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Brasil é o segundo país que mais sofre ataques cibernéticos na América Latina

Por  • Editado por Claudio Yuge | 

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Pexels/cottonbro
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O Brasil aparece como o segundo país da América Latina que mais recebe ataques de cibercriminosos. No primeiro semestre de 2022, foram 31,5 bilhões de ocorrências detectadas contra empresas e usuários do país, um total que é 94% maior que o registrado nos seis primeiros meses do ano passado.

O total também corresponde a uma fatia de 22,9% do total de 137 bilhões de tentativas de intrusão registradas na América Latina durante o período. O Brasil aparece atrás, apenas, do México, onde 85 bilhões de ataques registrados entre janeiro e junho deste ano. O total equivale a 63% do volume de golpes digitais registrados na região latino-americana.

Os dados são da empresa de segurança digital Fortinet e colocam os golpes de ransomware como o principal alavancador desse crescimento. Segundo a pesquisa, mais de 10,6 mil assinaturas de vírus ligados ao sequestro digital foram localizadas na América Latina, um total que também representa quase o dobro do que foi registrado no primeiro semestre de 2021.

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Quando a região é dividida em países, o Brasil aparece mais abaixo no ranking, na sexta colocação entre os maiores alvos de distribuição de ransomware. A liderança, mais uma vez, é do México, com 18 mil detecções e um valor próximo ao da Colômbia, com 17 mil; a Costa Rica fecha o pódio com 14 mil.

O trio de malwares reconhecidos entre os mais perigosos do mundo voltaram a ser destaques por aqui, com Revil, LockBit e Hive concentrando, juntos, mais de 6,9 mil variantes em circulação na América Latina. O relatório da Fortinet também ressalta a atuação da quadrilha Conti, que mesmo abaixo da casa do milhar, ganhou atenção da mídia internacional devido à onda de ataques que atingiram o governo costarriquenho.

“Ataques de ransomware estão afetando empresas de todos os setores, governos e até economias inteiras, com novas variantes surgindo constantemente das mãos de diversos grupos internacionais de cibercriminosos. Isso se deve à rentabilidade e atenção que esse tipo de ataque traz aos criminosos, tornando-os mais perigosos e causando grandes prejuízos financeiros e de imagens às suas vítimas”, explica Alexandre Bonatti, diretor de Engenharia da Fortinet Brasil.

O especialista também cita a maior profissionalização dos mercados de ransomware, com criminosos agindo a partir de modelos de negócios bem definidos e empregando diferentes associados para tarefas que vão desde a intrusão inicial até a negociação dos resgates. “Estamos vendo um aumento notável na periculosidade, sofisticação e taxa de sucesso das ameaças cibernéticas”, afirma Arturo Torres, estrategista de segurança cibernética do FortiGuard Labs para América Latina e Caribe, pintando um panorama perigoso.

Fora dos sequestros digitais, a vulnerabilidade mais explorada na América Latina no primeiro semestre de 2022 foi a Log4Shell, já atualizada e permanecendo como uma porta de entrada em organizações de todo o mundo. O relatório da Fortinet também cita a hospedagem de malwares em serviços legítimos da web, principalmente a partir de documentos do Excel, e campanhas de botnet como a Mirai, que seguem amplamente ativas na transformação de dispositivos em zumbis para ataques de negação de serviço.

“Este tipo de risco já não pode ser abordado com soluções de cibersegurança pontuais ou complexas demais para se gerenciar. É necessária uma plataforma integrada que seja simples e consiga prevenir, detectar e responder a ameaças de uma forma cada vez mais automatizada”, completa Torres. Tarefas de monitoramento, resiliência e inteligência de ameaças também ajudam a detectar o perigo e localizar possíveis fontes de intrusão.