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Cansaço causado por pandemia e trabalho remoto levam a vacilos na segurança

Por| Editado por Claudio Yuge | 10 de Dezembro de 2021 às 13h40

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Tim Gouw/Unsplash
Tim Gouw/Unsplash

O fim do ano está chegando e, com ele, o cansaço de um 2021 inteiro de trabalho, potencializado, ainda pela pandemia ainda existente. Com isso, vem uma menor preocupação com segurança, conforme demonstrado por uma pesquisa cuja conclusão é de que colaboradores estafados e estressados tendem a nem mesmo seguirem as melhores práticas de higiene digital.

O levantamento foi feito pela 1Password, empresa de cibersegurança que desenvolve o gerenciador de senhas do mesmo nome. Segundo o estudo, após quase dois anos em regimes remotos ou híbridos, junto com o temor gerado pelo coronavírus e a alta carga de trabalho, a tendência é de apatia quanto a atitudes como a configuração de senhas completas, uso de mecanismos de autenticação em múltiplo fator ou o download de softwares sem autorização de administradores de TI.

12% dos entrevistados pela pesquisa admitiram usarem a mesma senha, ou pequenas variações, em mais de um serviço corporativo, enquanto 48% confirmaram já terem baixado aplicativos que não foram aprovados por seus gestores. No dado mais preocupante, 20% dos participantes disseram que não seguem as medidas de segurança implementadas por suas organizações por acreditarem que o perigo "não vale a pena o esforço".

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Todas são atitudes de risco, que podem levar a brechas em um momento no qual esse aspecto, por si só, já se encontra fragilizado. O pior é que, de acordo com o estudo, isso vale principalmente para os profissionais do setor, com 84% dos especialistas em cibersegurança relatando estarem estafados ou com sintomas de síndrome de burnout, contra 80% dos entrevistados em outros departamentos.

São eles os responsáveis pela linha de frente da proteção, uma ideia que contrasta diretamente com a afirmação de que um a cada 10 consultados está fazendo apenas o mínimo necessário durante o trabalho. É um comportamento que, de acordo com os especialistas, pode levar a desatenções quanto a falhas mais complexas ou demora na aplicação de atualizações e outras práticas, novamente, abrindo as portas para ataques cibernéticos.

Na visão do 1Password, mais do que malware, ransomware e outras pragas, o fator humano também segue como um grande desafio da estratégia de defesa. A equipe responsável pelo estudo disse que soou como uma surpresa a ideia de que até líderes de setores de cibersegurança estão se sentindo estafados e, por conta disso, acabam não seguindo melhores práticas e colocando toda a organização em risco.

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Isso, logicamente, é reflexo do próprio aspecto atual do mercado, em que as ameaças aumentaram exponencialmente e geraram muito mais carga e pressão sobre estes profissionais. Com forças de trabalho atuando de casa, a partir de redes e dispositivos fora do controle dos departamentos, a preocupação aumenta, os riscos também e o resultado dessa mistura pode acabar sendo desastroso.

Entretanto, não é o momento de deixar a peteca cair, muito pelo contrário. A recomendação dos especialistas do 1Password é para que gestores compartilhem as preocupações e orientem seus colaboradores sobre os perigos de se trabalhar de casa e as ameaças digitais da atualidade. Além disso, a ideia é que trabalhem juntos para prevenir a estafa e criar um ambiente de trabalho mais saudável para todos, de forma que as consequências não sejam as piores possíveis.

Fonte: 1Password