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É possível manter a privacidade ao usar alto-falantes inteligentes?

Por| Editado por Claudio Yuge | 06 de Fevereiro de 2023 às 15h20

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Ivo Meneghel Jr/Canaltech
Ivo Meneghel Jr/Canaltech

Não existe como proteger totalmente a própria privacidade enquanto se utiliza um alto-falante inteligente. É essa a conclusão dos especialistas em segurança da VPNOverview ao analisar alguns dos principais dispositivos desse tipo disponíveis no mercado, como o HomePod, da Apple, Google Home ou a linha Echo, da Amazon. Em todos os casos, a conclusão básica é a mesma: tais aparelhos precisam estar sempre ouvindo, ainda que não necessariamente gravem o que está sendo dito.

Isso é ponto pacífico nos termos de uso dos aparelhos, com a gravação para fins de processamento e melhoria dos serviços acontecendo apenas quando o chamado do usuário é identificado. Para que isso aconteça, entretanto, os sistemas precisam estar sempre ligados no que acontece no ambiente, o que traz alguns riscos à privacidade.

Ativações acidentais, por exemplo, podem acontecer caso a plataforma identifique erroneamente que foi chamada, com as gravações que seguem podendo conter dados sigilosos. E aqui, segundo o levantamento da VPNOverview, não há o que fazer. A única forma de evitar que Amazon, Google e outros escutem o que está se passando é desativar o microfone do alto-falante, o que derrota seu propósito enquanto dispositivo inteligente.

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Os especialistas apontam ainda que, pelo aplicativo de cada dispositivo, é possível alterar o comando de ativação, caso muitos falsos positivos estejam acontecendo. Aos mais preocupados com a própria privacidade, a ideia é usar códigos ou palavras “bizarras”, que não sejam ditas com frequência e, sendo assim, limitem as gravações realizadas pelos aparelhos.

Cuidado com compras e aplicativos

O argumento da VPNOverview também levanta uma concepção comum, a de que apenas as fabricantes dos aparelhos, como Amazon, Google ou Apple, podem ouvir o que é capturado pelos aparelhos. Isso é parcialmente verdade, principalmente nos dispositivos que utilizam skills, rotinas ou aplicativos de terceiros para ampliar suas próprias capacidades.

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É legal ouvir as notícias do dia ou jogar um game pela Alexa, mas é importante lembrar que os comandos de voz usados nestas tarefas também podem ser compartilhados com os responsáveis por elas. E enquanto a robustez de big techs pode impedir o vazamento de informações, o mesmo nem sempre pode ser dito de terceiros, que podem contar com medidas de segurança menos restritas, serem originários de países com pouca regulação ou, simplesmente, não investirem o bastante em proteção, se tornando suscetíveis a ataques ou brechas.

Novamente, se a ideia é minimizar o mau uso de dados pessoais, o ideal é se manter utilizando apenas funcionalidade oficiais e desenvolvidas pelas próprias fabricantes dos alto-falantes inteligentes. Outra dica dos especialistas é o uso de VPNs nas conexões dos dispositivos com a internet, de forma que as gravações, ainda que capturadas e analisadas, tenham sua origem anonimizada.

O alerta também chama a atenção para o uso de confirmações na realização de compras e assinaturas de serviços, normalmente oferecidos como conveniências pelos dispositivos do tipo. Fazer a compra do mercado pelo alto-falante pode ser interessante, mas adquirir produtos sem querer ou ver um equívoco de terceiros gerando uma cobrança do cartão não é.

A recomendação, novamente, é de acesso aos aplicativos oficiais para criação de rotinas que exijam uma confirmação antes da realização de uma compra. Também dá para ativar uma verificação em duas etapas, de forma que uma mensagem seja enviada a um celular cadastrado antes da finalização da aquisição, de forma a garantir que nada seja feito sem expressa autorização do usuário.

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Fonte: Techround