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Malware Emotet agora pode roubar cartões de crédito salvos no Chrome

Por| Editado por Claudio Yuge | 09 de Junho de 2022 às 17h20

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Divulgação/PSafe
Divulgação/PSafe

Os responsáveis pelo malware Emotet querem aproveitar o fato de terem um dos vírus mais disseminados em todo o mundo para roubar dados de cartão de crédito salvos no Google Chrome. Em mais uma expansão das capacidades da praga, especialistas em segurança detectaram o download de um novo módulo malicioso que pode copiar as informações salvas no navegador e enviar para os golpistas por meio de servidores de comando e controle.

A prática foi detectada pela primeira vez na última segunda-feira (06) pelos especialistas do time de insights em ameaças da Proofpoint. O software ladrão de cartões de crédito foi baixado por meio da rede de botnets que serve o Emotet e tinha como alvo específico o Google Chrome, também de olho na popularidade do navegador; os especialistas também apontam que o envio dos dados é pulverizado entre diferentes servidores, como forma de dificultar o bloqueio.

Trata-se de mais uma evolução de uma ameaça que, recentemente, ampliou suas capacidades de disseminação e contágio após adotar uma arquitetura de 64-bits. A mudança fez com que a disseminação do Emotet pelo mundo aumentasse em até 10 vezes, enquanto, mais recentemente, os criminosos que o espalham por aí também passaram a usar explorações envolvendo atalhos do Windows, na medida em que aumenta a atenção sobre ameaças espalhadas por meio de documentos do Office com macros contaminados.

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Comandos PowerShell são executados no Windows a partir de tais dados perigosos, baixando o Emotet e também os módulos necessários para o ataque que os responsáveis pela praga desejam executar. O rol de ameaças é grande e vem sendo ampliado e evoluído desde 2014, quando o malware surgiu; até hoje, ele é um dos vírus mais populares do mundo, podendo ser usado também para o roubo de dados, obtenção de portas de entrada em sistemas e movimentação lateral, aumentando a disseminação por conta própria.

Nem mesmo a ação das autoridades, no ano passado, foi capaz de frear a evolução do Emotet, que não apenas não deixou de existir, como vem ganhando mais e mais capacidades. Uma parceria com o grupo cibercriminoso TrickBot, por exemplo, permitiu que a infraestrutura necessária permanecesse no ar mesmo diante de operações policiais, enquanto seus responsáveis seguem atualizando a praga e a comercializando para terceiros interessados em realizar ataques.

Como evitar infecção pelo vírus Emotet?

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Ainda que as capacidades do malware sejam altamente avançadas, seu método de disseminação ainda depende em grande parte de arquivos em anexo enviados por e-mail ou mensagens fraudulentas publicadas em redes sociais ou enviadas por aplicativo. São estes os focos de atenção dos usuários, que devem evitar clicar e realizar downloads por estes meios para não se contaminarem.

O alerta é feito especialmente aos usuários corporativos. Manter softwares de segurança no computador também ajuda a evitar comprometimentos assim, enquanto plataformas empresariais devem possuir sistemas de monitoramento e busca de atividade suspeita, bem como tecnologias de remoção de ameaças.