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O que é uma guerra cibernética?

Por| Editado por Claudio Yuge | 01 de Março de 2022 às 18h57

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Jefferson Santos/Unsplash
Jefferson Santos/Unsplash

Com a escalada do conflito entre Rússia e Ucrânia, muito se comenta também sobre a ciberguerra entre os dois países. Mas para muitas pessoas, ainda há confusão sobre o que este tipo de confronto digital realmente significa.

O termo "guerra cibernética" pode parecer a primeira vista ser algo presente em alguma obra de ficção cientifica, mas, na verdade, ele só é uma palavra utilizada para descrever um outro lado dos conflitos modernos, em que sistemas tecnológicos são os alvos de ataques que visam prejudicar operações dependentes deles.

Em geral, quando uma guerra cibernética ocorre, os países podem decidir atacar variados setores digitais de seus adversários, e os principais exemplos são:

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  • Ataques em estruturas financeiras;
  • Ataques em controladores de infraestruturas públicas, como usinas de energia;
  • Ataques contra estruturas governamentais ou militares.

Além disso, fora de ataques diretos, a espionagem digital também é uma situação recorrente nas ciberguerras. Nações inimigas entram em sistemas de um de seus alvos e começam a coletar informações secretas de suas operações — que podem ter utilidades variadas.

Por fim, vazamentos na internet de informações secretas de países também podem ser vistas como uma parte da guerra cibernética, já que os responsáveis pela divulgação dos dados podem ter como objetivo mostrar as atividades de governos de nações que, aos olhos da população, podem ser vistas como violações de privacidade e decisões abusivas — o que, como consequência, pode aumentar a força da oposição no território.

Um dos exemplos mais conhecidos para os brasileiros ocorreu em 2013, após Edward Snowden vazar dados da Agência Nacional da Segurança (NSA) dos Estados Unidos, que continham documentos provando que a população do Brasil, e de outros países, estava sendo espionada pelo governo estadunidense.

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Por que ocorre a ciberguerra?

Uma guerra cibernética pode ocorrer por muitos motivos. A maioria deles envolve a busca por adquirir vantagens em possíveis confrontos reais, como no caso dos ataques focados em centros militares de nações, que buscam prejudicar o gerenciamento de operações e inteligência coletados por este setor.

Por outro lado, a guerra cibernética, quando envolve ataques na estrutura civil do país, como problemas na própria internet ou na energia elétrica do território, pode ter o objetivo de instigar medo nas pessoas da nação, fazendo com que elas comecem a pressionar o governo para acabar com o conflito.

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E, por fim, temos as sabotagens, que são a motivação mais associada com guerras cibernéticas. Para este fim, nações utilizam diferentes formas de ataque a indústrias especificas de adversários, buscando atrapalhar ou mesmo tornar inviáveis projetos em desenvolvimento.

A ocorrência mais relevante desse tipo aconteceu em 2010, quando o vírus Stuxnet foi implantado nos sistemas de controle das centrífugas de enriquecimento de urânio do Irã, com o objetivo de acelerar seus motores causando danos a estrutura interna da usina.

A usina não contava com acesso à internet, o que faz com que alguém infiltrado seja o provável responsável pela implantação do vírus. Além disso, como a ameaça era extremamente complexa e não desenvolvida para atacar sistemas comuns, autoridades globais acreditam que ela tenha sido encomendada por algum país interessado nas atividades nucleares do Irã.

Independentemente da razão da guerra cibernética, ela sempre é um indicador de novas tensões nas relações dos países envolvidos. A situação da Ucrânia e da Rússia é mais um exemplo disso, já que antes da invasão e do começo real da guerra, a nação russa já atacava sistemas digitais ucranianos — e agora, com o conflito em andamento, possíveis golpes virtuais mais severos preocupam o mundo.

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Fonte: Fortinet