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CVC segue com prejuízos em vendas devido a ataque de ransomware

Por  • Editado por Claudio Yuge | 

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Reprodução/Aeroflap
Reprodução/Aeroflap

O sistema de vendas da empresa do setor de viagens e lazer CVC ainda se encontra inoperante, após o ataque cibernético sofrido no sábado (2). Franqueados da companhia estão reclamando do prejuízo causado pela demora na resolução, que, segundo estimativas do mercado, custa R$ 30 milhões por dia — o valor vem de uma fonte do Diário do Grande ABC e não é confirmado pela CVC.

Conforme noticiado pelo Canaltech na segunda-feira (4), o Submarino Viagens e a CVC, empresas pertencentes ao mesmo grupo, foram alvos de um ataque virtual no sábado. Embora no alerta disponibilizado na semana passada a empresa não tenha detalhado o incidente, um comunicado enviado ao mercado na quarta-feira (6) confirmou que os sistemas foram sequestrados e os criminosos estão cobrando resgate para liberá-los, configurando um ataque de sequestro virtual, o famoso ransomware.

Segundo apurado pelo portal Diário do Grande ABC, os lojistas franqueados da CVC estão tendo bastante problemas com a indisponibilidade do sistema de vendas da empresa. Alguns vendedores, que não trabalham exclusivamente com a CVC, estão redirecionando transações para outras operadoras de viagem.

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Os mais de 850 lojistas da CVC também relatam que clientes que haviam comprado pacotes pela operadora antes do ataque criminoso estão preocupados com a situação, perguntando se seus dados pessoais e de cartões de crédito foram comprometidos nessa invasão.

Além disso, os lojistas lamentam que o ataque tenha deixado o sistema de vendas da CVC, chamado systur, indisponível logo em outubro, mês que, historicamente, o mercado de viagens e lazer se aquece devido à busca por pacotes para as férias do fim de ano.

Os danos persistentes, porém, não são só sentidos pela CVC e seus lojistas. Até a publicação desta matéria, o Submarino Viagens, o outro site afetado pelo ataque, ao ser acessado, ainda exibe uma mensagem sobre a ofensiva; e o atendimento ao cliente continua indisponível.

Criminosos estão mirando o setor de viagens

Segundo informações divulgadas em relatório da TransUnion, referente ao período de abril a junho, na comparação entre 2020 e 2021, globalmente, os crimes virtuais que têm como alvo o setor de viagens e lazer foram um dos que mais aumentaram em volume durante o trimestre, com um crescimento de 155,9%. O ataque ransomware na CVC é um exemplo desse novo foco dos criminosos.

A CVC, em comunicado ao mercado, afirmou que está sendo vítima de extorsão pelos criminosos responsáveis pelo ataque ransomware, e que não tem previsão ainda para quando seus sistemas serão restabelecidos. A mensagem, assinada pelo diretor financeiro da empresa, Marcelo Kopel, aponta que ainda restam importantes etapas a restauração completa das atividades da operadora.

Não se sabe se a CVC pretende ou não pagar o resgate, ou mesmo se a transação já foi realiza. Segundo fontes informaram ao site Diário do Grande ABC, a taxa para a liberação dos sistemas exigida pelos criminosos seria de R$ 11 milhões em criptomoedas. Por fim, essas fontes também teriam dito que a companhia estuda formas de ressarcir os danos dos lojistas; mas ainda sem nenhuma confirmação do processo que será usado para este fim.

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Fonte: Diário do Grande ABC