Signal e Twitter crescem na Ucrânia como fontes de informação durante a guerra

Desde a última quinta-feria (28) a Ucrânia está sendo invadido por forças militares da Rússia. E em meio ao caos da situação, para se manter informada sobre o conflito, a população ucraniana começou a utilizar bem mais variados aplicativos digitais, como o Signal, e fontes de conteúdo rápidas, como o Twitter, segundo a empresa de inteligência de lojas de aplicativos Apptopia.

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Segundo a Apptopia, desde o começo do conflito entre a Rússia e a Ucrânia, a lista de aplicativos mais baixados nas versões ucranianas da App Store do iOS e da Play Store do Google está contando com softwares como os mensageiros Signal, Telegram, Bridgefy e Whatsapp, a rede social Twitter, além de variadas opções de streaming de rádio.

Esses aplicativos estão vendo um aumento em suas instalações desde o começo da invasão russa da Ucrânia, na última quinta-feira (24). O Telegram, por exemplo, entre o início da guerra e o último domingo (27) teve 54,2 mil novas instalações somando iOS e Android, um aumento de 25% em relação ao mesmo período em janeiro.

O mensageiro Bridgefy, que permite comunicação sem internet entre os usuários, teve um aumento de 4,7 mil % durante o período, com 28,5 mil novas instalações — em janeiro, no mesmo período, só ocorreram 591 downloads dele. Já o Signal teve 47,9 mil novas instalações durante o período — um crescimento de 20,6% em relação a mesma janela durante janeiro.

Além dos mensageiros, a rede social Twitter também teve um crescimento de instalações após o início do conflito entre Rússia e Ucrânia, acumulando 7 mil downloads a mais do que o comum neste último domingo (27), somando as instalações de iOS e o Android.

O crescimento do Twitter nesse período é provavelmente relacionado a procura de fontes de informação sobre a guerra pelos ucranianos, fato reforçado pelo crescimento de instalações de streaming de rádio, como o Radios Ukraine e o Simple Radio.

Signal é opção mais segura para ucranianos

Com o aumento do download dos aplicativos de mensagem pelos ucranianos, questionamentos sobre a segurança das informações transmitidas por meio dessas plataformas também começaram a ser feitos.

Entre todos os mensageiros que tiveram crescimento na Ucrânia após o começo do conflito, o Signal é o mais seguro, oferecendo criptografia de ponta a ponta e não coletando e guardando nenhum dado dos usuários além do dia em que a conta no serviço foi criada.

Por outro lado, o Telegram não conta com criptografia de ponta a ponta em todos as conversas, embora usuários possam escolher conversar em Chats Secretos, que contam com a medida de segurança.

Ainda sobre o Telegram, Moxie Marlinspike, criador do Signal, apareceu nas redes sociais recentemente alertando que os dados compartilhados no mensageiro azul são salvos em um banco de dados na nuvem sem nenhum tipo de criptografia — o que, durante uma guerra, pode ser um perigo para os usuários.

Por fim, o aplicativo Bridgefy, que viu o maior crescimento após o começo do conflito, conta com centenas de problemas de privacidade que o tornam um perigo tanto para sua intenção de utilização original, no caso, organização de protestos, quanto também para uma zona de guerra.

VPN cresce na Rússia

Os dados da Apptopia também mostraram que na Rússia, desde o começo do conflito, a instalação de aplicativos de VPN vem aumentando. Uma das possíveis razões por trás disso é o bloqueio de redes sociais, como o Facebook e o Twitter, em território russo, pelo fato de ambas as plataformas estarem marcando conteúdos produzidos por agências de notícias estatais do país como falsos.

Fonte: TechCrunch