Polícia da Holanda derruba serviço de VPN usado por cibercriminosos
Por Felipe Gugelmin | Editado por Claudio Yuge | 30 de Junho de 2021 às 19h00
Ao mesmo tempo em que são especialistas em derrubar proteções de sistemas e infectar máquinas com malwares, cibercriminosos também sabem como proteger seus rastros e garantir a segurança de suas ações. Uma das ferramentas mais famosas entre grupos do tipo, o serviço de VPN alternativo DoubleVPN teve suas atividades interrompidas pelas forças policiais da Holanda.
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Segundo as autoridades locais, a queda do serviço é fruto de uma colaboração com o Centro de Cibercrime Europeu (EC3), Eurojust, FBIA e a National Crime Agency do Reino Unido. O DoubleVPN era usado para esconder a localização e a identidade dos criminosos, permitindo que eles conduzissem ataques de ransomware, campanhas de phishing e outras operações maliciosas de forma anônima.
A ferramenta era bastante popular, e costumava ser divulgada através de fóruns da dark web escritos em inglês e em russo. A plataforma ofereceria uma conexão básica de US$ 25 (R$ 124), mas os interessados em usá-la podiam optar por planos mais caros para garantir o dobro, o triplo ou o quadruplo de conexões.
Coordenação facilitou a realização da apreensão
A operação policial resultou na queda dos domínios mantidos pelo DoubleVPN, bem como de diversos servidores usados por seus operadores. Os agentes policiais envolvidos na ação também afirmam ter apreendido dados pessoais, registros e estatísticas relacionadas à base de consumidores do software.
Para conseguir fechar o DoubleVPN, as forças policiais envolvidas participaram de mais de 30 reuniões e quatro workshops para garantir uma atuação integrada. “A aplicação da lei é mais eficaz quando se trabalha em conjunto e o anúncio de hoje envia uma mensagem forte aos criminosos que usam esses serviços: a era de ouro dos VPNs criminosos acabou”, declarou Edvadas Sileris, chefe do EC3. Além das entidades divulgadas, a ação também contou com ajuda de forças polícias da Alemanha, Canadá, Suécia, Itália, Bulgária e Suiça.
Fonte: ZDNet