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Criminosos usam Telegram como opção à dark web para vender dados roubados

Por| Editado por Claudio Yuge | 17 de Setembro de 2021 às 20h20

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Igor Almenara/Canaltech
Igor Almenara/Canaltech
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Uma pesquisa divulgada pelo Financial Times revelou que o Telegram está virando um dos principais centros de atividades criminosas na internet.

Segundo a pesquisa, realizada pela empresa de inteligência cibernética Cyberint em parceria com o Financial Times, nos últimos meses o número de criminosos que acessam o Telegram dobrou, e a quantidade de grupos do aplicativo que são compartilhados na dark web passou de 172 mil no ano passado para mais de um milhão no primeiro semestre de 2021.

Tal Samra, analista de ameaças digitais da Cyberint, comentou que, durante a pesquisa, os profissionais presenciaram um aumento em mais de 100% no uso do Telegram pelos criminosos.O estudo também mostrou a presença de chats em que criminosos negociam a venda de dados, de forma semelhante como ocorre em fórums da dark web.

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Entre os dados que estavam sendo negociados, o estudo da Cyberint encontrou números de cartão de crédito, cópias de passaporte, credenciais para serviços de assinatura, malwares, guias para ataques e listas com mais de 300 mil e-mails e senhas.

A pesquisa indica que a escolha do Telegram para essas atividades se dá pela plataforma aceitar a criação de canais e grupos com muitos integrantes, além da possibilidade de compartilhar arquivos enormes, bem maiores do que outros mensageiros permitem. Além disso, um dos principais trunfos do mensageiro, sua criptografia, também é vista com bons olhos pelos criminosos, já que eles enxergam nisso uma menor chance das conversas estarem sendo monitoradas por autoridades. Por fim, o mensageiro azul também é bem mais fácil e conveniente de ser usado do que a dark web.

Telegram se manifesta sobre a pesquisa

O Telegram, em comunicado para o Financial Times, afirmou que remove dados quando identifica que eles foram compartilhados sem consentimento de seus donos. O mensageiro também comentou que seus moderadores profissionais, após receberem denúncias de usuários, removeram mais de 10 mil comunidades públicas por violação de termos de uso, entre eles um canal encontrado pela Cyberint durante a pesquisa.

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Fonte: Financial Times