Coreia do Norte é responsável por 60% de todo roubo de criptomoedas no mundo
Por Lillian Sibila Dala Costa • Editado por Jones Oliveira |

Segundo um levantamento do site Chainalysis, hackers norte-coreanos roubaram R$ 11,21 bilhões em criptomoedas em 2025, cerca de 60% do total global subtraído na moeda digital este ano, R$ 18,86 bilhões. O país asiático, segundo o relatório, já obteve ilegalmente R$ 37,45 bilhões desde que os registros de roubo de criptomoedas começaram.
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O roubo recordista do ano foi no ataque à ByBit, subtraindo R$ 8,32 bilhões de uma só vez, representando 75% do valor que a Coreia do Norte desviou para si em 2025. Segundo os pesquisadores, o país usa o dinheiro para financiar o orçamento nacional, algo especialmente importante em meio às sanções impostas por outros países.
Coreia do Norte e seus hackers
Uma das técnicas utilizadas pelos norte-coreanos é o envio de profissionais de TI para empresas de outros países, se infiltrando como funcionários dos alvos.
Além de levantar fundos com a tática, os infiltrados também buscam acesso privilegiado e vulnerabilidades antes dos ataques. A República Popular da Coreia [do Norte] ainda tem postado falsos trabalhos na área de criptomoedas para levar malwares aos sistemas dos alvos.
Executivos de alto escalão também têm sido abordados com propostas de compra de suas empresas, e, durante o processo de diligência prévia, buscam vulnerabilidades de segurança e informações do sistema usadas, mais tarde, para invadir as carteiras de criptomoedas da vítima.
Apesar disso, especialistas da Chainalysis explicam que os roubos têm apresentado uma queda em relação ao valor total armazenado na blockchain.
Isso provavelmente se dá por conta da implementação de maior segurança nas plataformas: os atacantes, então, acabam preferindo alvos mais fáceis, como corretores, custodiantes e carteiras pessoais.
A sofisticação dos hackers, no entanto, significa que há menos ataques, mas estes são mais danosos. Neste ano, os cibercriminosos roubaram 51% mais em cada assalto apesar de 74% menos ataques terem sido executados.
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Fonte: Chainalysis