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Prévia The Mandalorian | Série retorna com pé direito apostando na simplicidade

Por| Editado por Jones Oliveira | 01 de Março de 2023 às 19h30

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Lucasfilm
Lucasfilm

A terceira temporada de The Mandalorian estreia mostrando bem por que amamos tanto Star Wars. Os dois primeiros episódios sintetizam a simplicidade e o carisma da saga ao mesmo tempo em que mostram o quanto esse universo pode ser rico, vasto e convidativo tanto para velhos fãs quanto para quem está chegando agora.

É essa combinação que torna o retorno de Din Djarin (Pedro Pascal) e Grogu tão promissor e divertido. Ainda que o seriado deixe claro desde o começo que há uma grande trama norteando o passo dos protagonistas, o que brilha de verdade é o tom aventuresco e quase infantil da jornada de seus protagonistas.

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Ao invés de inundar a tela com nomes, fatos e um senso de urgência para nos deixar sem fôlego, The Mandalorian volta com um ritmo mais lento e quase descompromissado. E isso é ótimo, pois mostra que a série sabe aproveitar cada uma das brincadeiras tanto para mostrar a diversidade e a estranheza do universo de Star Wars como também para contar a grande história dessa galáxia muito distante.

Para isso, ela resgata mais uma vez a dinâmica de aventura da semana que os seriados abandonaram ao longo dos últimos anos e usa isso a seu favor. Assim, vemos o herói mascarado mais uma vez embarcando em missões isoladas aqui e ali, mas que o fazem avançar em sua jornada pessoal. E, no meio disso, um novo mundo de possibilidades se abre mais uma vez.

Um novo começo

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Depois de duas temporadas dedicadas a construir essa relação de pai e filho entre Din Djarin e o bebê Yoda, The Mandalorian entra em uma nova fase que explora um capítulo importante do universo Star Wars — os próprios mandalorianos. Só que o grande mérito da série neste primeiro momento é fazer isso enquanto permanece fiel às suas origens.

Mesmo com o seriado partindo para tramas mais sérias, ele mantém a ideia de que cada episódio é uma missão isolada, apostando na simplicidade do “desafio da semana” para fazer essa progressão seguir de forma orgânica enquanto brinca com toda a diversidade e estranhezas da franquia.

O primeiro episódio deixa isso bem claro. Ao invés de já jogar os personagens em meio a Mandalore e nos conflitos relacionados ao planeta, a história volta para o planeta Nevarro para uma tarefa até banal. A primeira história gira em torno do personagem tentando religar um droide para seguir em sua jornada; para isso, precisa cumprir algumas pequenas tarefas e encontrar velhos aliados.

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Parece algo bobo que não leva a história a lugar algum, mas é uma situação muito bem aproveitada em todos os sentidos. Ela contextualiza a situação da galáxia e dos próprios personagens depois desses dois anos de hiato, estabelece a nova relação de Din Djarin com Grogu e ainda explora todas as bobagens que fazem parte do cerne de Star Wars.

Da estranheza oferecida pelos bonecos ao humor involuntário de algumas situações, The Mandalorian abraça o lado infantil que sempre acompanhou a saga, mas que nem sempre foi bem aceito. Neste caso, não há vergonha em admitir isso — pelo contrário. A série ostenta isso e convida o público a lembrar do porquê gostou desses bonequinhos pela primeira vez.

Explorando Mandalore

Ao mesmo tempo, a história não perde o seu norte em momento algum. Como dito, o foco é explorar mais o passado de Mandalore e, mais importante ainda, o futuro do planeta e seu povo. E isso é algo que os primeiros episódios começam apenas a arranhar — mas o suficiente para deixar todo mundo intrigado com o que está por vir.

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O grande destaque nesse sentido está na participação tanto de Bo-Katan (Katee Sackhoff) quanto da Armeira (Emily Swallow), que são as pontes que conectam esse lado mais infantil com toda a mitologia de Star Wars e que dá mais profundidade à saga.

Essa é uma trama que está apenas se desenhando no momento, mas já é possível ver a importância dessas duas figuras na jornada de Din Djarin e nas amarras que elas oferecem com histórias apresentadas em produções como Clone Wars e Rebels, criando toda essa coesão que apenas enriquece o cânone de Star Wars.

O mérito está em não criar uma dependência com o que já veio antes. Quem assistiu às animações vai ter uma compreensão maior de tudo e o que ainda está por vir, mas não é nada que faça falta. O importante é o que está a caminho e todo o resto vem para complementar.

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Simples e direto

Depois de dois anos de hiato, é muito bom ver The Mandalorian retornar em grande estilo — ou seja, da forma mais simples possível. Ao invés de ir com tudo em direção ao épico, a série volta à sua própria base para brincar com tudo o que a gente mais ama em Star Wars para, pouco a pouco, avançar em sua própria trama.

É um começo simples que nos deixa intrigado para o que está por vir e dá belos indícios de como Din Djarin vai se apresentar nesta reconstrução de Mandalore, mas não é isso que torna essa volta tão divertida. É ao abraçar o ridículo desse universo — os bonecos de borracha, as pelúcias falantes e a disputa quase infantil de piratas — que fica claro por que essa é uma das produções desse universo tão bem-sucedidas.

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Em apenas dois episódios, The Mandalorian aponta o futuro de Star Wars da melhor maneira possível — espelhando o passado e fazendo todo mundo reviver aquela empolgação infantil de quando visitou essa galáxia muito distante mais uma vez.

A temporada 3 de The Mandalorian está disponível no Disney+ em episódios semanais.