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Vírus usa notícia de morte para se espalhar e levar a sites suspeitos

Por| Editado por Wallace Moté | 18 de Julho de 2023 às 11h38

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Divulgação/Norton
Divulgação/Norton

Perfis de usuários reais estão sendo usados para disseminar vírus no Facebook, a partir de publicações que citam notícias trágicas. A postagem automatizada, feita depois que as vítimas acessam sites suspeitos, fala sobre alguém que “acabou de morrer em um acidente” e traz um link encurtado que leva a páginas com notícias falsas e links para download, além de múltiplos anúncios para gerar rendimento aos golpistas.

A utilização de perfis de usuários reais serve como forma de dar aparência de veracidade à publicação, assim como a marcação de amigos, também feita de forma automatizada e servindo para aumentar a relevância da página enviada. Para dificultar ainda mais a detecção, os links suspeitos vêm encurtados, a partir de um serviço hospedado na Coreia do Sul que costuma ser bastante usado por gravadoras e produtoras do estilo musical k-pop.

Tudo isso ajuda a impedir o bloqueio automático das publicações pelos sistemas automatizados do Facebook, enquanto o golpe vai sendo disseminado mais e mais. Ao acessar os link “indicados” pelos amigos, seja pela preocupação ou simples curiosidade, os usuários podem acabar expostos ao roubo de dados e contaminação de dispositivos com vírus, além de notícias falsas relacionadas a casos violentos ou saúde.

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O esquema remete a outros tipos de golpes que vêm sendo aplicados desde os primórdios da internet, como o velho “as fotos da festa ficaram ótimas”. Eles ainda fazem vítimas, e mesmo diante do reforço nas medidas de segurança das plataformas, novos métodos são usados para ultrapassar tais barreiras.

“Os cibercriminosos apostam na engenharia social, se passando por alguém de confiança do usuário com o objetivo de obter suas informações sigilosas”, explica Helder Ferrão, gerente de marketing de indústrias para a América Latina da empresa de segurança Akamai. São táticas comuns em golpes de phishing, usados justamente para roubar dados, infectar dispositivos ou indicar links para sites suspeitos.

Ignorar contatos e evitar links são dicas de proteção

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Manter a desconfiança em alta costuma ser o melhor caminho para garantir a segurança na internet. “Mesmo que seja uma pessoa conhecida ou estabelecimento de confiança fazendo a solicitação, não envie nenhuma informação. Caso seja possível, faça o contato por outros meios para ter certeza”, explica Ferrão.

O ideal, então, é evitar clicar em links e acessar sites suspeitos, principalmente se eles indicarem o download de soluções ou exigirem cadastros para acesso a um conteúdo ou oferta. Valores baixos em produtos ou, neste caso, notícias chocantes costumam ser os principais meios de disseminação de sites fraudulentos.

O especialista da Akamai indica ainda que um cuidado preventivo pode ser realizado nas configurações de segurança e privacidade das redes sociais, mudando, por exemplo, quem pode marcar o usuário em publicações ou fazer pedidos de amizade. Outras medidas de higiene cibernética, como o uso de senhas fortes e autenticação em duas etapas, também ajudam a minimizar danos caso as informações pessoais caiam em mãos erradas ou algum dispositivo seja contaminado.