One Piece | Temporada 2 pode trazer uma das melhores histórias do anime
Por André Mello | Editado por Jones Oliveira | 01 de Setembro de 2023 às 20h15
One Piece estreou sua versão live action na Netflix e fãs já estão empolgados com o futuro da adaptação. A primeira temporada deixa um gancho claro para continuar a história, que já passa dos mil capítulos tanto no mangá quanto no anime, e pode adaptar uma das melhores sagas de toda a trama de One Piece.
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Esta primeira parte de One Piece cobre basicamente a primeira grande fase da trama, chamada de Saga East Blue. Ela é responsável por apresentar os personagens principais e o mundo em que eles vivem, ainda que de maneira relativamente superficial.
Quem já acompanhou o mangá ou anime sabe o que vem por aí e algumas pontas soltas deixadas no final da temporada mostram que o caminho de uma potencial segunda temporada é muito interessante. Por isso mesmo, prepare-se, pois contaremos spoilers de One Piece abaixo.
Quem é o personagem misterioso do fim da temporada de One Piece?
No final do último episódio da temporada de One Piece, uma figura é mostrada, ainda sem revelar o ator, fumando um charuto e o apagando no cartaz de procurado de Luffy. Essa figura é Smoker, o Caçador Branco. Apresentado no arco Loguetown, o único da Saga East Blue que ainda não foi adaptado, Smoker é um oficial da Marinha que acaba se tornando um adversário recorrente de Luffy ao longo de One Piece.
Sua aparição no final da temporada já mostra quais são os planos para, pelo menos, os primeiros episódios do segundo ano da série — um arco que ainda traz o retorno de alguns personagens da primeira temporada contra Luffy.
Loguetown também tem importância por ser a ilha onde Gold Roger, o antigo Rei dos Piratas, foi executado, servindo como ponto de partida para Grand Line. É o lugar que é mostrado no primeiro episódio.
Porém, a ideia de apresentar Smoker no final da temporada também é indício que a segunda temporada deve seguir o caminho do mangá e anime e adaptar uma das suas melhores sagas: Alabasta.
O que é a Baroque Works
O restante da segunda temporada deve adaptar a Saga Alabasta, um arco que mostra bem a que One Piece veio. Esse trecho da história aborda a organização criminosa Baroque Works, que inclusive já foi mencionada na primeira temporada da série.
Essa organização tem a missão de desestabilizar e dominar o reino de Alabasta. Quando o Bando do Chapéu de Palha entra na Grand Line, acaba cruzando o caminho desse grupo, escolhendo salvar Alabasta de sua ameaça.
O problema é que a Baroque Works é liderada pelo pirata Crocodile, um dos sete lordes do mar e extremamente poderoso, servindo como um desafio importante no caminho de Luffy. Crocodile também comeu uma Fruta do Diabo, ganhando o poder de controlar areia e transformar partes do seu corpo nela.
Isso faz com que toda a trama seja centrada em Luffy e companhia unido forças para liberar um país das mãos de piratas extremamente poderosos. Se a luta contra Arlong já levou o herói ao seu limite, a chegada a Alabasta coloca o nível de perigo em uma escala muito maior. Ao mesmo tempo, isso faz com que a tripulação dos Chapéu de Palha mostre seu valor não apenas como corsários, mas como heróis de verdade. Aliás, um dos momentos mais emocionantes de todo One Piece acontece neste arco, com o grupo dando uma aula sobre amizade e companheirismo.
Novos membros do Bando do Chapéu de Palha
Espera-se que essa saga cubra, pelo menos, os arcos Reverse Mountain e Drum Island, já que servem para desenvolver mais o personagem de Luffy além do fanfarrão feliz que ele aparenta na primeira temporada. Como dito, é quando o roteiro deve explorar mais os valores que o herói defende, como determinação e lealdade.
Outro elemento importante é que esse trecho também apresenta um novo integrante do Bando do Chapéu de Palha, o médico Tony Tony Chopper. Ele é uma rena que comeu uma Fruta do Diabo, conseguindo se transformar em um humano, além de pensar como um. No mangá e anime, ele é sempre confundido como mascote do bando, o que deixa a recompensa por ele sempre muito baixa.
Além disso, a sua história é bem emocionante. A forma com que ele entra no grupo é dramática demais e, se a Netflix adaptar de forma fiel o que o mangá e o anime apresentaram, pode apostar que muita gente vai chorar copiosamente com o passado da pequena rena. O bichinho aprende medicina com um médico lendário, mas vê seu mestre e amigo morrer, o que faz com que ele se sinto isolado do mundo. Apesar disso, ele segue com seu sonho de curar todas as doenças, mesmo com as pessoas temendo a sua figura na vila onde vive.
O grupo ainda ganha outro membro durante a saga Alabasta: Nico Robin, a arqueóloga do time, que também teve contato com uma Fruta do Diabo. Só que uma adição à série pode chamar ainda mais a atenção.
Portgas D. Ace, irmão de Luffy e comandando da segunda divisão dos Piratas do Barba Branca. Ace tem um passado bem interessante e acaba sendo responsável por Luffy se tornar no pirata que nasceu para ser.
Sua inclusão na série, e possivelmente na segunda temporada, pode mostrar o quanto a Netflix está disposta em adaptar toda a história de One Piece.
A saga Alabasta pode ser dividida em duas partes, o que pode render para a adaptação pelo menos duas temporadas de história. Para quem está pensando que isso pode ser absurdo, já que One Piece é uma história consideravelmente longa (e ainda sem fim próximo), a divisão faz sentido e pode criar todo aquele hype em torno da série.
Vale lembrar que, até o momento, a Netflix ainda não confirmou a segunda temporada de One Piece e, mesmo assim, ela ainda deve demorar um pouco para sair por causa da greve de atores e roteiristas em Hollywood.
Porém, se você quiser acompanhar a história, também pode assistir ao anime, disponível em streaming na Netflix, HBO Max e Crunchyroll. A primeira temporada do live action de One Piece já está disponível na Netflix.