era da linha Pixel
Após os muitos anos de mudanças e licenciamento da marca para diferentes fabricantes, o Google decide investir totalmente em seus próprios celulares e produzir modelos do zero. Assim nasce a linha Pixel, com smartphones desenhados pelo Google com Android puro e grande foco em câmera.
A primeira geração lançada em outubro de 2016 foi uma verdadeira revolução no segmento de smartphones no quesito fotografia, com o Pixel e Pixel XL adotando soluções de imagem nunca antes vistas.
Várias evoluções foram vistas nas três gerações seguintes, Pixel 2, Pixel 3 e Pixel 4, que mantiveram o par de celulares com aposta em uma versão compacta e outra opção de tela maior.
Mas a estreia do Pixel 5 em 2020 representou uma grande mudança para o Google, que parecia confusa se continuava com o caro investimento em smartphones ou abandonava o barco de uma vez por todas. Com isso, o Pixel 5 estreou com hardware de intermediário e foi lançamento mais ofuscado de todos até o momento.
Em 2021, o Google voltou à linha e apresentou o Pixel 6 e Pixel 6 Pro com design mais premium que nunca, grandes novidades em câmera, processador proprietário Tensor G1 e um Android 12 mais pessoal e customizável para todos os usuários.
Com o Pixel 7 e Pixel 7 Pro de outubro de 2022, a marca dedicou os esforços do seu time para aperfeiçoar os smartphones por dentro e por fora.
A nova linha Pixel 8 está a poucos dias do anúncio oficial com um objetivo ainda maior em fortalecer o ecossistema do Google com acessórios que expandem a usabilidade do smartphone.
O primeiro dobrável do Google
Além do investimento incessante em smartphones tradicionais, o Google seguiu a concorrência e apresentou em maio de 2023 seu primeiro smartphone dobrável: o Pixel Fold.
O equipamento permite que usuários possam utilizar o dispositivo como um smartphone tradicional graças à larga tela externa e também como um tablet compacto com o auxílio do painel interno flexível.
Esta primeira geração do smartphone do Google é equipada com processador Tensor G2 da própria empresa, além de contar com painel externo de 5,8 polegadas e display interno de 7,6 polegadas.
O Pixel Fold representa um grande competidor do Galaxy Z Fold 5 no ocidente mas, diferente do modelo da Samsung, não está disponível no Brasil.
Mais dispositivos da linha Pixel
Seguindo os passos de outras fabricantes, o Google tem ampliado a disponibilidade de equipamentos e acessórios da linha Pixel para manter os fãs da marca dentro do ecossistema.
Até o momento o Google já oferece o relógio inteligente Pixel Watch, modelos de fones de ouvido sem fio como o Pixel Buds Pro e Buds A-Series, além do Pixel Tablet com base de carregamento sem fio que transforma o dispositivo em um smart display capaz de controlar a casa inteligente.
Google Chromecast
O primeiro Chromecast foi lançado há uma década, em julho de 2013, e iniciou uma onda de dongles HDMI para ampliar a usabilidade de televisões.
Enquanto o modelo original se baseava exclusivamente na capacidade de transmitir do smartphone, tablet ou navegador web para a TV, as futuras gerações ganharam mais funcionalidades com a chegada do Android ao equipamento e implementação de um controle remoto para facilitar a navegação e tornar o produto mais independente do smartphone.
Google Glass
Todos sabemos que o Google Glass foi um fracasso, mas também é preciso reconhecer que o dispositivo era um equipamento muito à frente do seu tempo — mesmo com as severas questões de privacidade pelo uso de uma câmera apontada sempre para frente.
Os óculos inteligentes do Google tinham como objetivo expandir a usabilidade do smartphone e fazer com que usuários não precisassem tirar o dispositivo do bolso — proposta que a Apple promete emplacar com o Vision Pro mais de 10 anos depois.
Para navegar até um destino, bastava seguir as orientações exibidas na tela. Para realizar uma chamada, era necessário apenas atender a ligação e começar a falar graças ao microfone e alto-falante integrado.
O equipamento era promissor, mas o mundo ainda não estava preparado. E talvez ainda não esteja mesmo uma década depois do seu anúncio oficial, considerando a dificuldade das mais variadas empresas em emplacar seus dispositivos voltados para realidade aumentada e realidade virtual.
Mais investimento na casa inteligente
Com a compra da Nest em 2014 por US$ 3,2 bilhões e uso da marca em novos produtos apenas em 2019, a linha de equipamentos para casa inteligente do Google tem crescido bastante nos últimos anos como resposta ao grande investimento da Amazon no ecossistema de smart home.
Além de caixas de som inteligentes com Google Assistente integrada, existem telas inteligentes de função semelhante, mas com capacidade de exibir fotos e vídeos em uma interface mais interativa.
O Google aposta também roteadores, campainhas inteligentes, câmeras de segurança, termostatos para controle de temperatura da casa e muitos outros equipamentos da linha Nest.
Em seus curtos 25 anos de história, o Google destinou um período ainda menor de aproximadamente 13 anos para o investimento em produtos, e apenas nos últimos 7 anos temos visto a empresa se reestruturar para apostar ainda mais no segmento com dispositivos próprios.
Planos ainda maiores estão por vir por parte da empresa, e estaremos de olho em todos os sucessos e fracassos do Google para você não deixar passar nada.