Crítica Manifest | Netflix mergulha no absurdo e deixa série ainda mais surreal
Por Natalie Rosa • Editado por Jones Oliveira |
Para gostar de Manifest, é preciso estar de cabeça aberta e mergulhar em teorias malucas sobre acontecimentos ainda mais esquisitos. A série, que conta a história do voo 828 e seus passageiros, acaba de chegar à Netflix em sua quarta e última temporada, e está prestes a desvendar esse mistério.
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Manifest surgiu como uma produção da NBC, mas havia sido cancelada após três temporadas. A Netflix, então, ouviu os fãs e adquiriu os direitos da trama, renovando-a para uma temporada final. Os últimos episódios foram divididos em duas partes, e a primeira já está disponível.
Atenção: esta crítica contém spoilers de Manifest!
A série Manifest começa com um salto temporal de dois anos na história, provavelmente como uma forma de acelerar os acontecimentos para concluir a trama em apenas mais uma temporada. Então, dois anos se passaram desde que Angelina (Holly Taylor) assassinou Grace (Athena Karkanis) e sequestrou a bebê Eden.
Logo no primeiro episódio, nos deparamos com um Ben (Josh Dallas) mais sombrio, que passou a ignorar os chamados para focar em encontrar Angelina e Eden. Enquanto suas investigações não são bem-sucedidas, pouco também aconteceu entre os passageiros.
Até o início da quarta temporada, as teorias sobre o que estava acontecendo estavam ficando cada vez mais claras, sendo o incidente e os chamados mais próximos da paranormalidade e algo divino. Tudo ainda é inexplicável e absurdo, desde a relação de simbologias mitológicas com pedras de safira, até o retorno de Cal (Ty Doran) com a idade que realmente deveria ter no mundo real.
O que está acontecendo em Manifest?
Mesmo com tantos absurdos, Manifest consegue ser envolvente. Você não busca uma explicação para o que os próprios personagens estão descobrindo, apenas aceita tudo o que a trama entrega. Diferente de algumas produções de mistério, é praticamente impossível adivinhar o que está acontecendo. A série é como uma deliciosa salada de elementos divinos e ficção científica, temperada com muito drama e investigação.
A primeira parte da temporada 4 mostra que a resposta será uma grande reviravolta, mas com chances de nos deixar ainda mais confusos. O criador da série e um dos roteiristas, Jeff Rake, trouxe mais visibilidade para Angelina, transformando a personagem na grande vilã desses momentos finais, o que deixa a série um pouco mais com os pés no chão. Não contente em assassinar e sequestrar, agora ela consegue controlar os chamados para conseguir o que quer, ficando mais perigosa do que nunca.
A data da morte dos passageiros está cada vez mais próxima, com o caos aumentando à medida que o final da série se aproxima. Muitas investigações ainda devem ser feitas por Ben, Michaela (Melissa Roxburgh) e os outros passageiros, mas agora com o agravante de driblar Angelina e o governo, que não estão colaborando em nada. Agora, precisamos esperar para os momentos finais e concluir se algo realmente faz sentido nesta série.
A primeira parte da quarta e última temporada de Manifest já está disponível na Netflix em 10 episódios. Ainda não há data de estreia para a parte final.