Gastos com cibersegurança devem chegar a US$ 172 bilhões até o fim de 2022
Por Giovana Pignati | Editado por Claudio Yuge | 01 de Setembro de 2022 às 22h20
Os ataques cibernéticos estão cada vez mais comuns e avançados, oferecendo maiores riscos à cibersegurança e a integridade das pessoas e empresas online. Uma nova pesquisa da Verizon, em parceria com a brasileira Apura Cyber Intelligence, revela que em 2021 os ataques conhecidos como ransomware de dupla extorsão cresceram 13%.
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Neste tipo de ataque, os criminosos visam dados sigilosos de empresas, através de sistemas infectados ou credenciais vazadas. Esses dados são "raptados" e a empresa precisa pagar duas vezes: uma para liberar o acesso e a outra para que as informações não sejam vazadas.
Em 2021, grandes corporativas como Americanas, Submarino, Renner e CVC tiveram seus sistemas infectados e ficaram fora do ar por dias. Por último, a brasileira Fast Shop teve o funcionamento de suas lojas físicas e até de seu Twitter impactados por um ataque hacker.
O relatório Global Digital Trust Insights de 2022 demonstrou que as áreas de prevenção ao cibercrime tendem a crescer, onde 69% dos entrevistados assumiram estar aumentando os gastos em proteção cibernética ao longo do ano. Segundo a Gartner, empresa de pesquisa e consultoria, os gastos com segurança da informação e gerenciamento de riscos totalizarão US$ 172 bilhões em 2022, cerca de R$ 892,4 bilhões.
A ascensão das Operações de Inteligência Artificial para TI (AIOps) na cibersegurança
A partir deste cenário, é esperado que a tecnologia das Operações de Inteligência Artificial para TI (AIOps) ganhe destaque devido a sua capacidade de investigação e resolução rápida de falhas e problemas. Para Rafael Scalia, expert em cibersegurança e gerente global de customer success da Run2biz – empresa especializada em soluções tecnológicas, uma das principais vantagens é que não há necessidade de ser um especialista em TI para se beneficiar da AIOps.
Através do aprendizado de máquina, a ferramenta oferece a chance de identificar e interferir em comportamentos "inusitados" dos sistemas em tempo real. “Seu ponto-chave está justamente no mapeamento das ameaças cibernéticas e falhas do sistema, já que qualquer comportamento anormal irá disparar alertas”, afirma Scala.
Segundo a Run2biz, algumas das principais razões que levam empresas a procurar soluções de AIOps, são:
- Prevenção a ataques virtuais;
- Reconhecimento de anomalias e correção de erros e falhas no menor tempo possível;
- Obtenção de estatísticas e determinados padrões vindos de servidores e aplicações;
- Realização de análises preditivas;
- Identificação de causas raízes dos mais diversos tipos de problemas nas infraestruturas de TI;
- Automação das atividades, principalmente as burocráticas e repetitivas, as quais consomem muito tempo e energia dos colaboradores;
- Realização de respostas e ações automáticas, como ativar ou desativar um determinado recurso, por exemplo.
“Por fim, entre os melhores ganhos estão a redução de custos e de tempo dispendidos na solução de problemas que poderiam ser evitados e a melhora no desempenho da operação e da produtividade interna, contribuindo, assim, para uma melhor qualidade do produto ou serviço ofertado ao cliente final”, finaliza José Francisco, CTO da Run2biz.