Publicidade
Economize: canal oficial do CT Ofertas no WhatsApp Entrar

Ataques com mineradores de criptomoedas triplicaram em um ano

Por| Editado por Claudio Yuge | 12 de Dezembro de 2022 às 20h20

Link copiado!

Ataques com mineradores de criptomoedas triplicaram em um ano
Ataques com mineradores de criptomoedas triplicaram em um ano

Os ataques com mineradores de criptomoedas mais do que triplicaram durante o último ano. Números da empresa especializada em cibersegurança Kaspersky mostram um crescimento de 230% nos golpes envolvendo malwares desse tipo ao final do terceiro trimestre de 2022, na comparação com o mesmo período do ano passado — um aumento que acontece mesmo diante da queda nos valores dos ativos.

De acordo com os dados, a Monero (XMR) é a criptomoeda mais popular na mineração maliciosa, sendo o foco de 48% dos casos registrados, enquanto a pirataria e as vulnerabilidades em softwares lideram os principais vetores de contaminação. No segundo caso, estamos falando de com comprometimento que acompanha outros tipos de ataques com malware, com um sexto dos ataques detectados pela Kaspersky acompanhando mineradores de criptomoedas.

150 mil ocorrências foram detectadas entre julho e setembro, 69% do total anual registrado pela Kaspersky até agora, com 215,8 mil casos desde janeiro. Com isso, os mineradores de criptomoedas também sobem para a segunda colocação entre os tipos de malware mais populares do mundo, contribuindo para 16,5% dos ataques registrados no terceiro trimestre e ficando atrás, apenas, dos ransomwares, com 21,2%.

Continua após a publicidade

A escolha pela Monero tem a ver com o funcionamento da própria tecnologia, cujas transações anonimizadas dificultam a identificação dos responsáveis. Por outro lado, a Kaspersky indica que a permanência dos mineradores por meses nas máquinas infectadas, de forma furtiva, chega a gerar US$ 40 mil (cerca de R$ 210 mil em conversão direta) para os criminosos, o que faz com que o crime compensa mesmo com o que a empresa de cibersegurança chama de “inverno cripto de 2022”.

“Em 2018, a mineração maliciosa foi a maior ameaça enfrentada por pessoas e empresas, já usando a pirataria para infectar suas vítimas”, aponta Fabio Assolini, diretor da equipe global de pesquisa e análise da Kaspersky para a América Latina. Na visão dele, os riscos da prática ainda são ignorados, o que faz com que, quatro anos depois, esse ainda continue sendo o principal vetor desse tipo de praga.

A recomendação de segurança principal se volta a quem consome séries, filmes, jogos e outros conteúdos de forma irregular. O especialista indica cuidado no download e exibição destes materiais, que só devem ser obtidos de sites legítimos; o mesmo também vale para o download de apps e títulos, que só devem ser feitos a partir de sites certificados e reconhecidos.

Manter soluções de segurança sempre ativas no computador, assim como sistemas operacionais e aplicativos atualizados, também ajuda na defesa contra outras brechas. Tais serviços também ajudam a detectar comportamentos anómalos, como um alto consumo de processamento por conta da mineração e outros usos não autorizados do hardware.