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Metade dos usuários se sentem “perseguidos” por anúncios em vários dispositivos

Por| Editado por Wallace Moté | 03 de Maio de 2023 às 19h31

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Eddy Billard/Unsplash
Eddy Billard/Unsplash

Quem nunca se viu surpreendido por um anúncio, no celular, de um produto que foi pesquisado no computador, visto em uma propaganda de TV ou mencionado em uma conversa? Os métodos de rastreamento de publicidade, aplicados pelas empresas de marketing e tecnologia, estão em todos os lugares, e o público já percebeu: metade dos usuários se sentem “perseguidos” pela aparição sucessiva de comerciais em aparelhos diferentes.

A interpretação aparece em uma pesquisa da NordVPN, fornecedora de serviços de privacidade na conexão, sobre o chamado cross-device tracking, ou rastreamento entre dispositivos em inglês. A prática foi considerada como invasiva por usuários de 11 países, muito desse sentimento vem do fato de as pessoas não necessariamente entenderem como essa coleta de dados funciona.

É possível partir do simples, com uma conta logada no Google em um PC e smartphone Android que compartilha os mesmos dados de um usuário, mas se torna mais complexo quando falamos de algo que foi ouvido pelo aparelho. A NordVPN aponta que, na falta de configurações de privacidade adequadas no celular, é possível que microfones sejam ativados para exibição de anúncios direcionados.

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No Reino Unido, por exemplo, 81% dos participantes da pesquisa afirmaram já terem visto propagandas de produtos que foram mencionados em conversas ou apareceram na TV. O total é menor, mas nem tanto, nos EUA e Austrália, com 77%. O smartphone também foi mencionado em todos como o aparelho em que esse tipo de rastreamento mais foi percebido, na comparação com computadores e tablets, por exemplo.

A sensação de quebra de privacidade se torna ainda pior com a métrica de que 53% dos americanos afirmaram jamais terem pesquisado pelos produtos, então a telemetria que levou à exibição da propaganda veio de outro lugar. Os EUA lideram esse ranking, mas o Reino Unido não vem muito atrás, com 45%, seguido da Austrália, com 37%.

Ao mesmo tempo, apenas metade dos participantes da pesquisa da NordVPN nos Estados Unidos afirmaram saber que podem mexer nas configurações de privacidade para modificar a forma como seus dados são processados. O total é bem maior na Austrália e Canadá, 65%, enquanto no Reino Unido, essa conscientização foi citada por 62% dos ouvidos. Em todo o escopo do levantamento, porém, há pouca noção sobre o que, exatamente, pode ser feito para reduzir essa coleta.

Uma análise adequada das permissões solicitadas por cada aplicativo ajuda a manter a segurança e a privacidade, além de reduzir os dados disponíveis para rastreamento. Desconfie, principalmente, de apps que solicitam acesso ao microfone sem necessariamente precisarem disso e, caso não faça uso constante desse recurso, considere dar a autorização e a revogar na sequência.

Fonte: NordVPN