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Golpista do Tinder? Bumble explica foco nas mulheres para evitar casos parecidos

Por  • Editado por Claudio Yuge | 

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Tibor Pápai/Unsplash
Tibor Pápai/Unsplash

Foi sob as palavras do pensador Leandro Karnal que Rayssa e Luca se casaram. Eles se conheceram há pouco menos de um ano e meio no aplicativo de relacionamentos Bumble: nessa plataforma, são as mulheres que dão o primeiro passo nas conexões heterossexuais. Era o primeiro dia de Rayssa no app e o casal se encontrou pessoalmente dois dias depois.

Rayssa diz que a dupla é extremamente grata ao Bumble. “Sem ele, seria impossível nos conhecermos, já que morávamos longe um do outro”, conta. “Hoje em dia, indicamos o app para todos os nossos amigos, dizendo que eles também podem acreditar em conhecer o amor da vida deles lá!''

Quando Whitney Wolfe Herd, fundadora e CEO do app, criou-o, imaginou um espaço em que a primeira aproximação fosse feita com mais gentileza, segurança e igualdade. Para ela, isso seria possível se as mulheres tivessem o controle. Martha Agricola, gerente de marketing do Bumble no Brasil, diz que esse formato ajuda a proteger a integridade física e emocional feminina. “Quando tornamos o mundo melhor para as mulheres, acabamos tornando o ambiente melhor para todo mundo”, diz.

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Whitney lembrou que, nas colmeias, é a abelha rainha quem garante o respeito e o bom funcionamento da comunidade — e se inspirou no zumbido desses insetos para escolher o nome do app. Isso foi em 2014 e, atualmente, a plataforma está presente em mais de 150 países ao redor do mundo. Nos EUA, 61% das mulheres que usam o Bumble se sentem completamente/majoritariamente seguras no aplicativo. Em outros apps de relacionamento, o índice é de 36%.

Na América do Norte, inclusive, o Bumble é o segundo aplicativo de relacionamento mais baixado. Não há informações sobre a posição da plataforma no Brasil, mas em 2021 foram quase 10 milhões de novas conexões no app e mais de 130 milhões de mensagens trocadas na plataforma.

O fato de o primeiro passo ser dado pela mulher agrada muito às usuárias. Isso porque existe online ainda muito assédio, abuso e injustiças contra mulheres em todo o mundo. O conceito por trás do Bumble busca garantir que os integrantes da comunidade do app aproveitem a jornada da paquera da melhor forma. Por isso, misoginia e assédio são proibidos, e um sistema rígido de bloqueio e denúncia faz parte do compromisso com a política de tolerância zero.

Ferramentas tecnológicas do Bumble

O Bumble tem tecnologiaanticatfishing (catfish é a prática de inventar perfis falsos para enganar pessoas), verificação por fotos, identificação de nudes e outros recursos para que os interessados se conectem em encontros, amizades e negócios. “Temos ferramentas e recursos projetados para criar uma comunidade onde o assédio e o discurso de ódio não são tolerados. Queremos ir além da segurança e oferecer um espaço de confiança”, destaca Martha.

Para começar, logo ao se cadastrar no app, o usuário pode ser verificado por foto. Os perfis verificados recebem um escudo azul. Com isso, fica fácil identificá-los.

Inteligência artificial e uma equipe de moderadores humanos verificam se os usuários são realmente quem dizem ser. “Integrantes verificados por fotos têm mais engajamento do que os não verificados”, aponta Martha. “Além disso, esse é um filtro importante para evitar roubo de identidade.”

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Possíveis roubos de identidade, envio de informações não consensuais ou situações que deixam alguém da comunidade desconfortável ou inseguro podem ser denunciados diretamente no app. O acompanhamento desses registros é feito por moderadores humanos que trabalham 24 horas por dia, sete dias por semana.

Situações que violam políticas, termos e condições são detectadas por inteligência artificial e encaminhadas para os moderadores. A depender da gravidade do incidente, o denunciado recebe um aviso e um convite para melhorar seu comportamento. Se a conduta original for excessiva ou houver reincidência, ele perde o acesso à plataforma.

Fotos potencialmente indecentes são identificadas pelo Detector de Privacidade e a imagem é desfocada automaticamente. O destinatário é avisado de que o material pode ser inapropriado. Se quiser, pode vê-lo. Se não, basta ignorá-lo e/ou relatar o ocorrido.

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A plataforma proíbe comentários depreciativos sobre aparência, forma do corpo, tamanho ou saúde de um usuário. Isso inclui linguagem considerada gordofóbica, capacitista, racista, colorista, homofóbica ou transfóbica. Quando esse comportamento é identificado, o usuário é bloqueado. O próprio app detecta, por meio de inteligência artificial, comentários e imagens que violam essas diretrizes. Além disso, os usuários do Bumble podem denunciar a prática.

Com o avanço da vacinação, o Bumble criou o selo “Eu me vacinei” que pode ser adicionado ao perfil do usuário. Entre os perfis com o selo, o número de conexões foi 45% maior do que entre os que optaram por não inserir essa característica.

Slow dating do Bumble

Mesmo que a aproximação entre os usuários ocorra de forma diferente, o comportamento da vida real pode se repetir na plataforma. Por isso, é preciso ficar atento para não cair em golpes, como os retratados no documentário O Golpista do Tinder, da Netflix: Simon Leviev convencia mulheres a lhe emprestarem dinheiro e mantinha uma vida de bilionário às custas delas.

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Desde o início da pandemia, cada vez mais, o slow dating é uma tendência. Durante o período de distanciamento social, o Bumble notou aumento no uso das ferramentas de chamadas de áudio e vídeo. “Com as pessoas em casa, tornou-se natural ir mais devagar nos relacionamentos amorosos”, aponta Martha. Além disso, a equipe da plataforma percebeu que uma em cada quatro conversas estavam se tornando algo mais sério.

Martha conta que manter-se na plataforma por mais tempo adiciona mais uma camada de segurança aos relacionamentos iniciados em apps. “Tentamos educar os usuários nesse sentido e desencorajá-los de passar dados pessoais já no começo da conversa. O ideal é testar um pouco antes de sair do app.”

Daniela e Lucas, por exemplo, se conheceram no app em maio de 2020. Logo, descobriram uma paixão em comum: os pets. Um ano depois, começaram a pensar em morar juntos e adotar um cachorro. Escolheram ter um Border Collie, que combina com o estilo aventureiro do casal, e o batizaram de Bumble.

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Já Milena conheceu Paulo no mesmo dia em que baixou o app. Era dezembro de 2019 e ele, que morava na Inglaterra, estava no Rio de Janeiro visitando familiares. Eles tiveram o primeiro encontro e decidiram manter um relacionamento a distância. Em janeiro de 2021, Milena optou por se mudar para a Inglaterra. Recentemente, o casal oficializou a união.

Durante muito tempo, as mulheres foram ensinadas a esperar por um príncipe. Para Martha, isso muda com a chegada do Bumble. “Mostramos que elas não precisam esperar por ninguém e que podem se colocar apenas em situações que permitam que elas se sintam confortáveis.”